sexta-feira, 12 de julho de 2013

Apesar de tudo, férias


É já um lugar-comum associar o Verão às férias. Contudo, e infelizmente, as dificuldades ampliadas pelos-efeitos colaterais da crise, vão esvaziar ainda mais este tempo de algumas das suas dimensões, pelo menos para a maior parte dos portugueses.

Para alguns aplicar-se-á ainda aquele princípio: "vá para fora, cá dentro". Outros, poucos, poderão ainda aproveitar para sair do nosso país e visitar outros contextos, de preferência onde exista alguma segurança, exigência cada vez maior de quem viaja: Esta é, aliás, uma das ofertas que Portugal pode fazer, apesar de tudo, e atrair assim um número crescente de turistas que procura estabilidade, segurança, cultura, ambiente, paisagens, gastronomia, música, tradição e modernidade, programas de entretenimento, etc. Portugal, apesar da sua reduzida dimensão, concentra em pouco território uma diversidade e riqueza notáveis, que importa dar a conhecer e propor como um produto de qualidade. Os sinais da importância crescente deste sector e da grande qualidade da oferta turística portuguesa, estão num crescendo e as notícias positivas neste sector chegam-nos quase todos os dias, contribuindo assim para dar um pouco mais de ânimo e de esperança ao país, onde nem sempre as notícias têm sido boas notícias.

Mas, deixando estas questões para outros mais sábios e competentes para falar delas, gostaria de propor aos nossos leitores que introduzam, dentro do possível, neste tempo em que nos encontramos, outras dimensões igualmente importantes: porque não dedicar mais tempo à família, repousar um pouco mais e combater o stress, ocupar o tempo naquilo que noutras épocas do ano nos está vedado ou restringido?

Permitam-me os nossos leitores que vos faça ainda uma outra proposta: porque não parar para pensar também um pouco naquelas questões que nem sempre fazem parte do nosso quotidiano? E porque não tentar também reflectir no porquê da nossa existência, no sentido da vida humana, na essência da felicidade, e chegar mesmo até à questão de Deus? Permitam-me o atrevimento, mas este tempo pode permitir-nos chegar e entrar naquilo que, sendo "invisível aos olhos", nem por isso é de somenos importância.

Como cristão, aprendi na Escola de Cristo, que Deus, respeitando a nossa liberdade, também nos procura, nomeadamente àqueles que, por razões de ordem diversa, andam mais distantes d'Ele, para que todos entendamos que somos amados como filhos, mesmo que sejamos pródigos.

Há tanta gente que não conhece Deus, que tem d'Ele imagens que não correspondem à verdade, fruto de preconceitos, más experiências, e informação de fraca qualidade que pulula pelo universo digital e pelos media de grande difusão.

Hoje, porém, temos a facilidade de ter à nossa mão todas as informações, a partir da fonte, para não ficarmos prisioneiros de leituras e interpretações ideológicas, nem sempre isentas, sobre a realidade do fenómeno religioso. As Páginas na Internet, os Blogues e um sem número de outros canais de informação, permitem-nos colocar questões, esclarecer dúvidas, manifestar discordâncias, fazer propostas e ter sempre resposta.

Se quiser caro/a leitor/a, e já agora, faça uma visita à Página da Paróquia de Grândola. Basta, para o efeito escrever: Paróquia de Grândola, Portugal, e terá à sua disposição um manancial de informação sobre acontecimentos da nossa vida local, do nosso país e até do Mundo. Visite-nos e dê-nos as suas sugestões, porque queremos melhorar o serviço que, com escassez de meios técnicos, humanos e materiais, mas com muita generosidade e um trabalho totalmente voluntário, estamos a realizar.

As suas férias também podem ser enriquecidas se lhes introduzir outros "condimentos". Desculpe, caro/a leitor/a estas propostas atrevidas, mas estou convencido que a humanidade sem abertura à transcendência, na liberdade, fica truncada.
Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Ecos de Grândola, nº 255, 12 de Julho de 2013