quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Sobreiro - Árvore símbolo nacional


Salvaguarda da Biodiversidade do Alentejo  

Funcionando, ao mesmo tempo, como causa e como efeito de um novo capítulo na vida artística, cultural e religiosa do Alentejo, o Festival Terras sem Sombra tem, na sua génese, uma reunião de sinergias, pouco vulgar entre nós, que permite muitas formas de ver e, principalmente, de sentir o seu território – um espaço onde marcam presença idiossincrasias e patrimónios diversos, mas complementares.
 
Tanto a multiplicidade como a pluralidade de perspectivas são, de resto, esteios fundamentais de uma proposta que, independentemente de se haver tornado já um dos rostos mais conhecidos da região, não existe só por si, nem se centra exclusivamente no universo da Ars Sacra. Pelo contrário, abre-se a causas relevantes para a sociedade actual, onde o voluntariado possa despertar pequenos gestos que ajudem a “marcar a diferença”. Possuidor de um formidável conjunto de recursos biodiversos, o nosso país enfrenta neste momento grandes responsabilidades, a nível global, para conservá-los e valorizá-los adequadamente, tarefa – nunca é demais lembrá-lo – que assume a maior relevância no Alentejo, um dos territórios com mais altos índices de preservação do Sul da Europa, mas onde a desertificação do interior rural e a concentração de habitantes e actividades no litoral levantam grandes desafios.

Ao abrigo de um protocolo de cooperação com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território), os municípios e outras instituições presentes no terreno, o FTSS promove, no dia seguinte a cada concerto, acções-piloto para a salvaguarda da biodiversidade. Estas iniciativas permitem que voluntários de origens ou perfis muito diversos – músicos, espectadores, staff, membros das comunidades locais, etc. – colaborem, ombro com ombro, em actividades úteis à conservação da natureza, actividades simples, mas que encerram toda uma mensagem dirigida aos decisores e à opinião pública.

Data: Dia 06 de Maio de 2012
Hora: 10:30 horas
Local: Herdade das Barradas da Serra
Colaboração:
  • Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (Parque Natural do Vale do Guadiana)
  • Herdade das Barradas da Serra
Apoio: Câmara Municipal de Grândola

O SOBREIRO - ÁRVORE SÍMBOLO NACIONAL
 
Em Grândola, a acção de biodiversidade decorrerá na Herdade das Barradas da Serra, com actividades associadas ao Sobreiro, enquanto árvore símbolo nacional, e Montado de sobro, enquanto habitat-refúgio da biodiversidade lusitana. A recente aprovação no Parlamento do projecto de resolução para tornar o Sobreiro árvore nacional é o mote para as actividades desenvolvidas. A acção deverá ser iniciada por uma breve conversa sobre o sobreiro, a sua singularidade e representatividade em Portugal, que inclua várias personalidades, sendo presença necessária uma das duas associações que lançaram a petição pública – Árvores de Portugal e Transumância e Natureza. A verificação das caixas-ninho que colocámos no ano anterior, a realização de actividades exploratórias da biodiversidade do montado (flora e fauna) e o apadrinhamento de novas árvores serão desenvolvidas com a participação da Escola das Ameiras.