quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

«O ateísmo é o verdadeiro engano»

John Lennox, matemático de Oxford: «Quanto mais compreendo a ciência, mais creio em Deus»
 

O debate que manteve em 2007 com o ateu Richard Dawkins o retransmitiram rádios e televisões de todo o mundo.

Actualizado 22 Dezembro 2012

Sara Martín / ReL

 «Os novos ateus nos querem fazer crer que não somos mais do que uma colecção aleatória de moléculas, o produto final de um processo sem guia. Isto, a ser certo, minaria a racionalidade que necessitamos para estudar a Ciência. Se o cérebro foi na realidade o resultado de um processo sem guia, então não há razão para crer na sua capacidade de dizer-nos a verdade». Com estas palavras falou o célebre matemático John Lennox numa conferência ante mais de dois mil jovens no Newday Festival intitulada Enterrou a Ciência Deus?

«Para mim, a beleza das leis científicas só reforça a minha fé de uma maneira inteligente», assegurou o autor de numerosos livros. «Quanto mais compreendo a Ciência, mais creio em Deus pela maravilha da amplitude, sofisticação e integridade da sua criação. Longe de estar em desacordo com a Ciência, a fé cristã tem um sentido científico perfeito», segundo informa a notícia em The Norwich And Norfolk Christian Community Website.

Cara a cara com Richard Dawkins
Para o matemático, também conhecido pelos seus debates públicos com o célebre ateu Richard Dawkins, o estúdio da ordem racional do universo é uma ajuda e confirma a fé cristã: «Ainda assim, as minhas maiores razões para crer em Deus são, na parte objectiva, a ressurreição de Jesus, e no lado subjectivo, a minha experiência pessoal Dele e tudo o que brotou da confiança Nele todos os dias durante os últimos sessenta anos».

Enquanto Dawkins assegurou que a Ciência leva de forma lógica ao ateísmo, Lennox assegura na sua intervenção ante os jovens que, pelo contrário, a Ciência conduz a Deus: «Todos os primeiros cientistas eram cristãos, como Galileu e Newton, e estavam motivados pela sua própria crença num ser divino legislador». O professor da Universidade de Oxford cita as palavras de C.S. Lewis: «Estes homens converteram-se em cientistas porque estavam procurando leis na natureza, porque acreditavam num ser divino legislador».

A linguagem de Deus
Ao entrar nos detalhes da maravilha que é o homem graças aos avanços científicos, Lennox utiliza a analogia das letras desenhadas na areia da praia: «A resposta imediata é reconhecer o trabalho de um agente inteligente. Quanto mais provável é, portanto, que haja um criador inteligente por detrás do ADN humano, uma colossal base de dados biológica que contém não menos de três mil milhões de ´letras´?», argumenta o matemático. No mesmo sentido falou já há alguns anos o investigador responsável da sequenciação do genoma humano, o genetista Francis Collins: «Surpreendeu-me a elegância do código genético humano. Dei-me conta de que havia optado por uma cegueira voluntária e era vítima da arrogância por haver evitado tomar a sério o facto de que Deus poderia ser una possibilidade real». Depois disto, Collins chamou ao ADN humano a linguagem de Deus.

«O ateísmo é o verdadeiro engano»
Durante a conferência, alguém perguntou a Lennox como poderia convencer os seis mil jovens no festival Newday no recinto de feiras de Norfolk de que a fé cristã é uma possibilidade real: «A minha parte é apresentar a evidência, creio que Deus pode abrir realmente os olhos das pessoas, e essa parte a deixo a Ele». Não obstante, insistiu: «Não há que cair na falsa ideia de que não podes ser uma pessoa inteligente e ainda assim crer na existência de Deus. O ateísmo é o verdadeiro engano».


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