sábado, 2 de fevereiro de 2013

Até meio milhão de manifestantes em Washington pede a abolição do aborto

55 milhões de estadunidenses foram abortados desde 1973

Actualizado 26 Janeiro 2013

Pablo J. Ginés/ReL

Até meio milhão de manifestantes em Washington pediram a abolição do aborto no aniversário dos 40 anos da sentença Roe vs. Wade que liberalizou esta prática no país, legalizando assim a eliminação de 55 milhões de seres humanos na sua etapa pré-natal, “o equivalente a todas as pessoas que vivem em França ou em Itália”, como recordou o cardeal O’Malley de Boston na missa celebrada na véspera.

Trata-se da maior manifestação contra o aborto até agora nos Estados Unidos, e até um meio esquerdista como The Huffington Post fala de 400.000 participantes, ainda que sem mostrar imagens da multidão.

Missa prévia com 5 cardeais
Os actos preparatórios também foram multitudinários. Na missa na vigília na Basílica da Imaculada Conceição participaram 5 cardeais, outros 42 bispos, 400 sacerdotes, 80 diáconos, 520 seminaristas e 13.000 fiéis.


O celebrante, o cardeal O’Malley, de Boston, responsável da luta pró-vida no episcopado católico, insistiu em que “o aborto não é um mal necessário, só um mal” e profetizou que “o próximo assalto contra o Evangelho da Vida virá dos que impulsionam o suicídio assistido e a eutanásia; a sociedade que permite aos pais matar os seus filhos permitirá aos filhos matar os seus pais”.

Ao longo do dia e a noite prévios sucederam-se missas e actos de oração nos quais foram participando até 30.000 pessoas. Entre eles: um Rosário Nacional pela Vida, oração nocturna segundo o rito bizantino e adoração toda a noite.

Rally juvenil

Às 7 da manhã, 30.000 jovens católicos que tinham suportado largas horas em autocarros e talvez também em oração nocturna entraram no Verizon Center e o Maryland Comcast Center para iniciar várias horas de “rally”, uma actividade exaustiva que inclui muitos cantos, bailes, escutar com atenção testemunhos pró-vida e logo uma intensa eucaristia, que no Comcast Center presidiu o cardeal DiNardo de Houston e no Verizon Center o cardeal anfitrião, Donald Wuerl, de Washington, com o cardeal Dolan, de Nova Iorque, 16 bispos madrugadores mais e 100 sacerdotes.


De seguida chegou a Marcha propriamente dita: temperaturas gélidas e vento gelado que incluiu um pouco de neve ao acabar o exaustivo dia.


As multidões incluíam as faixas das diferentes comunidades religiosas (“Anglicans for Life”; “Lutherans for Life”), de congregações, de associações pró-vida (como a não religiosa “Secular pro-life”) e todo o tipo de slogans. Muitos bispos marcharam com os seus seminaristas ou peregrinos diocesanos.

Os assistentes são cada vez mais jovens e mais numerosos, porque os institutos e universidades, sejam católicas ou não, tendem a gerar potentes associações juvenis pró-vida que tomam esta Marcha pela Vida como uma peregrinação anual inevitável.

As primeiras imagens no YouTube são de Al-Jazeera: "são jovens, são ruidosos e estão orgulhosos", diz a jornalista.


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