''L'Osservatore Romano'': Rei Abdallah define cotas para mulheres
Nieves San Martín
MADRID, Segunda-feira, 14 Janeiro 2013
Outro
pequeno passo para a emancipação da mulher no que diz respeito às
tradições foi dado pelo rei Abdallah bin Abdulaziz Al Saud da Arábia
Saudita, que pela primeira vez nomeou 30 mulheres entre os 150 membros
do Conselho Consultivo (Shura ).
A notícia foi publicada na edição de ontem do jornal Vaticano L'Osservatore Romano,
e destaca que "é um Parlamento sem poderes legislativos, cujo papel se
limita a propor regulamentos que apenas o monarca tem o poder de
implementar.
As novas conselheiras, dentre as quais a ex subsecretaria geral da
ONU , Thoraya Obaid – destaca o jornal do Vaticano – “devem, todavia,
observar as restrições impostas pela lei islâmica, além do uso do lenço
islâmico, a proibição de qualquer contacto com colegas do sexo
masculino”.
Além do decreto que nomeou os membros da nova Assembleia, por um
período de quatro anos, o octogenário monarca estabeleceu que a partir
de agora, não menos que 20% dos assentos devem ser reservados às
mulheres.
Uma cota como a da maioria dos países mais desenvolvidos. Os
primeiros países europeus que aprovaram foram os escandinavos, e
continuam a levantar o debate, mas no caso de um país do Oriente Médio,
parece um passo avante significativo.
Trata-se, segundo os observadores, de uma mudança importante para um
país onde as mulheres não podem ao menos dirigir o seu carro ou viajar
sem um parente do sexo masculino.
"O rei Abdallah tem demonstrado nos últimos anos sinais
significativos de abertura em relação às mulheres", diz o jornal do
Vaticano.
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