quinta-feira, 28 de março de 2013

Ordenação do Diácono José Bravo

O Diácono José Bravo já é sobejamente conhecido na nossa paróquia (e não só)! Há muito que todos aguardavam pela notícia da sua ordenação sacerdotal.

Ontem, dia 27 de Março, durante a reunião do Clero da Diocese, dia da Missa Crismal, o Bispo da Diocese de Beja, D. António Vitalino, anunciou que a ordenação, do Diácono José Bravo, terá lugar no dia 07 de Julho, Domingo, na Sé de Beja, provavelmente entre as 16:00 e as 17:00 horas.

Na mesma ocasião D. António Vitalino propôs que na mesma data se efectuasse a celebração das Bodas de Prata sacerdotais do Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário, que ocorrem a 03 de Julho.



terça-feira, 26 de março de 2013

Actividades religiosas na Páscoa

Quinta Feira Santa
18:00 h - Missa da Ceia
21:00h às 23:00h - Adoração ao Santíssimo Sacramento

Sexta Feira Santa
18:00h - Celebração da Paixão
21:00h - Via Sacra pelas ruas de Grândola (orientada pelo CNE e pela Catequese)

Sábado Santo
10:00h - Oração de Laudes
22:00h - Vigília Pascal, com baptismos

Domingo de Páscoa
10:00h - Missa em Santa Margarida da Serra
11:30h - Missa em Grândola
15:00h - Missa em Azinheira dos Barros
16:30h - Missa no Lousal


Notas da Páscoa de D. António Vitalino

Começar tudo de novo
Páscoa 2013

1. Primavera e Páscoa

Todos os anos passamos por quatro estações, muito diferentes entre si, sendo a primavera a que mais maravilhas e beleza nos proporciona. Com excepção dos amantes dos desportos de inverno ou os veraneantes das praias, para a maioria das pessoas é a estação mais desejada. E não preciso de explicar porquê.


Para os judeus e os cristãos é no início desta estação, por altura da lua cheia, que se celebra a festa mais importante da sua fé, a Páscoa, que para uns faz memória da libertação da escravidão no Egipto e para os segundos da paixão, morte e ressurreição de Jesus, que reconcilia a humanidade pecadora com Deus, liberta da raiz da escravidão e dá a certeza da possibilidade de uma nova primavera da vida.


Ao constatar tantos sinais de morte, de falta de esperança, de crise na politica, nas finanças, na economia, na sociedade, nas empresas e na família, interrogo-me e grito: quem nos libertará desta escravidão? Levanto os olhos e contemplo um corpo suspenso na cruz. Recordo as narrativas dos Evangelhos sobre a vida do crucificado. Viveu fazendo o bem, falou com autoridade e anunciou um novo Reino, aproximou-se de quem estava doente e curou, usou de misericórdia e não teve receio de chamar pecadores para seus discípulos, acusado e difamado não quis defender-se com os meios humanos, proclamou o perdão e o amor aos inimigos e ao morrer pediu perdão para os algozes. Mataram-no, sendo inocente, mas o seu amor foi mais forte que a morte, porque Deus o ressuscitou, está vivo. Esta é a Páscoa dos cristãos, a aurora dos novos tempos, a primavera de uma vida nova e de uma nova criação. Com a ressurreição de Cristo tudo começa de novo.

2. Chamados e enviados a anunciar novos tempos

A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado, lembrado apenas entre os cristãos, dentro dos templos. O ressuscitado aparece aos seus discípulos atemorizados, dá-lhes o seu Espírito e envia-os a todo o mundo, a anunciar tudo o que ele ensinou e fez, a fazer discípulos, baptizando-os, isto é, inserindo-os na sua morte e ressurreição, para que vivam ao seu modo, amando como ele o fez.


Este fermento de uma nova vida, pessoal e comunitária, continua a levedar as massas, por vezes de modo quase imperceptível e invisível. Com a eleição do novo Papa Francisco tornou-se bem patente. Mesmo os não crentes sentiram a nostalgia de uma nova maneira de ser e de viver, que dá esperança a um mundo acorrentado por inúmeros grilhões, que trazem a humanidade deprimida e a impedem de viver na alegria da fraternidade universal, numa atitude de atenção e cuidado para com a natureza e os mais frágeis, crianças, doentes e idosos.


O desenvolvimento do mundo não é apenas na ordem do progresso económico e tecnológico, mas também na dimensão moral e espiritual. Subsistem algumas fontes de corrupção, vírus mortais da esperança. A afirmação da fé na Páscoa de Jesus Cristo continuará a ser a vacina mais eficaz contra os inimigos de uma vida humana sadia e com sentido de eternidade.


A celebração da nossa fé pascal, na alegria da reconciliação com Deus e uns com os outros, no anúncio e testemunho da misericórdia manifestada em Jesus Cristo e que interpela os seus discípulos a sê-lo também, vai transformando a nossa vida, tornando-a conforme a Ele. É o fermento de uma vida nova, de que a humanidade carece.


Felicito as comunidades do Caminho neo-catecumenal que, nas tardes dos domingos do tempo pascal, estarão no parque de merendas da cidade de Beja a anunciar a alegria da fé, que brota da ressurreição de Jesus. Saúdo também os grupos sinodais espalhados pela diocese, que têm estado a reflectir sobre a Igreja que somos e queremos ser, mais próxima de todos, mais simples, desprendida, missionária e alegre, para alimentar a esperança de um mundo deprimido, escravizado pelos poderes financeiro, económico e politico, porque desconhece a energia vital que brota da cruz e da ressurreição de Cristo.


Nesta fé, manifestada e alimentada na memória da paixão, morte e ressurreição de Cristo, desejo a todos os diocesanos, ouvintes e leitores, santa alegria pascal.
† António Vitalino, bispo de Beja


segunda-feira, 18 de março de 2013

Apoie a Cáritas Diocesana de Beja


Festival Terras Sem Sombra 2013

O Festival Terras Sem Sombra para 2013 já mexe, embora ainda não se conheça o programa na íntegra, já se sabe que:
  • No dia 04 de Maio, teremos um concerto na igreja matriz de Grândola.
  • No dia 05 de Maio teremos uma acção de promoção ambiental nas redondezas de Grândola.
Ficamos a aguardar mais pormenores, mas convidamos desde já os nossos visitantes a reservarem estes dias nas suas agendas, pois serão certamente, actividades com a superior qualidade com que o Festival Terras Sem Sombra nos tem brindado nos últimos anos.

domingo, 17 de março de 2013

Actividades religiosas na próxima semana

20 de Março - Quarta-feira - Missa na Aldeia do Pico, 16:30 horas;

20 de Março - Quarta-feira - Celebração Penitencial, 21:00 horas, Igreja Matriz (Grândola);

22 de Março - Sexta-feira - Celebração penitencial para os mais novos, 18:00 horas, Igreja Matriz.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Obrigado papa Bento XVI


 anúncio da renúncia do papa Bento XVI, feito na primeira pessoa, surpreendeu muitos, entre defensores e detractores, e tornou-se assunto de primeira página em grande parte da comunicação social.

Apesar desta possibilidade constar no Código de Direito Canónico, poucos imaginariam que ela fosse posta em prática, e logo por este papa. Na verdade, a falta de objectividade de tantas notícias, associada a outras razões e interesses, mais ou menos velados, transmitiu deste homem uma imagem pouco positiva, que o tempo e alguns gestos ao longo do seu pontificado foram redimensionando, revelando-se então o verdadeiro rosto deste homem tímido e humilde, mas firme e decidido de timoneiro da “barca de Pedro”.

Os Homens são todos diferentes e os papas não fogem à regra. Entre Bento XVI e João Paulo II havia muitas diferenças, mas unia-os o grande amor pela Igreja e pela Humanidade, e o desejo de uma profunda renovação da Igreja, para poder cumprir com autenticidade a sua missão de ser sinal do amor de Deus por nós seres humanos. Uma outra tónica comum foi o compromisso de trabalharmos juntos para tornar mais humano, justo e fraterno o Mundo em que vivemos.

Apesar da brevidade deste pontificado (menos de oito anos), ele deixa marcas profundas que a história, se no presente lhe não for feita justiça, confirmará: a aposta no diálogo com crentes e não crentes; a confiança na razão e no diálogo entre esta e a fé; a renovação das estruturas da Igreja e a firmeza no combate aos erros e desvios, etc.

Em pouco tempo este digno sucessor de Pedro fez muito, sem nunca se deixar deslumbrar pela tentação do poder, antes reconhecendo e afirmando sempre a sua condição de servo, que veio para servir, pelo que, sentindo ser ingente a renovação da Igreja e poucas as forças para tão hercúlea missão, com humildade e grandeza de alma, entendeu ter chegado a hora de passar o testemunho.

Obrigado papa Bento XVI pela sua ousadia e clarividência.
 

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário

segunda-feira, 11 de março de 2013

Concerto da Páscoa


Realiza-se no próximo dia 06 de Abril de 2013, pelas 21:00 horas, na Igreja Matriz de Grândola, um Concerto da Páscoa, com a participação de:
  • Coro da Paróquia de Grândola
  • Júlia Coelho
  • MorenitóTuna
Não falte!

sexta-feira, 8 de março de 2013

A grandeza de um gesto


A minha estima e admiração pelo Papa Bento XVI cresceu exponencialmente com a notícia da sua renúncia. Na verdade, só um homem da estatura, mas também da simplicidade, de Josef Ratzinger nos poderia desarmar e surpreender com este gesto que causou, decerto, desconcerto e desconforto em tantos, mesmo entre aqueles que constantemente inventavam factos para o denegrirem. Para mim ficou claro que quem assim agia não conhecia a magnanimidade da alma deste homem. A história se encarregará de lhe fazer justiça, disso não tenho dúvida. É isto que, infelizmente, sucede tantas vezes, mesmo noutros âmbitos da vida: criam-se imagens que não correspondem à verdade, e a partir daí não há a preocupação de mostrar a realidade, antes se constrói a partir de preconceitos. Quando os fins justificam os meios, entra-se na lógica do "vale tudo" e deixa de haver limites: é tudo subjectivo, é tudo relativo!

De entre os muitos comentários que li na sequência deste gesto, houve um que me impressionou em especial e que dizia desta forma incisiva: "O papado perdeu em divindade e ganhou em humanidade''. Na verdade, o Papa não é nem um Anjo nem um Santo, mas antes um homem que Deus chamou e a quem foi conferida a missão maior de guiar a Igreja e de ser garante da comunhão desta grande comunidade espalhada pelos cinco Continentes. Cada Papa é diferente, vive num tempo naturalmente diferente, tem características próprias que o distinguem e identificam, e conduz a Igreja com um carisma igualmente específico, embora sempre animado pelo Espírito Santo.

O pontificado de Bento XVI, apesar de breve, deixa traços profundos na Igreja e no Mundo que vale a pena, mesmo que de forma sintética lembrar: o diálogo inter-religioso; o diálogo entre cristãos (ecumenismo); a valorização da razão no diálogo com os não crentes; a renovação da Igreja; continuação do processo de universalização da Igreja e das suas estruturas; firmeza no combate aos excessos dentro e fora da Igreja; afirmação da centralidade da Doutrina Social da Igreja como meio evangelizador e insubstituível na sua acção pastoral, etc.

Voltando ao gesto do Papa, penso poder dizer com todo o realismo, que esta sua atitude manifesta a opção radical de quem veio para servir e não para ser servido. De facto, só quem tem como valor primeiro o bem e o serviço dos outros pode agir como o Papa Bento XVI fez, não se deixando deslumbrar pelo poder, nem procurando nele permanecer até perder as capacidades e/ou "cair da cadeira". A noção perfeita das nossas capacidades e limitações é fundamental para exercermos bem a nossa missão, qualquer que ela seja e, às vezes, não é uma questão de idade, é antes a expressão de uma grande lucidez e, naturalmente, sinal de humildade, a qual segundo a expressão de Sta Teresa de Ávila "é a verdade".

As decisões importantes, quer se trate da nossa vida quer de qualquer outro âmbito, devem, de facto, ser tomadas enquanto temos capacidade de discernimento e decisão.

Obrigado Papa Bento XVI pela sua pessoa e acção pastoral, e pela sua ousadia e clarividência.

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Ecos de Grândola, nº 251, 08 de Março de 2013