terça-feira, 19 de janeiro de 2016

D. António Vitalino Dantas em Grândola


A visita da Cruz Europeia da Juventude a Grândola termina no próximo sábado, dia 23 de Janeiro, com:
  • Missa Vespertina na Igreja Matriz de Grândola, às 18:00 horas;
  • Jantar partilhado no Salão Paroquial, com os jovens e a comunidade cristã, às 19:30 horas;
  • Vígilia de Oração e entrega da Cruz aos jovens da Diocese de Setúbal, na Igreja Matriz de Grândola, às 21:00 horas.
A Missa Vespertina e a Vígilia de Oração serão presididas pelo Bispo da Diocese de Beja, D. António Vitalino Dantas.

Vamos todos participar neste momento de festa, em que em Grândola se cumpre o pedido de João Paulo II, quando em 1984 entregou a cruz à juventude católica: "Levem-na a todo o mundo como um sinal do amor do Senhor Jesus."


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Vencer a indiferença, globalizar a fraternidade


Ao terminar 2015 e ao iniciar-se um novo ano, tocou­me especialmente a Mensagem do Papa Francisco para o dia 01 de Janeiro, Dia Mundial da Paz e, por isso, não resisti em partir do tema da indiferença, para desenvolver esta breve reflexão.

Uma das vantagens que a globalização trouxe foi, sem dúvida, a possibilidade de estarmos todos mais próximos e de tomarmos consciência da pertença a uma única Família Humana, que habita uma Casa Comum, pela qual todos somos responsáveis. Esta mundividência foi potenciada pelas redes sociais e pelas novas autoestradas da comunicação, que permitiram democratizar o acesso à informação e capacitar cada pessoa para poder entrar neste novo mundo e nele dar também o seu contributo, deixando a sua marca pessoal, invertendo até o rumo de alguns acontecimentos. Por tudo isto, o início de um novo ano, constitui um desafio a que utilizemos em favor do bem comum universal todos estes meios e os demais que vierem a ser inventados pelo génio humano. Interrogo-me, contudo, algumas vezes, se estaremos a utilizar devidamente estes meios, para nos humanizarmos mais e estarmos não apenas tecnologicamente mais próximos, mas efetiva e afectivamente em comunhão uns com os outros.

A banalização das notícias, que nos invadem em catadupa, e nos retiram a capacidade de sobre elas reflectirmos; o imediatismo e a "perda de memória"; a ingratidão e o oportunismo; o utilitarismo e a cultura do "descartável" (como gosta de referir o Papa Francisco); a superficialidade e a cultura da "aparência"; ameaçam empobrecer a relação entre nós seres humanos, tornando-nos perigosamente mais indiferentes uns para com os outros. Basta relembrarmos o drama dos refugiados que tentam atravessar o Mar Mediterrâneo e quando é que este facto é notícia e, logo a seguir, deixa de ser...

A crueza desta constatação não diminui, no entanto, em mim, a fé que tenho no ser humano e na capacidade que ele tem de se abrir e envolver em causas nobres, humanitárias e solidárias. Faço esta profissão de fé no novo ano, ao mesmo tempo que assumo da minha parte esta missão que considero de fundamental importância para a Família Humana.

Como cristão tenho ainda uma outra dimensão que acresce a quanto acabo de afirmar: Jesus ensinou-nos a rezar "Pai nosso" e afirmou que o mandamento do amor a Deus se manifesta e confirma no mandamento do amor aos irmãos. Daqui resulta uma responsabilidade maior para todos quantos nos dizemos cristãos e que, por esse mesmo facto devemos aproveitar as imensas potencialidades que a globalização destes meios nos dá, empenhando-nos em construir um mundo verdadeiramente mais humano, mais fraterno e, por isso mesmo, menos indiferente ao próximo, que é afinal nosso irmão.

Um abençoado e cheio de bons projectos Ano de 2016

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Ecos de Grândola, nº 285, 08 de Janeiro de 2016


Intervenção de requalificação na Igreja Matriz de Grândola II

Foi terminada a intervenção de requalificação na Igreja Matriz de Grândola com a colocação dos novos ambão e altar em madeira, enquadrados no projecto da autoria do arquitecto António Machado.

Ficam algumas imagens dos mesmos:



Cruz Europeia da Juventude na Diocese de Beja


sábado, 9 de janeiro de 2016

Novo ano, prioridades a cultivar


sta é sempre uma ocasião de balanços e de expectativas em relação ao ano que se inicia. Como me considero um otimista-realista, só posso olhar com esperança o ano de 2016, e de relembrar algumas prioridades, na minha opinião, fundamentais.

A Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz (1 de janeiro), convida-nos a vencer a indiferença, um dos males do nosso tempo, apesar de nunca como hoje termos a capacidade de nos percebermos como membros de uma única Família Humana, espalhada por esta Casa Comum, que se chama Terra, pela qual todos somos responsáveis. Até que ponto a proximidade tecnológica é efetivamente proximidade de coração em relação ao outro, que é afinal nosso irmão?!

Em sucessivas intervenções o papa também nos tem alertado para a necessidade de comba- termos o utilitarismo, que se manifesta na “civilização do descartável”, quer na relação com as coisas, quer, infelizmente, com as pessoas, sobretudo com as que já não produzem, e que são considerados, por isso, um peso social, e, consequentemente, objeto de marginalização.

Uma outra realidade que considero pouco saudável é o facto de vivermos centrados no instantâneo, no imediato que, tal como um relâmpago, aparece e se esvai. Na relação com os outros esta mentalidade faz-nos descentrar e dispersar a nossa atenção pela multiplicidade de notícias com que somos bombardeados, numa sucessão verdadeiramente infernal. Pensemos no drama dos refugiados que atravessam o mar Mediterrâneo e quando é que eles são notícia?

Numa civilização em que só parece contar o sucesso e o centro, urge não esquecer as vítimas do insucesso e os que vivem nas periferias, geográficas ou existenciais. Nesta Casa Comum, há lugar para todos e todos podem dar o seu contributo na construção de uma verdadeira fraternidade universal, baseada na igualdade essencial entre todos os seres humanos, dotados de dignidade e de direitos, que devem ser promovidos e globalizados.

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Diário do Alentejo, nº 1759, 08 de Janeiro de 2016