sábado, 19 de novembro de 2016

12h para o Senhor: Exposição do Santíssimo Sacramento


25 e 26 de Novembro de 2016

21:00 horas - Celebração e Oração Comunitária. Importância da Oração.

22:00 horas – Pelas crianças, adolescentes e jovens.

23:00 horas – Pelos idosos e pelos doentes.

00:00 horas – Pela conversão e santificação da Comunidade Cristã.

01:00 horas – Pelas vocações e pela santificação dos sacerdotes.

02:00 horas - Por todos os que não têm fé e estão afastados do Senhor.

03:00 horas – Pelas Famílias e Pessoas desavindas, divididas e sem paz.

04:00 horas – Pelo descanso eterno de todos os que nos deixaram.

05:00 horas - Por todos os que sofrem física, psicológica e espiritualmente.

06:00 horas - Pela unidade dos cristãos e dos crentes.

07:00 horas - Pela paz e entendimento entre os povos e nações.

08:00 horas – Celebração da Eucaristia e fim da Oração.



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Peregrinação a Fátima



Ainda o Sol não nascera quando mais de duzentas pessoas abalaram de Grândola, em cinco autocarros, no dia 23 de Outubro de 2016.

Era mais uma Peregrinação Paroquial de Grândola ao San­tuário de Fátima.

Apesar de um dia bastante nu
blado, a chuva só marcou pre­sença na viagem e à chegada ao Santuário de Fátima, mas quan­do se iniciou a recitação do Ro­sário na Capelinha das Apari­ções, já a chuva terminara, per­mitindo que a participação na Eucaristia que se seguiu, no Santuário de Fátima, fosse intensa, com a participação não só da Pe­regrinação da Paróquia de Grân­dola e outras nacionais, mas também de inúmeras peregrina­ções internacionais.


Após o almoço partilhado e algum tempo livre, realizou-se a Via Sacra em Valinhos.

O dia terminou com a visita às Casas dos Pastorinhos em Aljus­trel e posterior regresso a Grân­dola, de uma Peregrinação que incluiu uma forte participação de crianças e jovens dos escutei­ros e da catequese.

in Ecos de Grândola, nº 295, 11 de Novembro de 2016


Humildade e Gratidão

 
Estas duas palavras, proferidas pelo Eng. António Guterres aquando da sua eleição como Se­cretário-geral da Organização das Nações Unidas, são hoje o tema deste artigo, talvez porque elas constituam para mim um desafio permanente e uma luz a iluminar e confirmar o meu caminho.

Quando penso em humildade, imediatamente me vêem à mente as palavras de Santa Teresa de Ávila: a humildade é a verdade. De facto, a humildade é a virtude que nos ajuda, com realismo, a olhar­mos para nós, para os outros e pa­ra tudo o que nos envolve. É a par­tir dela que eu me encontro com a verdade daquilo que sou, com as minhas qualidades e defeitos, vir­tudes e pecados, e me disponho a deixar-me ajudar, para me tornar melhor todos os dias. Como cris­tão, sei que tenho em Cristo o ver­dadeiro modelo a seguir pois, Je­sus, ao assumir a condição huma­na, deu-nos o primeiro exemplo de humildade, que confirmou depois com a sua crucificação e morte.

Como o Eng. António Guterres nunca escondeu a sua condição de cristão e católico, decerto, que na sua forma de entender e viver a humildade pesou significativa­mente esta perspectiva de vida, tão querida a quem se dispõe a se­guir Cristo.

Esta virtude não é, infelizmente na minha opinião, estimada e promovida nos nossos dias, pelo menos em certos ambientes, e tal­vez o devesse ser, pois contribuiria decisivamente para combater o egocentrismo, o orgulho e a so­berba, que são uma espécie de ce­gueira, e, como diriam os gregos, ajudaria a formar pessoas de vir­tude, capazes de pensar nos ou­tros e de os servir, sem interessei­rismos, nem clientelas. A ausência de humildade pode, ainda, provo­car entre outras doenças o raquitismo ético a imaturidade, o imo­bilismo, a insensibilidade e a indi­ferença.

Quanto à gratidão, creio tam­bém ser uma virtude necessária, sobretudo, numa sociedade do imediato, do oportunismo e da amnésia. A ausência de gratidão pode provocar também indivi­dualismo, dureza de coração, e um sem número de manifestações de desumanidade.

É minha convicção profunda que, numa sociedade de múltiplas relações e interdependências, o natural é cultivarmos a gratidão, a começar pela nossa família, por tanta coisa de que lhe somos de­vedores, e esta atitude deverá acompanhar-nos ao longo da nossa vida. A gratidão humaniza­-nos, faz-nos sentir mais irmãos uns dos outros, mais próximos, mais simples, menos auto-sufi­cientes, dispondo-nos a dar e a re­ceber, e a sentir que também rece­bemos quando damos, mesmo que o façamos desinteressada­mente.

Duma forma simples e clara, sem plásticas, nem superficialida­des, temos na nossa frente um au­têntico projecto de vida, para quem aspira a fazer algo por este mundo em que vivemos, duma forma concreta, sabendo que um grande caminho começa com pe­quenos mas decididos passos.

Foi desta forma serena, mas convicta e comprometida, que o Eng. António Guterres, no serviço aos refugiados, foi construindo um projecto de liderança credível, que lhe permitiu conquistar, con­tra Adamastores e Golias, lobbys e agendas, até os mais imprová­veis apoios, e ser eleito da forma clara e arrasadora na Assembleia Geral da ONU.

Por tudo isto, devemos sentir um são orgulho por ele, por ser português e por ser o homem que é, não deixando, porém, de acolher o desafio que a sua eleição também significa: trilhar o cami­nho da humildade e da gratidão.

in Ecos de Grândola, nº 295, 11 de Novembro de 2016