quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

"Continente" solidário


À semelhança do ano passado, os colaboradores do Hipermercado Continente levaram a cabo, entre si, uma campanha de recolha de brinquedos que hoje nos foram entregues, para que os possamos fazer chegar às crianças das famílias mais carenciadas de Grândola.

Parabéns e muito obrigado.
 
Que Deus vos abençoe.




terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Movimento Independente por Grândola promove recolha de alimentos

O MIG, Movimento Independente por Grândola, numa das suas actividades do período do Natal e Ano Novo, promoveu uma campanha de recolha de alimentos entre os participantes, e entregou na Paróquia o resultado da mesma, que muito agradecemos, em nome de todas as famílias e pessoas carenciadas que deles irão beneficiar.



Espaço dos ex-votos da Capela de Nossa Senhora da Penha

Vamos cuidar devidamente dos ex-votos da Capela para que os grandolenses se possam rever e alegrar com as recordações de fé dos seus antepassados.

Graças à Câmara Municipal foi possível iniciar um trabalho que em breve estará concluído e que poderá ser depois visitado por quem o desejar, desde que antecipadamente nos contacte.



Restauro da imagem de São Pedro

Numa paróquia onde a Igeja Matriz disfruta do estatuto de monumento público, onde muita da sua arte sacra tem uma idade avançada, o restauro desses bens da paróquia é uma questão de fulcral importância, na salvaguarda do valor desses bens.

A Paróquia de Grândola tem desenvolvido um grande esforço nos últimos anos no restauro de muitos dos seus itens religiosos, um dos trabalhos mais recentes foi a imagem de São Pedro, de cujo resultado apresentamos algumas imagens:



sábado, 11 de janeiro de 2014

Porque não Privilegiar a Crónica Branca?


Penso já ter feito algumas abordagens, ainda que breves, desta temática mas, pela época do ano em que nos encontramos, não resisto a voltar de novo a ela, deixando o pensamento voar e a pena deslizar.

Para além do realismo das notícias que nos são transmitidas, tenho-me perguntado muitas vezes porque se insiste em apresentar sobretudo aquilo que de menos bom ou mesmo mau acontece, quando, por outro lado, há tantos acontecimentos positivos, bons, belos, que nos podem animar, entusiasmar e, nestes tempos de crise, devolver a esperança que, apesar de tudo, vai resistindo ao desalento. Não sei se a culpa é de quem "produz" as notícias ou de quem as "consome", ou talvez se aplique também aqui a história do ovo e da galinha...

Por nos encontrarmos num tempo especial como é o Natal e o Ano Novo, todos os dias as notícias de "crónica branca" vão invadindo os écrans e as primeiras páginas dos jornais e das revistas. Podemos, no entanto, interrogar-nos: mas é só nesta altura que se pratica o bem e a solidariedade? Será que quem realiza tais iniciativas espera apenas por este tempo para as levar a cabo? E durante o resto do ano, não se faz nada em prol dos outros? Secou o rio da solidariedade? A resposta não é fácil, mas se alguns factos têm carácter pontual, e não deixam de ser meritórios por isso; outros, pelo contrário, são quotidianos e vão sistematicamente, embora não mediaticamente, minorando dificuldades, semeando solidariedade, espalhando o amor, mudando de forma consistente a face das nossas sociedades.

Pela minha parte, como pessoa positiva e de esperança e como cristão, acredito que há muitos mais acontecimentos positivos do que negativo: e, se estivermos atentos poderemos ser surpreendidos pelo seu número e qualidade. O que é preciso é que eles se tornem notícia e nos sejam transmitidos por quem tem essa missão.

Referindo-me apenas a este microcosmos que é Grândola, sou testemunha do muito bem espalhado, da imensa solidariedade plantada, de um mar imenso de generosidade que tem brotado de forma continuada dos corações das suas gentes. Por tudo o que tenho vivido, só posso ser um espírito positivo e optimista, embora esteja consciente ela enormidade do que importa realizar. Atrevo-me, por isso, a dirigir-me a tantas pessoas que ainda vivem dominadas por sentimentos menos positivos, receosas de se abrirem aos outros e de se tornarem obreiras de acontecimentos benfazejos, e faço-o usando as palavras do Maestro Lopes Graça: Acordai!

Como cristão acredito profundamente naquilo que de bom existe no coração humano e também acredito na mudança do que não é bom e que pode passar a sê-lo, quando as pessoas se abrem e se transformam.

Era bom que o Ano de 2014 nos surpreendesse com um maior protagonismo da "crónica branca" em relação à "crónica negra", nos mass media, porque acontecimentos a atestá-lo não faltam.

A todos os leitores do Ecos desejo um Ano de 2014 conduzido pela esperança, pelo desejo e pelo empenho em mudar de discurso, abandonando a lógica do "está mal", do "não há nada a fazer", do "está cada vez pior", e passando a privilegiar a iniciativa, o empenho, a criatividade, os gestos concretos e diários de solidariedade que, se se multiplicarem, farão toda a diferença. Coragem!

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Ecos de Grândola, nº 261, 10 de Janeiro de 2014


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Os mass media e o outro lado da notícia


ão serei porventura o único, mas gostaria que a comunicação social, genericamente falando, nos desse mais razões para encararmos o futuro com um outro olhar, com mais confiança e esperança.

Alguns dir-me-ão não ser essa a sua função. Mas também não sei se a sua missão se resume a dar-nos predominantemente notícias sobre o que de mal acontece em Portugal e no Mundo.

É verdade que há muitos motivos para nos entristecer e interpelar, mas não haverá outros para nos alegrar e encher o coração? Creio que sim. Estou até firmemente convencido de que o seu número superará aqueles; simplesmente, tantas vezes, não nos são comunicados. Até as notícias de outros países são, na generalidade, sobre guerras, acidentes, violência, fome, etc, como se mais nada de bom existisse. Faltam as outras notícias…e elas existem!

De quem é a culpa? Não sei. Apenas desejo que possa ser de forma diferente, para bem de todos nós. Temos o direito de o desejar e a comunicação social tem a capacidade de o realizar.

Depois de termos sido abençoados com boas notícias no Natal, onde eram visíveis os múltiplos gestos solidários e fraternos, apetece-me dizer: era bom que todos os dias fosse Natal. Acredito inclusivamente que a maior parte das acções conhecidas neste período são realizadas pelos mesmos actores ao longo do ano, embora sem o protagonismo e a notoriedade que este tempo lhes atribui. Façamos a experiência! Como cristão não posso também deixar de salientar esta nota positiva, que transversalmente percorre toda a comunicação social e as opiniões públicas dos mais díspares países: O papa Francisco. Não quero chover no molhado, correndo o risco de me repetir, mas gostaria de reconhecer que a sua palavra, os seus gestos e a sua pessoa são um autêntico refrigério, e uma interpelação permanente ao Mundo e aos ambientes às vezes cinzentos e tristonhos da Igreja.

Aprendamos com ele no novo ano de 2014. Vale a pena, pelo menos, tentar!

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Diário do Alentejo, nº 1654, 03 de Janeiro de 2014