sábado, 2 de fevereiro de 2013

Roma pede um maior compromisso contra a lepra

Em 2011 220.000 pessoas a contraíram

Recorda os exemplos da Madre Teresa ou São Damião de Molokai


Redacção, 25 de Janeiro de 2013 às 15:40

O presidente do Pontifício Conselho para os Agentes Sanitários (para a Pastoral da Saúde) monsenhor Zygmunt Zimowski, alertou de que, apesar da "meritória acção" de realidades internacionais e nacionais, governamentais ou não, "ainda permanece uma insuficiente possibilidade de acesso às estruturas para o diagnóstico" por parte dos doentes de lepra.

Numa mensagem intitulada 'Uma oportunidade propícia para intensificar a diaconia da caridade', publicada por ocasião da 60ª Jornada Mundial de luta contra a Lepra que se celebrará no próximo domingo 27 de Janeiro, monsenhor Zygmunt Zimowski adverte também da "carência na formação para prevenir nas comunidades em risco de contágio" e da "necessidade de acções higiénico-sanitárias específicas".

Assim o constata Zimowski perante os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) que indicam que no ano 2011 cerca de 220.000 homens, mulheres e crianças contraíram a lepra e que muitos destes novos casos foram identificados já num estado adiantado da doença.

Além disso, indica que a lepra é "um mal tão antigo e ao mesmo tempo tão grave pelos padecimentos, a exclusão social e a pobreza que comporta". Por isso, vê esta jornada como uma "preciosa oportunidade para todos os cristãos, as entidades benfeitoras e as pessoas de boa vontade, para que reforcem o seu empenho em favor das vítimas directas ou indirectas" desta enfermidade e para "promover um renovado impulso à reinserção social das pessoas que apresentam as suas inconfundíveis mutilações".


Concretamente, aponta que a lepra e as demais "enfermidades abandonadas" são "autênticos flagelos no Sul do mundo mas não logram captar a suficiente atenção de parte da comunidade internacional". Por isso, insta, à luz do Ano da Fé, a "intensificar" a diaconia da caridade nas comunidades eclesiais e pôs como exemplo a São Damião de Molokai e Santa Mariana, a beata Madre Teresa de Calcutá, Marcelo Candia e Raoul Follereau.

Finalmente, chama as vítimas da lepra "a cooperar para que se afirme uma sociedade mais inclusiva e justa que permita a reinserção de quem foi curado, a divulgar e promover as possibilidades de diagnóstico e de cuidado existentes, e a remarcar a necessidade de submeter-se a terapias para ser curados contribuindo para erradicar a infecção".

(Rd/Ep)


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