Conferência Episcopal apresentou resultados de inquérito a mil pessoas sobre «Identidades Religiosas» nas regiões autónomas, com maior prática religiosa do que o continente
Fátima, Santarém, 14 Nov 2012 (Ecclesia) – Os Açores são a região mais católica de Portugal, segundo os resultados finais do inquérito sobre ‘Identidades Religiosas’ promovido pela Conferência Episcopal, hoje divulgados em Fátima.
A percentagem de inquiridos que se assume como católico nas nove ilhas do arquipélago chega aos 91,9%, número que desce para os 88,3% na Madeira, sempre acima dos 79,5% registados em Portugal continental.
74,2% dos católicos dos Açores definem-se como “praticantes”, percentagem que na Madeira fica pelos 59% e no continente pelos 56,1% (autoclassificação relativamente à prática religiosa).
A região autónoma dos Açores tem ainda uma percentagem (17,4%) mais
significativa de católicos que aliam a participação semanal na missa com uma “atividade num movimento da paróquia/Igreja” do que na região da Madeira (12,2%) ou no continente (11%).
O estudo levado a cabo pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião e o Centro de Estudos de Religiões e Culturas da Universidade Católica, analisou mais de mil respostas nas regiões autónomas, em Julho deste ano, depois de ter recolhido 4 mil inquéritos válidos no território continental em finais de 2011.
Os Açores contam com a menor percentagem de pessoas que “nunca ou quase nunca participa ou assiste a actos de culto religiosos” (13%), grupo que aumenta na Madeira (21%) e em Portugal continental (28%).
Entre aqueles que celebram esses actos, a “participação semanal” é a mais frequente em todas as regiões (Açores: 33,5%; Madeira: 28%; Portugal continental: 23%).
“Podemos dizer que metade dos inquiridos em Portugal (57, 5% nos Açores, 50% na Madeira e 45,7% em Portugal continental) mantém uma relação de proximidade com os actos de culto”, refere a síntese do estudo enviada à Agência ECCLESIA.
Também no que diz respeito às práticas de oração, os açorianos surgem em primeiro lugar (71,5%), juntando os que dizem rezar todos os dias e os que rezam irregularmente alguns dias da semana (59,7% em Portugal continental, 59% na Madeira).
Os números mostram que nos Açores a proporção mais elevada de católicos tem entre 15 e 24 anos (21,2%) e no arquipélago da Madeira entre os 25 e 34 anos (22,5%), diferenciando-se de Portugal continental, onde o grupo etário dos que têm mais de 65 anos é o que apresenta um maior número de fiéis (23,1%).
As respostas apresentadas nos Açores e na Madeira apontam, no entanto, “para uma diminuição progressiva da participação nos actos religiosos para além do período de socialização religiosa infantil”.
Os resultados relativos às regiões autónomas foram apresentados aos jornalistas pelo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, acompanhado por Alfredo Teixeira, coordenador do estudo.
Além dos católicos, existem dois grupos com “alguma consistência” em todas as áreas (urbanas, semiurbanas e rurais) de Madeira e Açores: os “não crentes” (2,1-6,4%) e os “crentes sem religião” (entre 0,5-5%).
A assembleia plenária da CEP debateu os resultados do inquérito e prossegue os seus trabalhos até esta quinta-feira, dia em que vai ter lugar uma conferência de imprensa, pelas 14h30, com a divulgação do comunicado conclusivo.
OC
D.R.| Romeiros, Açores |
A percentagem de inquiridos que se assume como católico nas nove ilhas do arquipélago chega aos 91,9%, número que desce para os 88,3% na Madeira, sempre acima dos 79,5% registados em Portugal continental.
74,2% dos católicos dos Açores definem-se como “praticantes”, percentagem que na Madeira fica pelos 59% e no continente pelos 56,1% (autoclassificação relativamente à prática religiosa).
A região autónoma dos Açores tem ainda uma percentagem (17,4%) mais
significativa de católicos que aliam a participação semanal na missa com uma “atividade num movimento da paróquia/Igreja” do que na região da Madeira (12,2%) ou no continente (11%).
O estudo levado a cabo pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião e o Centro de Estudos de Religiões e Culturas da Universidade Católica, analisou mais de mil respostas nas regiões autónomas, em Julho deste ano, depois de ter recolhido 4 mil inquéritos válidos no território continental em finais de 2011.
Os Açores contam com a menor percentagem de pessoas que “nunca ou quase nunca participa ou assiste a actos de culto religiosos” (13%), grupo que aumenta na Madeira (21%) e em Portugal continental (28%).
Entre aqueles que celebram esses actos, a “participação semanal” é a mais frequente em todas as regiões (Açores: 33,5%; Madeira: 28%; Portugal continental: 23%).
“Podemos dizer que metade dos inquiridos em Portugal (57, 5% nos Açores, 50% na Madeira e 45,7% em Portugal continental) mantém uma relação de proximidade com os actos de culto”, refere a síntese do estudo enviada à Agência ECCLESIA.
Também no que diz respeito às práticas de oração, os açorianos surgem em primeiro lugar (71,5%), juntando os que dizem rezar todos os dias e os que rezam irregularmente alguns dias da semana (59,7% em Portugal continental, 59% na Madeira).
Os números mostram que nos Açores a proporção mais elevada de católicos tem entre 15 e 24 anos (21,2%) e no arquipélago da Madeira entre os 25 e 34 anos (22,5%), diferenciando-se de Portugal continental, onde o grupo etário dos que têm mais de 65 anos é o que apresenta um maior número de fiéis (23,1%).
As respostas apresentadas nos Açores e na Madeira apontam, no entanto, “para uma diminuição progressiva da participação nos actos religiosos para além do período de socialização religiosa infantil”.
Os resultados relativos às regiões autónomas foram apresentados aos jornalistas pelo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, acompanhado por Alfredo Teixeira, coordenador do estudo.
Além dos católicos, existem dois grupos com “alguma consistência” em todas as áreas (urbanas, semiurbanas e rurais) de Madeira e Açores: os “não crentes” (2,1-6,4%) e os “crentes sem religião” (entre 0,5-5%).
A assembleia plenária da CEP debateu os resultados do inquérito e prossegue os seus trabalhos até esta quinta-feira, dia em que vai ter lugar uma conferência de imprensa, pelas 14h30, com a divulgação do comunicado conclusivo.
OC