quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Evolução da Pintura da Igreja Matriz de Grândola VI

A pintura da Igreja Matriz de Grândola continua a bom ritmo, esta é a situação em 27 de Novembro:
 



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Evolução da Pintura da Igreja Matriz de Grândola V

A pintura da Igreja Matriz de Grândola continua a bom ritmo, esta é a situação em 20 de Novembro:



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Liberdade religiosa: obstáculos e expectativas


liberdade é um valor que, infelizmente, depara com dificuldades para se afirmar nas nossas sociedades. É claro que, onde falta a liberdade, não há espaço para uma verdadeira liberdade religiosa. É sobre este valor que gostaria de escrever algumas linhas.

Em alguns países, os atentados são evidentes, grosseiros até, e a sua denúncia, por isso, mais clara, embora nem sempre mais fácil, porque as ameaças e a morte são bandeira sempre içada. Esta é a situação vivida nas ditaduras, sejam elas políticas, tecnocráticas, ou religiosas. A privação da liberdade convém a quem governa, para que não se ponha em causa o status quo. O mundo, desde os anos 80, tem vindo a assistir a mudanças tão radicais, que transformaram significativamente a sua face. Persistem, contudo, situações em que a mudança se aguarda, é desejável e decerto acontecerá, porque a sede de liberdade é mais forte que a censura e os grilhões. Sugiro a leitura dos relatórios anuais da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Noutros países, os resquícios de intolerância são mais sub-reptícios e obedecem a planos bem arquitectados, por quem tem agendas definidas, com objectivos previamente delineados. Os seus sinais persistem em alguns países ocidentais, nos quais um totalitarismo, mascarado muitas vezes de democracia, convive mal com a liberdade e com a liberdade religiosa em particular. A tentação de a reduzir à esfera da consciência pessoal, sem quaisquer manifestações exteriores, nem símbolos visíveis, é realidade crua em alguns países. E tudo isto em nome da defesa dos que pensam de forma diferente ou não acreditam. É claro que os cristãos, tal como todas as outras pessoas, têm o direito de não se calarem, de se manifestarem e de não abdicarem de dar o seu contributo específico na edificação da Polis, pois, como lembrava o Concílio Vaticano II, na Constituição Gaudium et Spes “nada do que é humano deverá ser indiferente aos discípulos de Cristo”.(n.º1)

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Diário do Alentejo, nº 1647, 15 de Novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

sábado, 9 de novembro de 2013

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Liberdade Religiosa: Realidade ou utopia?


Talvez por ter escrito este artigo num Domingo, dia sempre especial para nós cristãos, e por falar frequentemente deste tema, optei por reflectir sobre algumas das dificuldades que os cristãos encontram hoje na vivência da fé, em contextos diferentes, mas paradoxalmente semelhantes nas dificuldades que criam ao exercício da liberdade religiosa.
 
Em alguns países a liberdade religiosa, pura e simplesmente não existe, e, por isso, os cristãos não podem celebrar a sua fé, não a podem anunciar e transmitir a outros, antes encontram dificuldades de toda a ordem para construir Igrejas e desenvolver aquelas actividades apostólicas que se esperaria poderem ser realizadas sem limites, nem condições. Em casos extremos, mas não raros, ser cristão é ser um candidato ao martírio. A prová-lo o facto dos cristãos serem hoje, a nível mundial, o grupo mais perseguido.
 
Esta situação podemos encontrá-la nalgumas das ditaduras ainda persistentes na actualidade, e nos países onde o fundamentalismo islâmico, ou hindu, ganha terreno e dificulta a vida às minorias. Não deveria, obviamente, ser assim porque a liberdade religiosa é um direito consagrado internacionalmente e a reciprocidade, deveria por isso mesmo, ser tónica comum em todos os Estados, pois é assim que os crentes de todas as Religiões reconhecidas são tratados, por exemplo, na Europa ou noutros países de matriz cristã.
 
Por outro lado, nos países ocidentais, assistimos também a manifestações, não apenas de indiferentismo religioso, mas de marginalização e discriminação dos cristãos, em nome de uma pretensa forma de entender a liberdade e a expressão das próprias convicções. Neste "movimento" convergem grupos, instituições e ideologias muito diferentes entre si, mas com objectivos comuns, entre os quais se inscreve o ataque a tudo aquilo que possa ter referências cristãs. É verdade que estes grupos são minorias, mas são poderosas nos meios que possuem e nos auxílios que facilmente recrutam e lançam nos campos que vão sendo definidos como prioritários. Pensemos apenas nos atentados à vida humana nascente ou na fase terminal.
 
Não me alongo mais, porque a lista é extensa. Basta, tão só, ler os Relatórios que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) publica anualmente, para percebermos as dificuldades que se vivem no campo da liberdade religiosa, a extensão do fenómeno, e a diversidade das suas manifestações. É claro que os cristãos não têm só direitos, também têm deveres e, por isso, os países têm a obrigação de exigir dos crentes e das Igrejas, Igreja Católica incluída, verdade, transparência, lealda­ de, colaboração, quando estão em causa interesses superiores, o bem comum, ou prioridades que devem ser assumidas por todos.
 
Nalguns casos extremos, as dificuldades que os cristãos encontram podem até ter tido a sua origem, porventura, em situações originadas por outros cristãos e, nesse caso, deverá haver uma mudança de postura, que permita construir de novo, sobre novas bases, sem excepções, nem desconfianças. Como diriam os Padres da lgreja:"há sementes do Verbo (Cristo)" espalhadas por muita gente, mesmo em contextos não religiosos, ou não cristãos.

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Ecos de Grândola, nº 259, 08 de Novembro de 2013




domingo, 3 de novembro de 2013