segunda-feira, 14 de maio de 2012

Crise e Solidariedade

Parece haver alguma convergência, no seio dos mais diversos sectores da sociedade portuguesa, sobre o facto de estarmos a atravessar um período de Crise generalizada, que não deixa ninguém indiferente, mas que atinge, sobretudo, os mais fragilizados de entre a população, os quais se sentem, não raro, quase esmagados pelas manifestações transversais da crise e pela falta de esperança numa solução que teima em não aparecer, e que, entretanto, vai deixando sulcos profundos no tecido humano, social e económico, de consequências ainda imprevisíveis.

Esta situação convida-nos, além de tudo o mais, a uma solidariedade mais efectiva e a gestos concretos, continuados, de partilha, para minorar, atenuar, senão mesmo vencer, esta fase menos positiva da nossa história de povo e nação. Não me parece correcto esperar tudo do Estado e de quem governa, embora, como é óbvio, a sua responsabilidade e missão sejam indispensáveis. Há, contudo, uma infinidade de iniciativas que podem preencher amplos vazios que existem no nosso país, e fazer a diferença, bastando para isso querer e dar corpo a novos projectos, ou continuidade ao muito que já existe, embora tantas vezes ignorado e até desvalorizado.

A nossa matriz de povo, tem sido sempre caracterizado por esta capacidade de fazer das fraquezas forças e de encontrar de forma inventiva e audaz, solução para os problemas que nos têm afligido ao longo da nossa secular história. Só é pena que a memória seja, tantas vezes, curta e facilmente, depois de superadas estas fases, não nos empenhemos, de forma continuada e persistente, a consolidar o caminho que pontualmente somos capazes de vislumbrar e trilhar. A nossa grande capacidade de improvisar torna-se com frequência regra quando deveria ser excepção.

Foi esta mesma capacidade e audácia que nos permitiram, há séculos, partir deste "pequeno torrão pátrio" e "dar novos mundos ao mundo", coisa que os "velhos do Restelo" de então nunca imaginaram ser possível. A energia e genialidade não se esgotaram nos séculos passados, mas antes continuaram a fazer parte do nosso ADN, assim nós quiséssemos, todos, esquecer o que nos decide e apostar naquilo que nos deve unir e catapultar para as soluções, em vez de nos degladiarmos por interesses onde o bem comum e os interesses dos mais pequenos e mais frágeis são frequentemente esquecidos.

A crise pede-nos ainda uma solidariedade generosa e desinteressada, para além dos ciclos eleitorais e das estratégias de poder, quaisquer que elas sejam, independentemente do espaço reservado aos protagonismos nos principais mass media.

Todos podemos fazer a diferença. Está (quase) tudo na nossa mão. Superemos o fatalismo e o pessimismo que paralisam, os proteccionismos e dependências que infantilizam, e dêmos azo ao nosso engenho e grandeza de carácter. Fomos e somos capazes de vencer!
Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Ecos de Grândola, nº 241, 11 de Maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Festas da Penha 2012 - Novo programa

Várias contingências obrigaram a algumas alterações no programa das Festas da Penha de 2012, este é o novo programa das mesmas:
Rectificação:
No dia 20(Domingo) o Espectáculo Musical nos Pavilhões do Parque de Feiras e Exposições tem início às 14:00 horas.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Beja: Ministra da Agricultura no Festival «Terras Sem Sombras»

Beja, 02 Mai 2012 (Ecclesia) – A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, estará em Grândola (Diocese de Beja), este domingo, no programa de preservação ambiental integrado no Festival «Terras Sem Sombra».

As vozes unem-se naquela localidade alentejana para a salvaguarda de “um bem colectivo do maior significado ambiental, económico e social, o sobreiro”, realça um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A iniciativa começa às 10h30, na Herdade das Barradas da Serra, e é realizada em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, o município grandolense, o WWF-World Wide Fund For Nature e duas ONG que promoveram a “pioneira classificação do sobreiro como símbolo nacional – as associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza”, lê-se.

Com o envolvimento da ministra da Agricultura e dos alunos da Eco-Escola das Ameiras de Grândola, artistas e comunidade local, “a colocação nos sobreiros de ninhos construídos com canudos de cortiça virgem, a verificação das caixas-ninho colocadas no ano passado pelos artistas do Terras Sem Sombra, a realização de uma tiragem de cortiça e outras actividades exploratórias da biodiversidade do montado (flora e fauna)” são algumas das acções agendadas.

No dia anterior e na mesma localidade, na igreja matriz de Nossa Senhora da Assunção, realiza-se o terceiro concerto da 8ª edição do Festival Terras Sem Sombras, promovido pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da diocese de Beja, pela voz do «Ensemble Odhecaton».

Paolo da Col irá convidar os ouvintes a viajar do «Instante ao Infinito», percorrendo as partituras dos compositores Arvo Pärt, Wolfang Rihm, Salvatore Sciarrino e Gesualdo da Venosa, “onde as dissonâncias, os cromatismos e as melodias tortuosas ilustrarão os tormentos da Paixão de Cristo”, revela o comunicado

LFS

Festival Terras Sem Sombra