sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Peregrinação a Fátima


Peregrinação a Fátima

28 de Outubro de 2023

06:00 horas - Partida junto à Câmara Municipal
07:30 horas - Paragem no caminho
09:30 horas - Via-Sacra em Fátima
11:30 horas - Visita a Aljustrel - Casas dos Pastorinhos
12:30 horas - Eucaristia na Capelinha das Aparições
13:15 horas - Almoço partilhado no Santuário
14:00 horas - Rosário na Capelinha das Aparições
15:00 horas - Visitas ao Santuário e às Basílica da Santíssima Trindade e de Nossa Senhora do Rosário. Tempo livre
17:00 horas - Partida para Grândola
18:00 horas - Paragem no caminho
19:30 horas - Chegada a Grândola


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Globalizar a solidariedade


Homem, apesar de não ser nem anjo nem demónio, é, porém, capaz de obras extraordinárias e de atrocidades aterradoras, basta olhar para os crimes praticados por seres humanos contra os seus semelhantes na Ucrânia!
O título deste artigo evoca uma afirmação do papa João Paulo II, aquando do tsunami que, em 2004, ceifou a vida a centenas de milhares de pessoas, em vários países banhados pelo oceano Índico. Face às proporções dantescas dessa hecatombe, o papa lançou um desafio para que a solidariedade da comunidade internacional e da própria Igreja se globalizasse rapidamente.
Creio que um apelo similar se poderia aplicar ao drama que enfrentam Turquia e Síria, atingidos pelo violento tremor de terra, que provocou um elevadíssimo número de vítimas, que continua a subir, e efeitos devastadores, ainda impossíveis de quantificar.
As consequências foram mais graves na Turquia, um país que, contudo, possui maiores capacidades de resposta. Quanto à Síria, os recursos são exíguos e, além do mais, a guerra civil provocou centenas de milhares de mortos, milhões de deslocados internos e um sem número de refugiados.
Estamos, pois, perante um cenário que nos desafia a não permanecer na insensibilidade e no comodismo, mas, a manifestar uma solidariedade operativa.
A lista de países onde o sofrimento marca o dia a dia de milhões de pessoas é, porém, enorme e, para não recuar muito no tempo, lembro a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul, recentemente visitados pelo papa Francisco, e que mereceram durante alguns dias apenas a atenção da opinião pública. Nestes países o cortejo de horrores é tremendo: fome, guerra, cobiça e destruição de recursos, violações, etc.
Pouco se fala deles, e de tantos outros que (já) não são notícia.
Como diz o adágio: “Good news, no news”. Era bom que assim não fosse, e que o ser humano não despertasse apenas para as “bad news”. Afinal, há, e poderá, haver muitas “good news”, se nós quisermos. Basta agir!

Manuel António Guerreiro do Rosário, Padre


sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

O Natal e a nova Humanidade


tempo de Natal, que se prolonga até à Epifania ou Reis, convida-nos, sobre tudo a nós cristãos, a recordar e a celebrar a vinda há cerca de 2000 anos ao Mundo, de Jesus, o Filho de Deus que assumiu a nossa natureza humana.
Os Crentes de outras Religiões, os Agnósticos, os Ateus ou os Indiferentes, poderão encará-lo talvez como profeta, líder carismático, homem perfeito, ilustre desconhecido…
Para além de tudo o que se possa dizer sobre a influência de Cristo e do Cristianismo, que são inegáveis a muitos níveis, há, contudo, uma dimensão, que me é particularmente cara e que ecoa no coração do Evangelho: somos todos iguais, temos a mesma dignidade, e em Jesus podemos dirigir-nos ao único Deus chamar-lhe Pai Nosso, reconhecendo assim a nossa condição de irmãos.
A afirmação da igual dignidade de todo o ser humano é um dos maiores valores que o Cristianismo  propõe ao Mundo. Este tesouro é intemporal e urge proclamá-lo em cada época, e na nossa em particular, quando persistem tantos atentados contra a vida humana: guerras, fome, injustiças, violência, migrações, alterações climáticas, aborto, eutanásia, pedofilia, etc.
Em Cristo nós seres humanos descobrimos ainda a Lei que tudo pode transformar: o mandamento novo do amor, a Deus e ao próximo. À luz da fé amar o nosso próximo, que é nosso irmão, é condição
para se amar a Deus, e o nosso próximo pode ser qualquer pessoa, mesmo os nossos inimigos; um desafio decerto difícil mas não impossível, para quem acredita!
O mandamento do amor convida-nos, pois, à conversão, à comunhão, à reconciliação, à Paz, outro valor tão necessário no nosso tempo. Se é verdade que nem tudo depende de nós, não é menos verdade que
também está nas nossas mãos trabalharmos na transformação deste Mundo, a partir de pequenos gestos e atitudes. Afinal Jesus não nasceu na sumptuosidade de um Palácio, mas na simplicidade de uma manjedoura, na singela cidade de Belém.
Um Santo Natal e um Abençoado Ano de 2023.

Manuel António Guerreiro do Rosário, Padre