domingo, 20 de dezembro de 2020
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Razões para a esperança
esperança deveria ser uma das traves-mestras da nossa vida, uma espécie de luz e suplemento que orienta e impulsiona, impedindo-nos de capitular diante das dificuldades. Para nós cristãos, ela é também virtude teologal (dom de Deus), em estreita ligação com a fé.
Se olharmos para a história, descobriremos nela o melhor e o pior do ser humano; mas não podemos deixar de acreditar nele e na sua capacidade de se arrepender, regenerar e recomeçar. Abundam os exemplos. Atrevo-me até a dizer que Deus acredita em nós, sua obra-prima, e seus filhos, em Cristo.
É verdade que nem sempre é fácil ser-se otimista e ter esperança, quando as notícias que nos envolvem não transmitem tudo o que de bom, belo e positivo sucede no mundo. Às vezes é preciso ser-se mesmo contracorrente, e procurar alternativas, descobrir a “crónica branca”, para que a esperança prevaleça sobre o joio do desespero e do pessimismo.
Nem sempre é fácil ser-se otimista e ter esperança, quando as notícias que nos envolvem não transmitem tudo o que de bom, belo e positivo sucede no mundo
Com efeito, há notícias que não são notícia, e muitos heróis anónimos que não têm lugar nas capas das revistas, nem na abertura dos telejornais, mas cujo testemunho discreto, paulatinamente, tem aberto sulcos profundos de humanidade e amor. Nós cristãos, recordamos estes heróis no Dia de Todos os Santos, em cujo catálogo se encontrarão, decerto, familiares nossos.
Estes heróis, que são um sinal visível de que só se é feliz quando se dá e se serve o próximo, deveriam sair do anonimato e ser conhecidos, sobretudo, pelas novas gerações, para que descubram neles modelos de genuína humanidade e solidariedade, e releguem para detrás da ribalta, para um mero papel secundário, o ter, o poder e o parecer.
Além destes testemunhos, é preciso também lançar a boa semente que dá pelo nome de “valores”, os quais devem ser assumidos e transmitidos na educação, pois “não se pode amar o que não se conhece”. Eles são verdadeiro antídoto contra o egoísmo, o individualismo e a autocomplacência.
Por mim, acredito que há razões para a esperança!
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
Proteger os mais fracos
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
A propósito da queda do Muro de Berlim
A queda do Muro de Berlim há 31 anos, além do significado real que teve enquanto mudança efectiva do xadrez político, social, económico e religioso na Europa, teve repercussões em todo o Mundo.
Recordo-me que, perante as transformações que se sucederam em catadupa e ritmo alucinante, me ter vindo à memória uma frase verdadeiramente clarividente e profética de Santo Agostinho, quando >o Império Romano se desmoronava e os Bárbaros escalavam muros da Cidade de Hipona: "Não é o Mundo que acaba, é um velho Mundo que acaba e um novo Mundo que começa."
O Mundo, de facto, mudou, mas continuam a existir outros muros, alguns físicos e outros simbólicos, mas nem por isso menos reais e desafiantes. Dos muros físicos, recordo entre outros, os muros entre: Estados Unidos e México; as duas Coreias; Israel e os Territórios da Autoridade Palestiniana; os elevados por alguns países da Europa para controlarem e impedirem a entrada de refugiados, etc.
Há, contudo outros muros, de que nem sempre se fala e que continuam a dividir a Humanidade e a ser fonte de sofrimentos atrozes:
1. As desigualdades, que afastam e fazem crescer o fosso entre habitantes do primeiro, terceiro e quarto Mundos;
2.O pragmatismo utilitarista, que tende a considerar as pessoas pelo que têm e produzem, impondo uma cultura e mentalidade do "descarte", como lhe chama o Papa Francisco, e qu afecta, em especial, os que não se podem defender, nem têm capacidade de se manifestar
3.Os lóbis, que, pela força do dinheiro e dos jogos de influências, vão impondo paulatinamente uma revolução cultural, assessorada por uma mentalidade prepotente, que não respeita a diversidade e menospreza quem pensa de forma diferente;
4.O "vale tudo", no qual, os"fins justificam os meios" e o "Ego" é senhor absoluto, uma vez que a objectividade (para eles) não conta, nem interessa, porque a verdade e os valores autênticos são um obstáculo real ao "pensamento líquido" actual, como tantas vezes nos recorda o Papa Francisco;
5.O culto da imagem e das aparências, que, aproveitando a poderosa máquina do Marketing, promove uma dicotomia, consciente, entre a verdade da pessoa e aquilo que dela é transmitido e que passa a ser a verdade inquestionável;
6.O hedonismo, que nos retira a capacidade de enfrentar e de crescer com elas, e gera uma busca desenfreada do prazer, como se mais nada importasse, arrastando consigo a "coisificação do outro";
7.O individualismo, que endurece o nosso coração "ao outro e aos outros", e nos torna insensíveis e desconfiados, insolidários e interesseiros, contrariando aquele pensamento clássico, segundo o qual, "o ser humano não é uma ilha";
8. O "reinado" das ditaduras, que continuam a governar mais de 50% da Humanidade, e que privam de liberdade e do exercício de alguns direitos fundamentais os cidadãos e, entre estes direitos, inclui-se o direito à liberdade religiosa, cujas limitações afectam milhões de humanos;
9. A impunidade dos "senhores da guerra", para quem a vida não vale nada, pelo que, o controlo de matérias-primas e de zonas estratégicas justifica tudo: fome, genocídios, destruição de estruturas vitais, violências e violações, etc;
10.O fenómeno da insensibilidade e indiferença, que parecem crescer, apesar de hoje, pela panóplia de meios de comunicação e de redes sociais, estarmos mais capacitados para nos conhecermos melhor e apetrechados para sermos mais solidários.
O universo dos muros não termina aqui. Convido, pois, os nossos leitores a fazerem o mesmo exercício que eu fiz e, decerto, ficarão surpreendidos. A queda do Muro de Berlim e as transformações ocorridas, enriqueceram o nosso léxico com dois termos russos: Perestroika (Restruturação) e Glasnost (Transparência). Creio que, face à existência de tantos muros que teimosamente persistem em resistir à mudança, estes termos continuam bem actuais e necessários.
Que a Igreja não fique insensível à mudança e à renovação, mas que estas aconteçam por disponibilidade e fidelidade à acção do Espírito Santo, e não por arrastamento dos acontecimentos, como tantas vezes tem acontecido.
Que a Igreja presente nestas Terras Transtaganas também não se esqueça que "só a verdade liberta", pelo que, ser comunidade que na verdade e na caridade vive e testemunha o Evangelho, é a via que devemos trilhar.
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Ser ou Parecer?
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
A força da verdade
“A verdade não se impõe de outro modo, senão pela sua própria força”.
Esta mensagem não é fácil de aceitar, especialmente nos tempos que correm, nos quais, o exacerbar do subjetivismo, colocou a tónica no sujeito e na sua consciência, omitindo ou desvalorizando a objetividade. Com efeito, corre-se o risco de se deixar de falar em verdade, para reduzir tudo à minha verdade, que consiste naquilo que eu penso, afirmo e argumento, com os meios que tiver ao meu dispor. O eu torna-se, assim, o único critério para aferir a verdade e a mentira, o certo e o errado.
Já o afirmei anteriormente: a subjetividade é valor inquestionável; o subjetivismo um pântano, onde tudo cabe! Até a mentira, mascarada de verdade, adquire foros de cidadania. E que dizer, quando se retira uma frase do contexto, ou quando se altera a pontuação? O seu sentido pode ser completamente adulterado.
E mais não digo, porque os exemplos não cessariam. Já não entro sequer nas questões de caráter patológico, que exigem um conhecimento e acompanhamento específicos.
A ausência de referências objetivas, que funcionem como critérios orientadores, pode mesmo fazer perigar a nossa convivência enquanto sociedade, questionando aquilo a que se convencionou chamar “os mínimos éticos”.
Na nossa formação pessoal, deveria, por isso, estar incluída a educação para o respeito do outro, para a fidelidade, para o sentido crítico, para o discernimento, pois, só assumindo o erro (e errar é humano), se pode mudar.
Às vezes tenho saudades do tempo em que a palavra bastava para selar e garantir um compromisso, mesmo sem nada escrito, nem testemunhas. Apesar de tudo, continuo a acreditar na sabedoria daquele adágio popular: “A verdade é como o azeite; vem sempre ao de cima” (mesmo que tarde).
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
quarta-feira, 22 de julho de 2020
Intervenção na Casa do Ermitão Viso
sexta-feira, 17 de julho de 2020
Todas as vidas importam!
sábado, 4 de julho de 2020
Tríduo preparatório das Celebrações dos 250 anos da Restauração da Diocese
A Diocese de Beja, restaurada em 10 de Junho de 1770, está a celebrar os 250 anos desta mesma Restauração, que terá o seu ponto alto no próximo dia 10 de Julho de 2020. É proposto a que nas Comunidades onde for possível, celebremos um Tríduo. A proposta para a Paróquia de Grândola e vizinhas é a seguinte:
Dia 07 (3ª feira), 21h – Celebração da Palavra
Dia 08 (4ª feira), 21h – Adoração ao Santíssimo Sacramento
Dia 09 (5ª feira), 21h – Celebração Penitencial