domingo, 22 de dezembro de 2019

Vandalismo


A imagem diz tudo... 

A placa de uma das estações da Via Sacra, na Serra de Grândola, foi barbaramente destruída, por alguém incapaz de aceitar  religiosidade dos católicos de Grândola...



domingo, 10 de novembro de 2019

Igreja de Santa Margarida em Chocolate


Há 10 anos a Organização da Feira do Chocolate e o Município de Grândola entregaram à nossa Paróquia, como obra elaborada durante esse certame, a Capela da Penha. Esta obra encontra-se na entrada da Casa Paroquial e está em perfeitas condições.


Hoje, final da Feira do Chocolate foi entregue outra “Obra Prima”, feita com todo o rigor e arte, pelos Mestres Chocolateiros, a Igreja de Santa Margarida da Serra.


Muito obrigado. Vamos procurar que ela seja tão cuidada como tem sido a Capela da Penha, e em local onde possa ser vista e usufruída por quem o desejar.



sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Uma esperança para além da esperança



lugar-comum dizer que a esperança é a última coisa que se perde”. Será assim? Creio que esta é uma forma simples, pragmática, de dizer que ela nos move, estimula, ajuda a não desistir perante as dificuldades. Há, contudo, situações que a põem à prova e uma delas chama-se: morte!

Será que tudo termina com a morte? Há vida eterna? Que provas ou sinais existem?
Vou falar apenas do que conheço e acredito, pois, decerto, haverá quem pense de forma diferente, e tenha outras respostas.

A esperança cristã supera a morte, pois, nós cristãos acreditamos, e é uma das verdades fundamentais da nossa fé, que Jesus ressuscitou da morte, apareceu aos discípulos durante 40 dias, venceu a sua incredulidade, e deu-lhes a garantia de que, se Ele ressuscitou, nós também ressuscitaremos.

Que Jesus historicamente existiu é um facto que se pode comprovar. Que Ele é Filho de Deus, e Deus, é uma questão de e de cristã, pois outras fés, que O encaram como profeta, líder carismático, homem extraordinário, mas isso. Nós, cristãos, como o próprio nome indica, nascemos de Jesus, o Cristo, e dois mil anos que acreditamos e transmitimos esta fé e esta esperança, que estão no coração do Cristianismo, são a sua razão de ser, e fazem-nos olhar a vida e a morte com um olhar diferente. Na verdade, estamos conscientes de que, enquanto cidadãos das duas cidades (a terrena e a celeste), estamos aqui de passagem, embora com a missão de transformar e humanizar este mundo, amado por Deus, mas sabemos que o nosso horizonte final é a vida eterna, contemplação de Deus, o Céu.

Estes dias são, pois, ocasião propícia para a introspeção, para nos centrarmos no essencial que, como dizia Saint-Exupéry: É invisível aos olhos”. Movido por esta fé e esta esperança, S. Francisco de Assis, o irmão universal, numa das mais belas orações, dirigiu-se à morte chamando-lhe: “ir morte.

Para quem acredita, a vida não acaba, apenas se transforma!



Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Diário do Alentejo, 08 de Novembro de 2019



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Distinguir a Verdade da minha verdade


A proximidade das Eleições estimula-me a escrever algumas linhas sobre este tema, visto ser este um tempo fértil em noticias, muitas promessas e compromissos (ou pseudo), e as inevitáveis sondagens, nem sempre isentas e criteriosas, e algumas vezes encomendadas.

A Democracia foi de facto, uma grande conquista da Humanidade e, apesar de vivermos no Século XXI, continua a ser ainda miragem para muitos povos, talvez a maior parte da família Humana A realidade das democracias é muito diferente, de Continente para Continente e, às vezes, até de País para País. A simples transposição de modelos, sem que haja um esforço de conhecimento e encarnação nas distintas realidades, é um erro que deve ser evitado, pelas falsas expectativas geradas e consequentes desilusões, e pelos efeitos perversos que daí podem advir. A Democracia é um fruto que deve amadurecer, não apressadamente, mas gradual e naturalmente.

A titulo de exemplo, lembremo­-nos da mais jovem Nação do Mundo: o Sudão do Sul. Logo após ter conquistado a independência o País resvalou para uma luta fratricida, que dura vários anos, com consequências dramáticas' para milhões de pessoas. Olhemos também para a realidade de alguns Países em que, sem experiência democrática, a maioria vencedora permitiu ou mesmo fomentou manifestações de hostilidade, marginalização e perseguição contra os vencidos e as minorias. Em largas zonas do Mundo, a porta que a Democracia abriu para muitos povos, pode vir a ser consecutivamente fechada por aqueles que pretendem servir-se dela apenas para o acesso ao poder. A Democracia pode, pois, tomar-se, em vários contextos geopolíticos, apenas um meio e porventura nunca um fim. Temos disso vários exemplos na cena política internacional.

Ao olhar para o nosso País nestes dias de campanha eleitoral, sinto dentro de mim o apelo a dizer a todos os cidadãos que não se esqueçam de exercer, com verdade e respeito, a missão de participar e escolher aqueles que melhor poderão essa nobre missão. Sim, a Política não pode ser mera opção profissional, "tacho" ou bóia salva-vidas para quem não tem mais nada que fazer; pelo contrário, ela deve ser uma vocação, uma opção de vida, para quem pretende estar ao serviço da comunidade e, no serviço, contribuir efectivamente para melhorar a vida das pessoas e transformar as sociedades. O Papa Francisco insiste muito na importância do discernimento, o qual nos permitirá separar o trigo do joio, a Verdade da minha verdade, o essencial do acessório. A Democracia precisa e agradece a participação de todos os cidadãos, pois todos somos importantes e fazemos falta na edificação de melhores sociedades.

Nesta linha de pensamento, a abstenção é uma forma de não as-sumir como a tarefa de mudar o que achamos estar mal ou menos bem e, as altas taxas de abstenção, só contribuem para minar a credibilidade da Política e dos Políticos, levando ao afastamento das pessoas e entregando de bandeja o poder a minorias, tantas vezes demagogas e populistas, para quem vale tudo para tomar de assalto o poder.

Proponho a quem quiser, sobretudo, aos que optaram pela Política, que leiam a Carta que o Papa João Paulo ll escreveu para o Jubileu dos Políticos, no ano 2000, e que conheçam o Padroeiro que lhes propôs: S. Tomás Moro. Em tempos de implantação do Anglicanismo como Religião de Estado, ele preferiu sacrificar a própria vida, às suas convicções e à fidelidade à sua consciência e, por isso, mereceu o título de "Homem para a eternidade".


in Ecos de Grândola, nº 330, 11 de Outubro de 2019



Festa em Honra da Nossa Senhora da Saúde - Santa Margarida da Serra



No passado dia 8 de Setembro na Aldeia de Santa Margarida da Serra houve festa. Tocaram os sinos e a aldeia viu novamente a Festa Honra da Nossa Senhora da Saúde, padroeira da Aldeia de Santa Margarida. Foi um momento bastante importante não só para os habitantes da Aldeia, mas também para as aldeias vizinhas, mantendo assim as antigas tradições desta comunidade.

Destacamos a participação do coro da Paróquia bem como dos escuteiros. A nossa banda da SMFOG (Música Velha) esteve presente para abrilhantar a procissão. Seguida a parte religiosa o Largo da Igreja encheu-se para ouvir os cantares alentejanos, pelo Grupo Coral e Instrumental os Caminheiros de Grândola, O Grupo Coral Vozes de Grândola e o 4 V'S e por fim dançaram ao som de Mário Neves.


A organização esteve a cargo da Comissão Fabriqueira de Santa Margarida da Serra, presidida pelo Sr. Padre Manuel António e pela Junta de Freguesia de Grândola e Santa Margarida da Serra. A Festividade contou com o apoio da Câmara Municipal de Grândola e da população em geral que se uniu para manter viva a tradição. Da parte da Junta de Freguesia agradecemos a todos e em particular aos trabalhadores da Junta de Freguesia pelo esforço e empenho que dedicaram para que a Festa em Honra da Nossa Senhora da Saúde fosse mais um grande êxito.


in Ecos de Grândola, nº 333, 3 de Outubro de 2019



Senhores ou Servidores?




in Notícias do Alentejo, 3 de Outubro de 2019



Na Igreja Catedral, Ordenação de um novo Diácono, candidato ao Presbiterado




in Notícias do Alentejo, 3 de Outubro de 2019




domingo, 13 de outubro de 2019

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Colocar o Homem no centro



fácil perceber a verdade deste título, folheando as páginas do Novo Testamento e descobrindo a vida de Jesus, referências estruturantes para o cristão.

Em variadíssimas ocasiões, Cristo insiste na complementaridade dos dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. Com efeito, o amor ao próximo é consequência e exigência do amor a Deus, e o nosso próximo pode ser qualquer pessoa que cruze o nosso caminho, no qual os pobres devem ser uma prioridade, insiste o papa Francisco. Como dizia também o papa João Paulo II, o caminho da Igreja, porque foi o caminho de Cristo, só pode ser o Homem: real, concreto, histórico.

No coração do Cristianismo há ainda uma mensagem verdadeiramente revolucionária: a igualdade essencial de todos os Homens, chamados em Cristo, a serem filhos de Deus. O Cristianismo é, aliás, um verdadeiro humanismo, aberto à transcendência, e, se não for humanismo, não é decerto Cristianismo.

Neste mundo concreto e atual há muitos homens e mulheres, nomeadamente, aqueles a quem o papa João XXIII chamou pessoas de “boa vontade”, que poderão seguir um outro trajeto: o da solidariedade e da filantropia. O seu testemunho torna-os uma luz e um sinal de esperança. A Igreja respeita-os, porque a fé não se impõe, mas aceita-se em liberdade, e diz-lhes que, pelo amor ao próximo, poderão chegar à descoberta de Deus e do seu amor pela humanidade. Por isso, afirmou santo Agostinho: “Senhor, criaste-nos para Vós e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em vós”.



Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário
in Diário do Alentejo, 04 de Outubro de 2019