sexta-feira, 10 de março de 2017

Visita Pastoral de D. João Marcos, Bispo de Beja à Freguesia de Melides


A Freguesia de Melides, teve a honra de receber a visita de sua Excelência o Bispo da Diocese de Beja, Reverendíssimo D. João Marcos e do seu secretário Padre Miguel. Acompanhados pelo Padre José Bravo, visitaram vários locais nos dias 16 e 19 de Fevereiro. No primeiro dia o destaque foi para as visitas ao Centro escolar de Melides, à Lagoa de Melides, Vale de Figueira, com passagem pelos Monumentos Megalíticos. Por todos os lugares onde passou o Sr. Bispo deixou palavras de conforto e muita simpatia, tanto aos mais novos, como aos mais idosos. De destacar o almoço oferecido pela Casa do Povo de Melides, onde se trocaram palavras de alento aos utentes e elementos que compõem a Instituição. Neste dia a missa realizou­-se às 12h na Igreja de S. Pedro. As 19h o Sr. Bispo esteve no Auditório da Junta e confraternizou com a população, que marcou presença. Pelas 20.30 teve lugar um agradável jantar convívio no Snack Bar "O Fadista". No domingo, pelas 9.30, teve lugar o encontro do Sr. Bispo com os Catequistas e às 10.30 com os catequisandos e os crismandos da Paróquia. As 12h realizou-se a Eucaristia Dominical com os Crismas, momento que contou com a presença do Grupo Musical Falta Um, a animar a Missa. Seguiu-se o almoço para os intervenientes nas cerimónias eclesiásticas e familiares no restaurante a Quinta do Lourenço. A despedida aconteceu na Sede do Grupo de Dança Típica da Queimada, os quais receberam a comitiva Pastoral e convidados, que se fizeram representar em nome de várias Instituições da região, nomeadamente, o Presidente da Assembleia da Municipal de Grândola, o Vereador das Obras Publicas Municipais, Ambiente e Serviços Urbanos da Câmara de Grândola, o Presidente da Junta de Freguesia de Melides, o Presidente da Casa do Povo de Melides. Também marcaram presença os representantes da Câmara Municipal de Santiago do Cacém e Junta de Freguesia de Santo André. Para além das palavras de agradecimento por parte de todos os que mais diretamente estiveram ligados à visita do Sr. Bispo também ele, deixou ficar o seu contentamento pela forma como foi recebido por toda a comunidade em geral. De referir que o Grupo de Dança Típica da Queimada assinalou o acontecimento com uma atuação, que D. João Marcos enalteceu e valorizou o trabalho desempenhado pelos folcloristas e, por mais um momento de excelente convívio proporcionado por um lanche oferecido pela direção do Rancho.

in Ecos de Grândola, nº 299, 10 de Março de 2017


Visita Pastoral de D. João Marcos Bispo de Beja à Freguesia do Carvalhal



Nos dias 17 e 18 de fevereiro a Freguesia do Carvalhal e Vicariato Paroquial recebeu a visita do Sr. Bispo da Diocese de Beja D. João Marcos.

A visita iniciou-se dia 17 no Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz, onde visitou o Núcleo Escolar e Espaço Oficial, Ala 1 e 3.

Continuando com a celebração da Palavra, com os reclusos em regime comum.

A Eucaristia Presidida pelo Sr. Bispo teve lugar na Igreja exterior, com os reclusos de regime aberto e funcionários do E.P.P.C.

No Carvalhal foi recebido no Centro Escolar do Carvalhal, pelo Presidente da Freguesia, Pessoal Docente e não Docente, crianças e pais.

As crianças interpretaram dois cânticos de cariz religioso e ofereceram duas lembranças ao Sr. Bispo.

Seguiu-se a visita ao Centro Comunitário do Carvalhal, à Creche "Os Ursitos", visita às crianças da Instituição e também ás novas instalações da Creche.

No dia 18, pela manhã o Sr. Presidente da Freguesia acompanhou o Sr. Bispo numa visita guiada pela Freguesia.

O almoço deste dia foi no Centro Comunitário do Carvalhal, em convívio com os utentes, Direção e funcionários da Instituição.

Seguiu-se a visita à Sede da Juventude Desportiva do Carvalhal, Associação Recreativa Desportiva Cultural Lagoas e Praias, praias do Pego e Carvalhal.

Foi em clima de festa e oração que o D. João Marcos terminou a sua visita, com a celebração de Missa Vespertina no polivalente da Freguesia, onde participaram cerca de 75 pessoas.

Apesar de ainda não existir Igreja "edifício", estivemos à altura em termos de acolhimento humano, retribuindo toda a simpatia e simplicidade que nosso Bispo aqui demonstrou cativando-nos a todos.

in Ecos de Grândola, nº 299, 10 de Março de 2017


Criatividade, Iniciativa, Protagonismo


Esta temática, com diferentes abordagens, já foi objecto da minha reflexão nas páginas do Ecos, porque, me sinto injustamente in­comodado e desafiado, quando nos acusam a nós portugueses de sermos fatalistas, passivos, amorfos, pessimistas, etc, etc, etc.

Não comungo, de igual modo, da opinião daqueles que se limitam a criticar negativamente e a não propor nada de positivo, porque, como argumentam falaciosamente: não vale a pena! Por todo o lado só vislumbram problemas, intrigas, interesses ocultos, dificuldades, duvidando de tudo e de todos.

Como é óbvio, não posso concordar com este tipo de discurso e estou profundamente convencido que é imperioso mudar "de música", e deixar de ser meros atores secundários e de segundo plano, se quisermos que os outros deixem de nos considerar como um povo periférico de "coitadinhos", que se arrastam, sem rumo, esperando que os outros "tenham compaixão de nós" e resolvam os nossos problemas, porque, no fundo, a culpa é do "sistema".

Mas será que é mesmo assim? Não será possível reverter e inverter a linguagem e a práxis, que tomam estes discursos cassetes fastidiosas, capazes que gerarem quase uma autêntica lavagem cerebral, retirando-nos ainda a força anímica para lutarmos e mudarmos o que não está bem, ou pode ainda ser melhor?

Quando reflicto sobre estas questões gosto sempre de regressar ao nosso passado, à nossa história, porque ela pode ser para nós uma verdadeira fonte inspiradora e uma mola que nos pode impulsionar e comprometer na construção de algo novo, diferente e melhor. Não nos esqueçamos que os nossos antepassados, em condições verdadeiramente precárias, "deram novos mundos ao Mundo" e fizeram com que um pequeno país, pouco povoado, no extremo da Europa, se tornasse, como muitos hoje justamente consideram, o pioneiro da globalização.

Bem sei que não podemos viver saudosisticamente agarrados aos louros do passado, mas, o passado pode ajudar-nos a construir o presente e a prever e projectar o futuro. Como diz o provérbio: um grande caminho começa com o primeiro passo. Não fiquemos parados, sentados no sofá do comodismo e da instalação, mas sejamos antes audazes, acreditando que é possível, que somos capazes, que vale a pena, e que tudo se pode modificar se, antes de mais, nós também mudarmos, porque a primeira mudança tem se operar em nós, para que o agir seja a consequência do ser e de um ser diferente, empreendedor, positivo.

Já tive ocasião de o afirmar várias vezes, que a descoberta da fé cristã confirmou e consolidou em mim uma forma de vida que poderei designar como optimista realista. Com o passar do tempo, esta convicção foi criando raízes e consistência em mim e tem vindo a moldar as diversas realidades em que me integro e nas quais me envolvo e entrego.

Quem tem uma ideia "cinzenta" repetidora e ritualista da fé, talvez não entenda o que estou a dizer; mas, o que acabo de afirmar mais não é do que aquilo que se pode encontrar nas páginas do Evangelho e nos demais escritos do Novo Testamento. A fé cristã traz consigo uma dimensão de positividade, e de esperança, que não nos deixa cair na letargia, mas nos desafia à novidade, à criatividade, e ao compromisso perseverante.

Olhemos para o testemunho interpelador do Papa Francisco e acolhamos os desafios que quotidianamente nos coloca, sem medo, mas com esperança e desassombro.

in Ecos de Grândola, nº 299, 10 de Março de 2017