sexta-feira, 19 de julho de 2013

Viagem Paroquial à Terra Santa

No dia 19 de Julho de 2013, mais de meia centena de paroquianos de Grândola, partiram numa Viagem Paroquial à Terra Santa.

O grupo que chegará ainda nesta data a Telavive, irá percorrer muitos dos locais de relevo turísticos e religiosos, conforme o programa abaixo.



domingo, 14 de julho de 2013

Equipa de imagem da página da paróquia reforçada

A equipa de recolha de imagens da página da internet da Paróquia de Grândola e do canal Meo 446864, foi hoje reforçada com uma nova voluntária, a Cristina Chaínho, que se veio juntar a esta equipa, num esforço de conseguirmos mais e melhores imagens dos acontecimentos da vida religiosa da nossa paróquia, para desta forma os divulgarmos pelos quatro cantos do mundo.




sexta-feira, 12 de julho de 2013

Apesar de tudo, férias


É já um lugar-comum associar o Verão às férias. Contudo, e infelizmente, as dificuldades ampliadas pelos-efeitos colaterais da crise, vão esvaziar ainda mais este tempo de algumas das suas dimensões, pelo menos para a maior parte dos portugueses.

Para alguns aplicar-se-á ainda aquele princípio: "vá para fora, cá dentro". Outros, poucos, poderão ainda aproveitar para sair do nosso país e visitar outros contextos, de preferência onde exista alguma segurança, exigência cada vez maior de quem viaja: Esta é, aliás, uma das ofertas que Portugal pode fazer, apesar de tudo, e atrair assim um número crescente de turistas que procura estabilidade, segurança, cultura, ambiente, paisagens, gastronomia, música, tradição e modernidade, programas de entretenimento, etc. Portugal, apesar da sua reduzida dimensão, concentra em pouco território uma diversidade e riqueza notáveis, que importa dar a conhecer e propor como um produto de qualidade. Os sinais da importância crescente deste sector e da grande qualidade da oferta turística portuguesa, estão num crescendo e as notícias positivas neste sector chegam-nos quase todos os dias, contribuindo assim para dar um pouco mais de ânimo e de esperança ao país, onde nem sempre as notícias têm sido boas notícias.

Mas, deixando estas questões para outros mais sábios e competentes para falar delas, gostaria de propor aos nossos leitores que introduzam, dentro do possível, neste tempo em que nos encontramos, outras dimensões igualmente importantes: porque não dedicar mais tempo à família, repousar um pouco mais e combater o stress, ocupar o tempo naquilo que noutras épocas do ano nos está vedado ou restringido?

Permitam-me os nossos leitores que vos faça ainda uma outra proposta: porque não parar para pensar também um pouco naquelas questões que nem sempre fazem parte do nosso quotidiano? E porque não tentar também reflectir no porquê da nossa existência, no sentido da vida humana, na essência da felicidade, e chegar mesmo até à questão de Deus? Permitam-me o atrevimento, mas este tempo pode permitir-nos chegar e entrar naquilo que, sendo "invisível aos olhos", nem por isso é de somenos importância.

Como cristão, aprendi na Escola de Cristo, que Deus, respeitando a nossa liberdade, também nos procura, nomeadamente àqueles que, por razões de ordem diversa, andam mais distantes d'Ele, para que todos entendamos que somos amados como filhos, mesmo que sejamos pródigos.

Há tanta gente que não conhece Deus, que tem d'Ele imagens que não correspondem à verdade, fruto de preconceitos, más experiências, e informação de fraca qualidade que pulula pelo universo digital e pelos media de grande difusão.

Hoje, porém, temos a facilidade de ter à nossa mão todas as informações, a partir da fonte, para não ficarmos prisioneiros de leituras e interpretações ideológicas, nem sempre isentas, sobre a realidade do fenómeno religioso. As Páginas na Internet, os Blogues e um sem número de outros canais de informação, permitem-nos colocar questões, esclarecer dúvidas, manifestar discordâncias, fazer propostas e ter sempre resposta.

Se quiser caro/a leitor/a, e já agora, faça uma visita à Página da Paróquia de Grândola. Basta, para o efeito escrever: Paróquia de Grândola, Portugal, e terá à sua disposição um manancial de informação sobre acontecimentos da nossa vida local, do nosso país e até do Mundo. Visite-nos e dê-nos as suas sugestões, porque queremos melhorar o serviço que, com escassez de meios técnicos, humanos e materiais, mas com muita generosidade e um trabalho totalmente voluntário, estamos a realizar.

As suas férias também podem ser enriquecidas se lhes introduzir outros "condimentos". Desculpe, caro/a leitor/a estas propostas atrevidas, mas estou convencido que a humanidade sem abertura à transcendência, na liberdade, fica truncada.
Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Ecos de Grândola, nº 255, 12 de Julho de 2013

É tempo de férias


conteúdo efectivo da palavra Férias tem-se alterado tanto, que se corre o sério risco de o tornarmos um mero arcaísmo. Talvez seja uma hipérbole o que acabo de afirmar, mas faço-o consciente de que a maior parte dos portugueses ou não terá fé- rias, no sentido que habitual- mente lhe damos, ou terá de rever a forma de as viver, preenchendo-as com outras dimensões, sob pena de se tornarem mera “mudança de ocupação”. Perante as evidências de uma crise, cujos reflexos atravessam transversalmente a sociedade portuguesa, urge ser criativos na forma como encaramos e vivemos este tempo.

Há vários anos que as manifestações da crise e as alterações no sector do Turismo obrigaram a fazer opções, antes impensadas e hoje plenamente assumidas. Os sinais que nos vêem deste campo até são animadores, pelo que importa aproveitar as dinâmicas positivas, as múltiplas potencialidades do nosso País, e criar as condições para podermos apostar de forma ainda mais sistemática e consequente, nesta área onde temos tantas possibilidades de crescer e continuar a dar ao País mais razões para a esperança e a confiança no futuro.

Se me é permitido, gostaria, contudo, de propor aos nossos leitores que aproveitassem este tempo para o preencher, dentro do possível, com ocupações que fogem do nosso quotidiano e que também podem contribuir para o nosso bem-estar, como sejam: uma maior dedicação à família, um contacto mais assíduo com a natureza, a prática do desporto, a ocupação com actividades de cariz solidário, mais tempo para a leitura, a reflexão e a introspecção.

Atrevo-me ainda a avançar um pouco mais: porque não aproveitar para reflectir também no sentido da existência humana, e no lugar de Deus na nossa vida? Como afirmou o Papa Bento XVI na Encíclica Caritas in Veritate, o verdadeiro humanismo é aquele que se abre à transcendência, sempre na liberdade, porque a fé não se impõe, antes se propõe e adere em liberdade.
Boas férias, apesar de tudo.


Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Diário do Alentejo, nº 1629, 12 de Julho de 2013


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Testemunho de vida e gratidão nos meus 25 anos de sacerdócio


Uma vocação é sempre uma história de predilecção e escolha de Deus, e de resposta do homem, e de outra forma não tem sentido. Não é carreira, nem muito menos profissão, embora muitas vezes na forma como é encarada por quem a vê de fora, ela pareça isso; e por quem a vive, infelizmente, também possa fazer transparecer essa imagem. A vocação é, antes, a história de um amor Maior, o de Deus, que escolhe alguém para O seguir e o envia a anunciar este amor que quer chegar a toda a gente sem excepção. Esta é a vocação do sacerdote, chamado e enviado, porque ninguém é padre para si mesmo, mas para os outros, para o povo, para todos os que vão sendo confiados à sua missão, ao longo da vida.

É assim que encaro a vocação do sacerdote e é assim que tenho tentado vivê-la ao longo destes 25 anos, e tenho de dar graças a Deus, porque este projecto me tem preenchido a vida e feito sentir que vale a pena ser padre. Nunca me senti nem só nem infeliz, apesar das dificuldades que tenho sentido, dentro e fora da Igreja, pois Deus, que não abandona aqueles que ama, zelou sempre por mim, garantindo-se que a Sua presença e o Seu amor seriam mais fortes e tudo transformariam: e assim tem acontecido!

Sou um homem feliz e tenho de dar graças a Deus porque em todas as missões que tenho desempenhado, com a Sua graça, não me tenho limitado aos mínimos, nem a uma pastoral de manutenção, mas antes, procurado dar-me a tudo e a todos o melhor que posso e sei; e Deus tem-me recompensado infinitamente. Obrigado Senhor Jesus.

Neste dia quero, por isso, agradecer:


1.Antes de mais, ao Senhor D. António Vitalino pelo apoio que me tem dado ao longo da minha missão sacerdotal;


2. À minha família aqui representada pela minha mãe, pela minha tia, pelo meu irmão, cunhada, sobrinhos e primos. Muito do que sou devo-o à minha família;


3. Aos meus colegas e amigos sacerdotes, muitos dos quais estão aqui presentes e que me têm ajudado a ser melhor Padre. Permitam-me uma referência especial a três sacerdotes que estão junto de Deus: o Senhor D. Manuel Falcão, que me conheceu na minha juventude, em mim acreditou, me ordenou e sempre me acompanhou como amigo e pai na fé; o Padre Afonso Prata, ordenado também no dia 3 de Julho, que muito me ajudou a decidir-me entrar no Seminário; e o Cónego Vítor Rosa , então Reitor do Seminário, que me acolheu e sempre apoiou. Uma palavra de gratidão também ao Seminário de Beja, ao Seminário Maior de Évora e ao Instituto Superior de Teologia de Évora;


4. Uma palavra de gratidão também aos muitos amigos, Religiosos/as e Leigos/as, que Deus colocou no meu caminho em todas as tarefas, eclesiais ou de outro âmbito, que desempenhei na Diocese de Beja, no nosso País, em Itália, aquando dos estudos de Teologia Moral, e na Alemanha, onde contactei de perto com muitos emigrantes portugueses, com quem mantenho ainda laços de amizade;


5. Outra palavra é devida às Comunidades cristãs por onde passei e onde exerci o ministério sacerdotal, nomeadamente na Diocese de Beja. Recordo também o Seminário, as Vocações, o Pré-Seminário, a Pastoral Juvenil e a Pastoral do Ensino Superior. 17 anos da minha vida sacerdotal foram dedicadas directamente ao trabalho vocacional;


6. Lembro sempre com alegria e gratidão as localidades onde vivi: Vila Alva, Vila Nova da Baronia, Alvito e Cuba e, por fim, Beja. Foi aí que cresci como jovem, como cristão e onde despertou a minha vocação. Em Cuba conheci o Cónego Virgínio, tinha eu então 13 anos, e aí nasceu e cresceu uma amizade que me tem acompanhado ao longo da minha vida. Em Beja conheci também o Padre José Roque, a quem saudar neste dia em que, juntamente com o Cónego Virgínio, completa 46 anos de vida sacerdotal;


7. Fui Vigário Paroquial de várias Paróquias ao longo destes anos, mas Pároco, fui de facto em Baleizão e Neves e depois em Grândola, a partir de 2008, e a seguir de Azinheira dos Barros, Lousal e Santa Margarida da Serra. Desde 2008, e particularmente em Grândola, senti desenvolver-se ainda mais na minha vida de sacerdote a dimensão da pastoral paroquial, que muito me tem enriquecido e feito amadurecer como pastor. Quero, pois., saudar e agradecer à Comunidade Cristã, que tem sido extraordinária no acolhimento, no entusiasmo, na partilha e no envolvimento. Este agradecimento é também extensivo à Câmara Municipal, aqui representada pela Senhora Presidente. Uma palavra também à Santa Casa da Misericórdia, aqui representada pelo seu Provedor e por vários membros da Mesa. Muito obrigado também às forças vivas de Grândola, às suas associações e instituições que me têm ajudado a ser o padre que hoje sou;


8. Por convicção e por opção nunca fui uma pessoa fechada, pelo que tenho procurado estar próximo e criar laços com pessoas, grupos, associações de diversa índole, independentemente do seu grau de cultura, do seu estatuto, cor política ou opção religiosa. Esta tem sido sempre uma linha mestra da minha vida, desde que me conheço e é isso que tenho tentado fazer e quero continuar a fazer, com a graça de Deus.

Muito obrigado a todas e a todos vós pela vossa presença, oração e amizade.

Padre Manuel António Guerreiro do Rosário,
Sé de Beja, 7 de Julho


"Ide e ensinai"


 


A Igreja diocesana de Beja, neste último domingo, ficou "mais rica": foi ordenado sacerdote o diácono José Manuel Bravo Valente, natural de Moura. Foi uma celebração vivida e de grande comunhão entre todos. Também, nesse dia, o Pe. Manuel António, natural de Beja, celebrou os seus 25 anos de sacerdócio. O neo-sacerdote viveu os últimos dois anos em Grândola, onde o Pe. Manuel António é pároco.

A celebração, presidida por D. António Vitalino, Bispo de Beja, contou com a participação da maioria do presbitério de Beja, estando ainda presentes alguns sacerdotes de Évora e do Algarve, bem como professores da Universidade Católica.

As gentes de Grândola e de Moura, os amigos e familiares, vindos de perto e de longe, encheram a catedral. Todos quiseram associar­ se à alegria dos dois sacerdotes e, com eles, agradecer a Deus o dom do sacerdócio.

A liturgia própria do dia veio ao encontro do momento celebrativo que se viveu. Além do envio dos 72 discípulos, apontava para as qualidades dos enviados e para as dificuldades que estes iriam encontrar ao levar a grande notícia a comunicar, com pronta mansidão, alegria e simplicidade de coração: "Está perto de vós o Reino de Deus" (Lc.10,9). Neste contexto de anúncio, de envio, de missão ao longe e ao largo, apraz-me citar S. Francisco de Assis, quando falava aos seus irmãos: "Ide e ensinai com o vosso testemunho. E, no caso de ser preciso, direis também alguma palavra".


P. Agostinho Sousa ,
CDM/Beja


Agradecimento


A minha primeira palavra tem de ser de agradecimento a Deus por tudo o que Ele me tem concedido. Como mourense, não poderia, naturalmente, deixar de agradecer também a Maria, a nossa Mãe Santíssima.

Quero também agradecer ao Sr. D. António Vitalino, que me crismou, me ordenou Diácono e hoje Sacerdote. Obrigado D. António por estar ao meu lado e pela confiança que tem depositado em mim, bem-haja.

Ao Padre Manuel António, o meu muito obrigado, o meu agradecimento mais profundo, pela sua presença sempre amiga e por todos os esforços que tem realizado por minha causa. Ao Padre Manuel António devo muito do que sou, a ele agradeço o apoio incondicional que me tem prestado, primeiro no Seminário e desde há dois anos em Grândola. Tenho usufruído da graça destes 25 anos do seu Sacerdócio, com ele tenho descoberto que tudo posso n'Aquele que me fortalece. Ele tem sido um Pastor à imagem do Bom Pastor. Bem-haja e que Deus o recompense pelo bem que realiza!

Para o Padre Virgínio Tribanas, o meu bem-haja pelo seu exemplo de Amor e oração. Também quero agradecer todo o apoio que me foi concedido pelo Padre Joaquim Valente e pelo Padre José Roque, que me acompanharam espiritualmente no Seminário de Beja.

Ao Seminário de Beja o meu agradecimento por me ter acolhido e ajudado a crescer rumo ao sacerdócio. Este agradecimento é também extensivo ao Seminário de Faro e ao Seminário Maior de Évora por todo o apoio prestado.

Agradeço de uma forma especial aos meus pais o apoio que me têm dado, caminhando ao meu lado. A eles devo a minha vida, e foi deles que recebi valores e princípios que têm orientado a minha vida nos caminhos do bem. Agradeço também à minha irmã a quem amo muito.

Uma palavra também especial e justamente devida para algumas pessoas que marcaram a minha vida. Peço, no entanto, desculpa desde já, àquelas que não nomear, pois o tempo não dá para tudo. A todos quero, porém, dizer que estais no meu coração e na minha oração.

Saúdo e agradeço à minha Professora da Escola Primária, D. Antónia Matias, que me ajudou e viu crescer, e depositou em mim a semente da fé. Nela agradeço à Comunidade Cristã de Moura e aos seus Párocos, e neste momento particular ao Pe. Egídio Ferreira, agradecimento que quero estender a todas as pessoas da Renovação Carismática. Um Bem-haja também à minha amiga Olívia, pela sua amizade e por ser para mim uma grande mulher de Deus. Um agradecimento também ao Comendador Rui Nabeiro que, contribuiu vários anos para a minha formação, pagando ao Seminário, bem como assumindo as propinas no Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE). Para ele todas as bênçãos de Deus.

Um obrigado ainda às Congregações que estiveram presentes na minha vida. Quero realçar as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, e permitam-me recordar a Irmã Conceição Mesquita. Quero também lembrar as Irmãs da Divina Providência e da Sagrada Família, e lembrar de uma forma especial a Irmã Emília, que me acompanhou ao longo de todo o percurso no Seminário.

Dirijo-me agora aos Docentes do ISTE e àqueles que foram meus Professores na Universidade Católica. A todos agradeço o empenho e o amor que depositam nesta grande missão, que é a de formar futuros sacerdotes e leigos interessados em aprofundar a sua fé. Da minha parte, o meu muito obrigado por tudo o que me transmitiram.

Um obrigado particular à Comunidade de Grândola que me acolheu nestes quase dois anos de estágio, por mim rezou e se tem multiplicado em gestos de amor, proximidade e de fraternidade. Foi também nesta comunidade que descobri o Movimento dos Cursilhos de Cristandade, que tem sido para mim uma autêntica escola de cristianismo.

Em Grândola quero dirigir ainda uma palavra de agradecimento à Câmara Municipal e à sua Presidente aqui presente, por todo o apoio e incentivo no meu caminho. Bem-haja Senhora Presidente. Peço-lhe que transmita a todos aqueles que trabalham no Município a minha gratidão.

Um agradecimento também à Santa Casa da Misericórdia, ao seu Provedor aqui presente, à Mesa, aos Técnicos e Funcionários.Muito obrigado pelo acolhimento caloroso que sempre me têm proporcionado. Saúdo também a Senhora Directora do Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz e a Senhora Directora do Estabelecimento Prisional de Beja e todo o pessoal que aí trabalha. Bem-haja a todos pelo belo trabalho que realizais.

Um agradecimento também aos muitos amigos aqui presentes de Grândola, de Moura, de Pias, de Serpa, de Beja, Cabeça Gorda, Salvada, Baleizão, Neves, Vila Nova de S. Bento, Vila Verde de Ficalho, Lisboa, Meadela, ..., e tantas comunidades a que me sinto ligado. Tenho-vos a todos no coração e na oração.

Para terminar, digo-vos a todos à maneira cursilhista: "Cristo conta connosco! Vivamos como Missionários; pautemos a nossa vida pela Verdade, pois, só ela nos liberta. Contemos com a graça de Deus! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Padre José Manuel Valente Bravo,
Sé de Beja, 7 de Julho de 2013


Um novo sacerdote para a Diocese de Beja



Domingo, 7 de Julho foi para a nossa Diocese e, particularmente, para as comunidades cristãs de Moura e de Grândola, dia lindo de se ver, festivo e memorável pelos acontecimentos assinalados na catedral pacense a saber: a consagração de José Manuel Valente Bravo, à Igreja de Cristo, no Sacerdócio católico, e a celebração de acção de graças pelos 25 anos de bom e efectivo serviço no presbitério diocesano do Padre Manuel António Guerreiro do Rosário.

Numa tarde de calor intenso, a igreja catedral encheu-se de cristãos e amigos para refrescarem a sua fé, acompanharem carinhosamente estes dois sacerdotes e lhes prestarem caloroso preito de louvor e homenagem, pelo seu testemunho de vida e de perseverança na resposta ao chamamento de Cristo: "Tu, vem e segue-Me".

O cerimonial de ordenação presbiteral decorreu de acordo com o ritual romano: apresentação do candidato ao Bispo da Diocese, D. António Vitalino, interrogatório sobre as suas disposições e os seus compromissos sacerdotais, ladainha dos santos, imposição das mãos do Bispo e Presbíteros (rito essencial), oração consacratória revestimento das vestes sacerdotais, unção das mãos, entrega do pão e do vinho, ósculo da paz e saudação a todos os sacerdotes. Seguiu-se a Eucaristia, com o Padre José Bravo já a concelebrar com mais 40 sacerdotes das Dioceses de Beja, Évora, Algarve e Lisboa. Presentes, também, 6 diáconos permanentes e muitos seminaristas.

O Senhor Bispo, na homilia, depois de felicitar o neo-presbítero e as comunidades de Moura e Grândola ali presentes em grande número, lembrou, a partir do Evangelho do dia, a missão do sacerdote no mundo contemporâneo: ir a todos os lugares anunciar a Boa Nova da Salvação que Jesus Cristo nos trouxe, proclamar e fazer a paz, sem outras seguranças senão a da fé, da pobreza, da simplicidade e do amor a Deus e ao próximo.

Apelou ainda o Senhor Bispo ao empenhamento sério dos leigos nas tarefas do apostolado cristão, sabendo, como refere também o Evangelho, que a "seara é grande e os operários são poucos". Referiu finalmente alguns dados estatísticos sobre a situação da Diocese de Beja, onde "há apenas 6% de Católicos praticantes, 60 sacerdotes e 7 diáconos permanentes, sublinhando ser esta situação motivo não de desânimo, mas uma forte interpelação a que todos trabalhemos mais e melhor pelo Reino de Deus.

No fim da celebração, os padres Manuel António e José Bravo dirigiram aos fiéis palavras repassadas de emoção para expressarem os sentimentos que lhes iam na alma, naquele momento, mormente o seu louvor a Deus pelas maravilhas neles operadas, e a sua sentida gratidão a quantos se cruzaram nos seus caminhos e os ajudarem a chegar ao Sacerdócio e a vivê-lo, até aqui, com alegria e dedicação total no serviço de Deus e dos irmãos.

Como nota de reportagem, refira-se ainda a beleza de toda a cerimónia litúrgica na Sé, com a colaboração musical do Padre António Cartageno, ao órgão, o jovem Francisco Molho, de Moura, na regência do coro e o Padre Paulo Godinho a fazer as admonições introdutórias dos vários momentos da celebração. Como complemento da festa religiosa, na Sé, o neo-presbítero convidou todos os presentes para uma refeição fraterna, no Seminário, pretexto para mais um agradável e sadio convívio entre os cristãos da Diocese que participaram na Ordenação Sacerdotal e no jubileu do Padre Manuel António.

Alberto Batista



quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pe. José Manuel Valente Bravo nomeado para a sua actividade presbiteral!


Ordenado no passado dia 07 de Julho, o novo presbítero da Diocese de Beja, Pe. José Manuel Valente Bravo já viu serem-lhe atríbuidas por D. António Vitalino, Bispo de Beja, as suas novéis funções na Diocese.

O Pe. José Manuel Valente Bravo irá continuar a exercer as suas funções como assistente religioso do Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz.

Vai também assumir as funções de Vigário Paroquial da Paróquia de Grândola e Pároco in solidum da Paróquia de Melides, neste caso com a coordenação do Pe. Adalberto Saraiva.


domingo, 7 de julho de 2013

Luis Fernandes inicia estágio pastoral


O jovem seminarista Luís Fernandes, da Vila de Grândola, terminou a sua formação curricular e inicia agora o seu estágio pastoral nas paróquias de Ervidel, Mombeja e Santa Vitória, sobre a orientação do Pe. Novais, ultimando a sua preparação para vir a ser mais um presbítero da Diocese de Beja.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dia 7 de Julho, na Sé de Beja


Bodas de Prata Sacerdotais do Padre
Manuel António do Rosário

"Sou um sacerdote feliz e realizado nesta vocação de serviço"
 
Ainda parece que foi ontem e quase passaram 25 anos sobre aquele inesquecível dia 3 de Julho de 1988 e, contudo, continuo a sentir a mesma alegria, o mesmo entusiasmo e desejo de entrega ao serviço do Reino de Deus.

A minha palavra principal, neste momento, só pode ser de acção de graças ao Senhor pelas maravilhas que operou em mim ao longo destes anos, e de agradecimento por tudo aquilo que Ele quis realizar por intermédio do ministério a que me chamou.

Ao longo deste percurso as tarefas têm sido muitas e diversificadas, mas a todas tenho procurado dedicar-me com o mesmo amor, a mesma entrega, e sem qualquer objectivo ou projecto pessoal, a não ser servir Cristo, a Igreja e os irmãos e irmãs que o Senhor tem colocado no meu caminho. O Senhor, no Seu infinito amor, tem preenchido completamente a minha vida. Posso, por isso, dizer com todas as forças da minha alma: sou um sacerdote feliz, realizado nesta vocação de serviço, que me continua a preencher totalmente enquanto homem, cristão e pastor.

O Senhor concedeu-me ainda a graça de colocar no meu caminho muitíssimos amigos, em todos os contextos por onde passei, estive e trabalhei, oriundos de muitas nacionalidades, línguas, ritos e raças, amigos que me ajudaram a entender melhor o que significa Catolicidade e a descobrir e aprofundar as multiformes maravilhas do amor de Deus.

Falhas e pecados, Deus sabe que também me têm acompanhado, mas, com a Sua graça, tenho feito a experiência concreta, real, existencial, de que Ele não abandona nunca aqueles que ama, mesmo quando as dificuldades, de dentro ou de fora da Igreja, batem à nossa porta. O Senhor, com a Sua graça, tudo tem transformado, pelo que, só posso estar-Lhe imensamente grato por estes 25 anos.

Neste momento de acção de graças, não poderia deixar de ter uma palavra para todos os que, de uma forma especial, tiveram uma importância maior na minha vida. Procurarei, contudo, não enumerar muitos nomes, sob pena de me esquecer injustamente de alguns.

  • A primeira palavra é naturalmente dirigida ao nosso Bispo actual D. António, mas sobretudo, e se me é permitido, ao Senhor D. Manuel Falcão, que me conheceu na minha juventude, acreditou em mim, me ordenou e sempre animou;
  • Lembro também os muitos amigos sacerdotes da nossa Diocese e de outras Dioceses e Institutos Religiosos que me apoiaram, por mim rezaram e ensinaram a ser pastor;
  • Uma palavra especial para a minha família que sempre me acompanhou e por mim rezou e reza. Lembro em particular o meu pai, que tenho a certeza está junto do Senhor, a minha mãe, ainda viva, que foi sempre uma referência importante pelo seu exemplo de mãe e pela sua grande fé e amor a Deus, e o meu irmão e a sua família, a quem tanto devo e a quem muito amo;
  • Quero ainda lembrar os muitos amigos religiosos/as e leigos que o Senhor me permitiu conhecer, que por mim têm rezado, e que muito me ajudar m a ser o sacerdote que tenho procurado ser ao longo destes anos.
Muito obrigado a todos meus amigos e meus irmãos.

Termino deixando uma palavra aos jovens inquietos quanto à sua vocação, especialmente aos da nossa Diocese: amigos, acredito na vossa generosidade e na vossa capacidade de entrega por ideais que valham a pena, e seguir Cristo vale mesmo a pena. O Senhor conta convosco para renovar e transformar o nosso Alentejo, mas necessita do vosso Sim. Porque temeis? Imitai o exemplo da nossa Mãe do Céu: Faça-se! Coragem! Rezo por vós!


Padre Manuel António Guerreiro do Rosário

Dados biográficos

Manuel António Guerreiro do Rosário, nasceu no dia 1 de Outubro de 1963, na Freguesia do Salvador, Beja. É filho de Francisco do Rosário e de Maria Generosa Guerreiro.

Em Outubro de 1982, depois de concluir o Ensino Secundário na Escola Secundária Diogo de Gouveia, de Beja, ingressou no Seminário Maior de Évora, passando a frequentar as aulas no Instituto Superior de Teologia de Évora. Terminou o curso, no Ano Lectivo 1987/88.

Depois da Ordenação Presbiteral na Sé de Beja, no dia 3 de Julho de 1988, foi nomeado para a Equipa Formadora do Seminário Diocesano. Ficou ainda ligado à Pastoral das Vocações, ao Pré-Seminário e posteriormente à Pastoral da Juventude. Foi Vigário Paroquial das Comunidades confiadas à Equipa do Seminário e Professor de EMRC na Escola Secundária de Diogo de Gouveia.

Em Outubro de 1994 ingressou na Academia Afonsiana, Instituto Superior de Teologia Moral, da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Durante o 2º ano do biénio da Licenciatura (1995/1996) iniciou as investigações para o Doutoramento, com a Tese: Discernimento dos Sinais dos Tempos e Consciência Moral, a partir dos documentos da Conferência Episcopal Portuguesa (1974 - 1995), que defendeu em Junho de 1998 e publicou em 1999, como nº 13 da Colecção Biblioteca Humanística e Teologia, da Universidade Católica Portuguesa (Porto).

Durante vários anos integrou o Conselho Presbiteral, o Colégio de Consultores, e o Conselho Pastoral Diocesano.

Foi correspondente da Rádio Renascença e colaborou activamente com as Rádios Locais, em especial de Beja, bem como com alguns jornais regionais.

Depois de regressar de Roma (1997) foi nomeado Reitor do Seminário Diocesano e a seguir Responsável Diocesano do Centro de Apoio a Jovens Universitários (CAJU), Pastoral do Ensino Superior. Continuou ligado à Pastoral das Vocações e ao Pré-Seminário, assumindo de novo a Pastoral Juvenil da Diocese. A partir de 1998 passou a integrar o corpo docente do Instituto Superior de Teologia de Évora como Professor de Teologia Moral, de cuja Direcção faz parte há dois mandatos. Em 2001 foi nomeado Juiz do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano.

Além de Vigário Paroquial, em 2006 foi nomeado Pároco de Nossa Senhora das Neves e de Baleizão, e em Setembro de 2008 Pároco de Grândola. Em 2009 foi nomeado Pároco de Azinheira dos Barros-Lousal e em 2010 Pároco de Santa Margarida da Serra.

Ordenação Sacerdotal de
José Manuel Bravo


Testemunho de vida

Para aqueles que não me conhecem, vou fazer um pequeno percurso pela minha história. Chamo-me José Manuel Valente Bravo, nasci em Beja, no entanto, vivi sempre em Moura. Aos treze anos iniciei a minha caminhada de fé de forma mais comprometida. Senti o apelo do Senhor e comecei a participar num grupo de Oração Carismática. Lá entendi melhor aquilo que tinha feito durante os meus quatro anos de escola primária: o sinal da cruz. Foi também aí que encontrei Jesus no silêncio e Ele se tornou doravante o meu melhor amigo.

Para as pessoas eu seria Padre, no entanto, eu nem pensava nisso, pois o meu interesse era amar Jesus, que se foi tornando o Tesouro mais precioso que eu encontrei. Quando cheguei aos 19 anos, o meu coração começou a questionar: o que queria fazer da minha vida? Um dia tive um sonho que foi tão incisivo que me fez agir. Neste sonho, Deus convidava-me a deixar tudo e a segui-l'O, pois me queria para trabalhar na Sua vinha. Interiormente, em mim, iniciou-se um desejo profundo, por adquirir um conhecimento maior da Palavra de Deus e por querer transmiti-La e por me tornar Sacerdote, um "Alter Christus". Falei com o Sr. Cónego Virgínio Tribanas, que se alegrou comigo e que me deu o contacto do Padre Manuel António, na altura, Reitor do Seminário. Entrei em contacto com ele e, como lhe é próprio, acolheu-me desde logo, e começou a acompanhar-me nesta caminhada.

Aquilo que me moveu a ser Padre, primeiramente, é o desejo de louvar a Deus, de O amar e de me entregar sem reservas a Ele, autor da minha vida, e como não poderia deixar de ser, foi o desejo de servir os meus irmãos, de lhes transmitir este Deus-Amor, o único capaz de preencher o coração humano.

A nível Pastoral sempre dei catequese, mas, quando estava no meu 4° ano de Teologia fui trabalhar como Assistente Espiritual para o Estabelecimento Prisional de Beja, uma experiência muito enriquecedora e que me tem acompanhado ao longo do meu percurso rumo ao sacerdócio. No 5ºano fiz uma experiência, também ela muito rica, com as pessoas residentes no Bairro da Esperança, tendo sido o responsável, durante esse ano, por todas as actividades lá realizadas. No 6° ano voltei a trabalhar pastoralmente no Estabelecimento Prisional de Beja, assistindo espiritualmente os reclusos, durante esse ano. Ao terminar o 6° ano de Teologia e de Seminário, o Sr. Bispo, achou por bem enviar-me para Grândola. Aqui tenho trabalhado de muito bom grado, nas tarefas que me são propostas pelo Padre Manuel António e também tenho sido o Assistente Espiritual do Estabelecimento Prisional do Pinheiro da Cruz, uma experiência novamente bastante gratificante. Aqui permaneço há quase dois anos, e, agora, já com a tese de mestrado praticamente terminada e com a ordenação presbiteral marcada, espero o envio do meu Bispo, como Presbítero, para a messe, pois desta, eu quero ser Pastor!

Quero aproveitar também esta oportunidade que o "Notícias de Beja" me dá para reforçar o convite ao Clero de Beja, Presbíteros e Diáconos, para que estejam presentes na minha ordenação, no próximo dia 7 de Julho na Sé de Beja às 17 horas. Neste dia gostaria de poder contar com a presença de todos vós, pois, somente unidos, podemos transformar este Alentejo, dar às pessoas Esperança e salvar almas para Deus.

Agradeço também ao Senhor D. António Vitalino por todo o apoio, estímulo e oração ao longo deste percurso, nem sempre fácil e isento de provações.

A todos os que têm rezado por mi o meu muito obrigado. Que De vos abençoe.

Orai a Deus por mim, na certeza que também pedirei ao Senhor por todos vós!
 

Diácono José Manuel Valente Bravo


in "Notícias de Beja", nº 4205, 27JUN2013