terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

12h para o Senhor: Exposição do Santíssimo Sacramento


03 e 04 de Março de 2017

21:00 horas - Celebração e Oração Comunitária. Importância da Oração.

22:00 às 08:00 horas - Oração com a presença de vários movimentos da paróquia.


22:00 horas – Por todos os que não têm fé e estão afastados do Senhor.

23:00 horas – Pela conversão e santificação da Comunidade Cristã.


00:00 horas – Pelos idosos e pelos doentes.

01:00 horas – Pelas vocações e pela santificação dos sacerdotes.

02:00 horas
Pela paz e entendimento entre os povos e nações.

03:00 horas – Pelas Famílias e Pessoas desavindas, divididas e sem paz.

04:00 horas – Pelo descanso eterno de todos os que nos deixaram.

05:00 horas
Por todos os que sofrem física, psicológica e espiritualmente.

06:00 horas
Pela unidade dos cristãos e dos crentes.

07:00 horas
Pelas crianças, adolescentes e jovens.

08:00 horas – Celebração da Eucaristia e fim da Oração.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Visita Pastoral de D. João Marcos


Entre os dias 26 e 29 de Janeiro D. João Marcos, o novo Bispo Residencial de Beja, iniciou as Visitas Pastorais no Arciprestado de Santiago do Cacém pelas Comunidades Paroquiais de Grândola, Santa Margarida Serra, Azinheira dos Barros e Lousal, confiadas ao Pe. Manuel António do Rosário.

Faz parte da missão do Bispo acompanhar de perto e conhecer a realidade da Diocese, nas suas diversidades, riquezas e desafios. Apesar de já ter estado em Grândola algumas vezes, desta vez o Senhor Bispo "assentou arraiais" entre nós e visitou quer as comunidades cristãs destas localidades, quer algumas das instituições, associações e entidades que mais contribuem para o seu desenvolvimento e são autênticos sinais de esperança.

Em todas as localidades e instituições o acolhimento foi fraterno, caloroso e o Senhor Bispo, nas muitas intervenções que fez, não se cansou de o afirmar.

Depois destes dias intensos o Senhor Bispo fez questão de dizer que passaremos a estar mais presentes, deforma concreta, na sua oração, convidando-nos a todos a rezar por ele, para que possa ser o Pastor que Jesus quer que ele seja, no serviço a esta Igreja.

Em várias ocasiões o Senhor D. João salientou a sua satisfação por ver a Igreja a crescer e a consolidar-se entre nós e não se cansou de enaltecer a boa relação que foi descobrindo entre as Paróquias, o Pároco e as forças vivas locais. É assim que deve ser, pois é essa a missão da Igreja, que lhe foi confiada por Jesus.

O Senhor Bispo voltará ao nosso Concelho entre os dias 16 e·19 de Fevereiro para visitar as Comunidades de Melides, Carvalhal e Pinheiro da Cruz, confiadas ao Pe. José Bravo.

Que a semente do Evangelho que ele veio consolidar em nós dê fruto abundante.

in Ecos de Grândola, nº 298, 10 de Fevereiro de 2017




Bispo de Beja visitou a freguesia de Grândola e Santa Margarida da Serra


O Bispo da Diocese de Beja, realizou entre os dias 26 a 29 de Janeiro, uma visita às paróquias de Grândola e Santa Margarida da Serra.

No âmbito da Visita Pastoral, sua Excelência Reverendíssima Bispo de Beja D. João Marcos realizou uma visita à sede da Junta de Freguesia de Grândola, no passado dia 26 de Janeiro, que contou com a presença do Padre Miguel de Barrancos e do Sr. Padre Manuel António do Rosário. Recebeu a comitiva a Presidente da Junta de Freguesia de Grândola e Santa Margarida da Serra, Fátima Luzia restante executivo e Presidente da Assembleia de Freguesia, Maria João Quaresma. D. João Marcos visitou ainda a Ludoteca, a Ermida da Penha, a Junta de Santa Margarida da Serra, a Igreja de Santa Margarida da Serra e o Centro de Dia de Santa Margarida da Serra. No último dia de visita D. João Marcos marcou presença na localidade de Água Derramada.

in Ecos de Grândola, nº 298, 10 de Fevereiro de 2017


Vê-se Melhor a Partir da Periferia


Não sei se esta expressão é familiar aos nossos leitores, mas, para aqueles que não a conhecem, direi apenas, que ela faz parte do vocabulário e da prática do Papa Francisco.

No dia da sua eleição, ele afirmou que os Cardeais tinham escolhido "um Papa vindo do fim do Mundo". Deste modo, introduziu um olhar novo, vivo e refrescado, sobre a forma de olhar o Mundo e a própria Igreja, de encarar e resolver os problemas, convidando-nos a centrarmo-nos naquilo que é essencial, e o essencial são as pessoas, independentemente da sua língua, raça, sexo, cor da pele ou religião. E assim, surpresa atrás surpresa, o Papa foi traçando as linhas de uma nova forma de exercer a sua missão d Pastor e sucessor de Pedro.

A sua visão de muitas realidades é diferente, não é do Centro, mas do Sul e do Sul profundo, extremo, com toda a sua riqueza, esperança e incomodidade. Como ele dizia há dias, a sua preocupação é, sobretudo, dar corpo ao Evangelho, para que Ele não seja letra morta, nem uma mera peça de museu, mas uma doutrina, uma pessoa viva, Jesus, que também procurou, sem fugir ao "centro'', actuar a partir das periferias, e, por isso, iniciou o seu ministério na Galileia e não em Jerusalém.

Sem fugir às suas responsabilidades no Vaticano, convidou­-nos a acompanhá-lo até Lampedusa, para nos apercebermos do drama dos refugiados; até Lesbos, para nos fazer perceber que não podemos ficar indiferentes e é preciso agir; até Bangui, na República Centro Africana, onde abriu a Porta Santa, antes de o fazer em Roma; optou por celebrar o Lava-pés em prisões; por dispensar muitas das apertadas medidas de segurança a que é sujeito; por actuar sempre movido por uma grande liberdade e por um desejo enorme de nos "abanar" da sonolência, indiferença e passividade em que tantas vezes deambulamos. São tantos os seus gestos...

Nesta sua atitude o Papa lança-nos a todos nós o desafio do compromisso e do envolvimento, nas grandes causas deste Mundo, que devem ser as causas dos cristãos e de todos aqueles que procuram reger a sua vida pelo amor e serviço ao próximo, e não se mantêm subservientes aos poderes deste mundo, tantas vezes ocultos, desumanos, egoístas e materialistas nos seus interesses e estratégias.

O Papa desafia-nos com a sua postura evangélica e simples a descer das nossas seguranças e certezas, tantas vezes frágeis e duvidosas, para nos tentarmos colocar no lugar "do outro", para que ele deixe de ser cada vez mais alguém distante, indiferente, e se torne um próximo, um irmão e possamos, então, falar de "nós". E assim, para muita gente, renasceu a esperança de que é possível um Mundo diferente, melhor, mais justo.

O "efeito Francisco", como alguns já lhe chamam, é eficaz por ser autêntico, espontâneo, por não trazer consigo o peso da visão europeia da Igreja, coisa que alguns têm dificuldade em aceitar, até porque a Europa representa apenas uma pequena percentagem dos Católicos no Mundo, neste momento. Com esta sua prática o Papa está a ajudar a Igreja a redescobrir com realismo a sua própria essência, cada vez mais universal, rica e plural nas suas expressões.

Espero que a Igreja, nos seus responsáveis, tenha a capacidade de se deixar envolver e comprometer, efectivamente, nesta renovada forma de viver e testemunhar o Evangelho, num Mundo que já não volta atrás e que está em constante transformação.

in Ecos de Grândola, nº 298, 10 de Fevereiro de 2017



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Natal e a Esperança que Renasce


O Natal é uma época do ano que não deixa ninguém indiferente, mesmo que o seu sentido cristão, para muitos, se tenha perdido, desvanecido, ou nunca se tenha revelado, por razões diversas, às vezes, à margem da vontade pessoal. Basta lembrar, por exemplo, quem vive em países onde não existe liberdade, nem liberdade religiosa, e são tantos actualmente.

Mesmo nestes ambientes, sobretudo em países onde ser cristão é ser candidato à prisão e mesmo ao martírio, há, contudo, sinais na sociedade de que este é um tempo diferente e, os cristãos, mesmo apesar das dificuldades, teimam em não abdicar de celebrar o nascimento de Jesus. Talvez os nossos leitores não saibam, mas os cristãos somos hoje o grupo religioso mais perseguido em todo o Mundo: largas dezenas de milhões de pessoas, duzentos milhões, segundo outros dados. Neste ano de 2016 foram mortos 90.000 cristãos, vítimas de discriminação e perseguição religiosa.

Para quem é cristão, porém, uma missão ingente que não devemos descurar, é, por isso mesmo a revelação do verdadeiro sentido do Natal: a humanidade de Deus, manifestada no Menino nascido em Belém, que nos veio reconciliar com Deus Pai e uns com os outros, fazendo-nos descobrir que somos uma única Família Humana, que habita numa Casa Comum, este nosso planeta azul.

A fé cristã e o Natal dizem-­nos que somos irmãos. Ora, se somos irmãos, somos também responsáveis uns pelos outros e por fazer deste Mundo um local melhor, mais justo, mais humano e fraterno, onde a guerra não seja protagonista, onde as doenças sejam combatidas e vencidas, e onde os sentimentos mais negativos não se sobreponham, antes sejam suplantados e vencidos pela força do amor e do perdão. Ao dizer isto tenho consciência de que há muito mal no Mundo, mas, ser cristão é não baixar os braços, nem colocar-se na posição cómoda de se limitar a constatar o que está mal, sem se comprometer, nem se envolver na transformação dessas mesmas realidades. Esse é, aliás, um dos sentidos do Natal: Deus envolve-se, humaniza-se, corre o risco de se comprometer connosco, pelo que, não podemos ficar indiferentes a este facto, nem ficar-nos pela retórica, pouco evangélica, de que o Mundo é mau e que está tudo perdido, não valendo a pena fazer nada. Natal, pelo contrário, é esperança, é desafio e compromisso de mudar o Mundo e de o tornar como Deus quer e Jesus veio indicar-nos os caminhos que devemos trilhar, se aceitar­ mos o seu desafio.

Outra das riquezas do Natal é a simplicidade e, a humildade. Jesus, o Filho de Deus, segunda pessoa da Santíssima Trindade, assume a condição humana na pobreza de Belém, para nos revelar o amor infinitamente misericordioso de Deus para com toda a Humanidade e partilhar connosco a sua vida, para que a nossa vida ganhe todo o seu sentido.

Viver o espírito do Natal é centrarmo-nos, pois, no essencial, e o essencial não são as coisas, as prendas, o dinheiro. O essencial somos nós, a quem Jesus convida a abrirmos o coração e a fazermos dele uma casa acolhedora onde habitem os verdadeiros sentimentos que caracterizam o Natal e que são a promessa de que o Mundo melhor é possível e depende de nós, de todos e cada um de nós.

É preciso acreditar que o Mundo e nós podemos ser diferentes e melhores se também semearmos estes valores, sobretudo, nas novas gerações, para que a boa semente possa dar fruto, no presente e no futuro. Não esperemos colher onde não for semeado, pelo que, importa ser perseverante na sementeira dos verdadeiros valores e virtudes que podem ajudar a humanizar as nossas sociedades e a fortalecer os laços entre as pessoas, os povos, as religiões. O Natal traz ao de cima o que de melhor existe no coração humano.

Um santo Tempo de Natal e um abençoado Ano de 2017.

in Ecos de Grândola, nº 297, 13 de Janeiro de 2017