A fé foi uma força de impulso na história da NASA. Os seus trabalhadores enchem as igrejas e os seus astronautas levam bíblias e relíquias nas suas missões.
Actualizado 4 Dezembro 2012
Javier Lozano /ReL
O seu trabalho os faz olhar literalmente o céu e ali além de ver o sol e as estrelas perceberam Deus. É o caso concreto de dois astronautas da NASA que participaram em importantes missões espaciais com o Atlantis e que se encontraram com Deus vendo desde o espaço a maravilha da Criação.
Estes dois astronautas são os norte-americanos Mike T. Good e Mike Massimino. Ambos católicos levaram a sua fé até o mais alto: o espaço exterior. Os dois são autênticas estrelas mediáticas nos EUA, tem milhares de seguidores nas redes sociais e dão numerosas conferências. E sempre que podem mostram Deus através das coisas criadas por Ele e das quais eles foram uns privilegiados observadores.
O coronel Mike Good assegura com convicção que “dizem que não há ateus nas trincheiras, mas provavelmente tampouco os haverá nos foguetes espaciais”. De facto, a fé é algo muito comum na NASA e está muito vinculada à sua história.
Este astronauta que esteve duas vezes no espaço com o Atlantis, uma delas na missão com o telescópio orbital Hubble, afirma que a sua fé foi fortemente fortificada pelas vistas que pode observar desde a Estação Espacial.
“Isto deve ser similar ao Céu”
Algo muito similar ocorreu ao seu companheiro Mike Massimino, com quem compartilhou a missão espacial. Numa entrevista perguntaram-lhe como descreveria o que era estar no espaço. Confessou que “eu sonhava em ser astronauta quando era criança. Tinha seis anos quando Neil Armstrong caminhou pela primeira vez na Lua. Mas a visão da Terra…é tão impressionante ver a Terra desde o espaço! Podemos ir aos simuladores mas não há nada que nos possa preparar para o que os teus olhos verão realmente quando se trata da beleza do espaço e a beleza da Terra”. Tentando explicar o que sentiu afirmava que “não posso descrevê-lo com palavras mas posso dizer quais eram os meus pensamentos. Quando na caminhada espacial pude observar, o primeiro pensamento que veio à minha mente foi que ‘se estivesse no Céu, isto é o que veria’. E então a ideia que a substituiu foi ‘não, é mais belo que isso. Isto deve ser similar ao Céu’”.
Massimino assegura que a oração é algo muito comum entre os astronautas. “Rezei muito para que tudo funcionasse e realmente me fez sentir más próximo de Deus”, disse este fiel da paróquia de Santa Clara de Asís, a mais visitada pelos católicos da NASA. Como curiosidade, cabe recordar que na sua viagem espacial levou uma bandeira do Vaticano e uma foto de Bento XVI, que logo mostrou ao próprio Papa.
“Não há que preocupar-se com o amanhã”
Ser católico também ajudou de sobremaneira ao coronel Good, que conta orgulhoso numa entrevista como foi criado na fé, o que lhe serviu na sua meteórica carreira. “O meu pai era católico e minha mãe se fez quando se casaram. Eu era um dos seus seis filhos e todos íamos à igreja e à catequese”.
Já como astronauta perguntaram-lhe como vê ele o céu e o inferno. “Em criança – conta - eu acreditava que o céu estava em cima e o inferno em baixo. À medida que crescemos nos damos conta de que não se pode descrever em termos terrenos. Nada do que temos aqui irá connosco – nem as nossas possessões, nem as nossas listas de tarefas, as nossas preocupações ou as nossas dores. É por isso que Mateus nos diz no Evangelho que não há que preocupar-se com o amanhã”.
A NASA, cheia de cristãos
A fé foi uma força de impulso na história da NASA. E os empregados da agência aeroespacial estado-unidense enchem os bancos das igrejas próximas do Centro Espacial Johnson. A igreja presbiteriana Webster é conhecida como a “igreja dos astronautas” enquanto que na paróquia católica de São Paulo aparecem imagens do telescópio Hubble nas suas janelas em honra de alguns dos seus paroquianos. Assim, o cardeal Daniel DiNardo chegou a dizer que “a Arquidiocese de Galveston-Houston tem um apreço muito especial por todas as pessoas que trabalham no programa espacial”.
Esta religiosidade é um facto. O mesmo porta-voz do Centro Espacial Johnson, assegura que “a NASA não fornece os recursos espirituais mas objectos religiosos como cruzes, bíblias, ícones, orações encontram-se entre os objectos pessoais mais comuns levados ao espaço”. É por isso que “muitos companheiros astronautas levam música cristã, crucifixos, relíquias e ícones dos santos”, diz Mike Massimino.
A Igreja, aberta aos descobrimentos científicos
Um dos responsáveis da igreja de São Paulo afirma que as pessoas da NASA “tem uma posição que os sacerdotes não tem porque podem falar da glória da criação de Deus vista desde o espaço”.
Do mesmo modo, o padre Brendan Cahill, ex-reitor do Seminário de Santa Maria em Houston avalia esta postura e acrescenta que “a Igreja está muito aberta aos descobrimentos científicos, e a Bíblia nos dá um guia para interpretar o que a ciência descobre”. Por este motivo, acrescenta que “Deus criou o ser humano com conhecimento e com a curiosidade de fazer isto, ir ao espaço. Isto reafirma a nossa fé católica”, quer dizer, universal.
Actualizado 4 Dezembro 2012
Javier Lozano /ReL
O seu trabalho os faz olhar literalmente o céu e ali além de ver o sol e as estrelas perceberam Deus. É o caso concreto de dois astronautas da NASA que participaram em importantes missões espaciais com o Atlantis e que se encontraram com Deus vendo desde o espaço a maravilha da Criação.
Estes dois astronautas são os norte-americanos Mike T. Good e Mike Massimino. Ambos católicos levaram a sua fé até o mais alto: o espaço exterior. Os dois são autênticas estrelas mediáticas nos EUA, tem milhares de seguidores nas redes sociais e dão numerosas conferências. E sempre que podem mostram Deus através das coisas criadas por Ele e das quais eles foram uns privilegiados observadores.
O coronel Mike Good assegura com convicção que “dizem que não há ateus nas trincheiras, mas provavelmente tampouco os haverá nos foguetes espaciais”. De facto, a fé é algo muito comum na NASA e está muito vinculada à sua história.
Este astronauta que esteve duas vezes no espaço com o Atlantis, uma delas na missão com o telescópio orbital Hubble, afirma que a sua fé foi fortemente fortificada pelas vistas que pode observar desde a Estação Espacial.
“Isto deve ser similar ao Céu”
Algo muito similar ocorreu ao seu companheiro Mike Massimino, com quem compartilhou a missão espacial. Numa entrevista perguntaram-lhe como descreveria o que era estar no espaço. Confessou que “eu sonhava em ser astronauta quando era criança. Tinha seis anos quando Neil Armstrong caminhou pela primeira vez na Lua. Mas a visão da Terra…é tão impressionante ver a Terra desde o espaço! Podemos ir aos simuladores mas não há nada que nos possa preparar para o que os teus olhos verão realmente quando se trata da beleza do espaço e a beleza da Terra”. Tentando explicar o que sentiu afirmava que “não posso descrevê-lo com palavras mas posso dizer quais eram os meus pensamentos. Quando na caminhada espacial pude observar, o primeiro pensamento que veio à minha mente foi que ‘se estivesse no Céu, isto é o que veria’. E então a ideia que a substituiu foi ‘não, é mais belo que isso. Isto deve ser similar ao Céu’”.
Massimino assegura que a oração é algo muito comum entre os astronautas. “Rezei muito para que tudo funcionasse e realmente me fez sentir más próximo de Deus”, disse este fiel da paróquia de Santa Clara de Asís, a mais visitada pelos católicos da NASA. Como curiosidade, cabe recordar que na sua viagem espacial levou uma bandeira do Vaticano e uma foto de Bento XVI, que logo mostrou ao próprio Papa.
“Não há que preocupar-se com o amanhã”
Ser católico também ajudou de sobremaneira ao coronel Good, que conta orgulhoso numa entrevista como foi criado na fé, o que lhe serviu na sua meteórica carreira. “O meu pai era católico e minha mãe se fez quando se casaram. Eu era um dos seus seis filhos e todos íamos à igreja e à catequese”.
Já como astronauta perguntaram-lhe como vê ele o céu e o inferno. “Em criança – conta - eu acreditava que o céu estava em cima e o inferno em baixo. À medida que crescemos nos damos conta de que não se pode descrever em termos terrenos. Nada do que temos aqui irá connosco – nem as nossas possessões, nem as nossas listas de tarefas, as nossas preocupações ou as nossas dores. É por isso que Mateus nos diz no Evangelho que não há que preocupar-se com o amanhã”.
A NASA, cheia de cristãos
A fé foi uma força de impulso na história da NASA. E os empregados da agência aeroespacial estado-unidense enchem os bancos das igrejas próximas do Centro Espacial Johnson. A igreja presbiteriana Webster é conhecida como a “igreja dos astronautas” enquanto que na paróquia católica de São Paulo aparecem imagens do telescópio Hubble nas suas janelas em honra de alguns dos seus paroquianos. Assim, o cardeal Daniel DiNardo chegou a dizer que “a Arquidiocese de Galveston-Houston tem um apreço muito especial por todas as pessoas que trabalham no programa espacial”.
Esta religiosidade é um facto. O mesmo porta-voz do Centro Espacial Johnson, assegura que “a NASA não fornece os recursos espirituais mas objectos religiosos como cruzes, bíblias, ícones, orações encontram-se entre os objectos pessoais mais comuns levados ao espaço”. É por isso que “muitos companheiros astronautas levam música cristã, crucifixos, relíquias e ícones dos santos”, diz Mike Massimino.
A Igreja, aberta aos descobrimentos científicos
Um dos responsáveis da igreja de São Paulo afirma que as pessoas da NASA “tem uma posição que os sacerdotes não tem porque podem falar da glória da criação de Deus vista desde o espaço”.
Do mesmo modo, o padre Brendan Cahill, ex-reitor do Seminário de Santa Maria em Houston avalia esta postura e acrescenta que “a Igreja está muito aberta aos descobrimentos científicos, e a Bíblia nos dá um guia para interpretar o que a ciência descobre”. Por este motivo, acrescenta que “Deus criou o ser humano com conhecimento e com a curiosidade de fazer isto, ir ao espaço. Isto reafirma a nossa fé católica”, quer dizer, universal.
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