sábado, 2 de fevereiro de 2013

Na «progre» São Francisco, 50.000 marcham pela vida e menos de 500 pelo aborto livre

Assistem 14 bispos e o núncio com uma mensagem do Papa

A Caminhada pela Vida de São Francisco nasceu há 9 anos, cresce em cada edição e ainda que seja um acto não confessional acolhe pastores e bispos com toda a normalidade.

Actualizado 27 Janeiro 2013

P. J. Ginés/ReL

Se na sexta-feira se celebrava a Marcha pela Vida em Washington, com décadas de tradição e até 500.000 assistentes, no outro lado do continente, na muito progressista São Francisco, celebrou-se no sábado a Caminhada pela Vida (www.walkforlifewc.com), um passeio de 3 quilómetros que finaliza num encontro. É uma convocatória muito mais jovem (esta era a nona edição) que cresce ano após ano. Quando nasceu contava com uns 5.000 participantes; este sábado eram dez vezes mais.

À Caminhada assistiu o arcebispo de São Francisco, Salvatore J. Cordileone, e outros 13 bispos da zona da Baía de São Francisco e Califórnia. Muitas dioceses organizaram-se com autocarros e em peregrinação.


Mas o participante católico mais novo foi o Núncio Apostólico, Carlo Maria Viganó, apresentado como "o embaixador do Papa", que se dirigiu à multidão - num acto perfeitamente não confessional e cívico - assegurando o apoio e a bênção do Santo Padre e proclamando que "os que estais aqui são os melhores dos Estados Unidos·. A mensagem papal era uma variante do seu tuit da sexta-feira, encomendando a Deus o "impressionante testemunho público ao direito fundamental à vida".


Ainda que a Caminhada seja um evento não confessional, recebe com normalidade a participação de líderes religiosos, e assim se iniciou com uma breve intervenção do arcebispo Cordileone, que abençoou os participantes e afirmou: "sois uns poderosos testemunhos de que a verdade de Deus não pode silenciar-se. Se, estamos aqui para ficarmos, porque a vida é boa e a vida é santa".

A manifestação e a caminhada foram precedidas por uma Feira Informativa e trabalhos de sensibilização "Não Mais Silêncio", com a actriz Jennifer O´Neill (www.jenniferoneill.com).

Outros oradores foram:
  • Lacey Buchanan, uma jovem mãe cujo vídeo de YouTube sobre o seu filho cego chegou a mais de 11 milhões de espectadores;
  • Elaine Riddick, uma mulher que foi esterilizada à força aos 14 anos debaixo das ordens da Junta de Eugenesia da Carolina do Norte, cujo objectivo era purificar a população do estado eliminando os doentes mentais, enfermos, débeis mentais e outros considerados indesejáveis;
  • O pastor Clenard Childress, fundador e director de www.BlackGenocide.org, um sítio web desenhado para chegar à comunidade afro-americana com a verdade sobre o aborto;
  • Kelly e Mateo Clinger, um casal que abortou, que compartilharam a sua história sobre a angústia e a dor causada pela vida na indústria da música, o divórcio, a dependência e o aborto.
Entretanto, o acto convocado no centro de São Francisco por associações feministas e abortistas para celebrar os 40 anos da decisão judicial Roe vs. Wade que liberalizou o aborto nos Estados Unidos, apenas conseguiu reunir entre 300 e 500 pessoas. O "direito ao aborto" gera paixões, mas o entusiasmo e a celebração não estão entre elas.

Veja as fotos da Caminhada no Flickr:
http://www.walkforlifewc.com/media-center/photos/flickr-photos/


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