terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Arábia Saudita: mulheres entram pela primeira vez no Shura

''L'Osservatore Romano'': Rei Abdallah define cotas para mulheres

Nieves San Martín

MADRID, Segunda-feira, 14 Janeiro 2013

Outro pequeno passo para a emancipação da mulher no que diz respeito às tradições foi dado pelo rei Abdallah bin Abdulaziz Al Saud da Arábia Saudita, que pela primeira vez nomeou 30 mulheres entre os 150 membros do Conselho Consultivo (Shura ).

A notícia foi publicada na edição de ontem do jornal Vaticano L'Osservatore Romano, e destaca que "é um Parlamento sem poderes legislativos, cujo papel se limita a propor regulamentos que apenas o monarca tem o poder de implementar.

As novas conselheiras, dentre as quais a ex subsecretaria geral da ONU , Thoraya Obaid – destaca o jornal do Vaticano – “devem, todavia, observar as restrições impostas pela lei islâmica, além do uso do lenço islâmico, a proibição de qualquer contacto com colegas do sexo masculino”.

Além do decreto que nomeou os membros da nova Assembleia, por um período de quatro anos, o octogenário monarca estabeleceu que a partir de agora, não menos que 20% dos assentos devem ser reservados às mulheres.

Uma cota como a da maioria dos países mais desenvolvidos. Os primeiros países europeus que aprovaram foram os escandinavos, e continuam a levantar o debate, mas no caso de um país do Oriente Médio, parece um passo avante significativo.

Trata-se, segundo os observadores, de uma mudança importante para um país onde as mulheres não podem ao menos dirigir o seu carro ou viajar sem um parente do sexo masculino.

"O rei Abdallah tem demonstrado nos últimos anos sinais significativos de abertura em relação às mulheres", diz o jornal do Vaticano.


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