Arcebispo de La Plata adverte sobre o risco demoníaco de certas manifestações religiosas
Redacção
ROMA, Terça-feira, 15 Janeiro 2013
O
arcebispo de La Plata, na Argentina, dom Héctor Aguer, falou da
presença de movimentos pseudo-religiosos no país, como a chamada Nova
Era, e exortou os católicos a perseverarem na verdadeira fé cristã, em
reflexão veiculada pelo programa televisivo “Claves para un Mundo Mejor”
(América TV).
O prelado alertou para um “fenômeno curioso” que
começou no século passado: “Por um lado, o secularismo foi aumentando…
Foram entrando em eclipse na cultura os sinais da transcendência, da
presença de Deus (...) Mas também foi se estendendo um movimento
espiritualista, pseudo-religioso. Pseudo, em grego, quer dizer falso. É
uma falsificação religiosa. Um movimento cultural em que se misturam a
reminiscência de velhos paganismos, uma fascinação pelas religiões do
antigo Oriente, elementos da magia, da bruxaria, das técnicas de
adivinhação e do esoterismo. Tudo isso foi chamado de New Age, o movimento da Nova Era”.
“Muitas dessas superstições são a porta de entrada para compromissos
mais exigentes, que colocam os incautos no risco de ser enredados por
seitas. Brincar inocentemente com essas pseudo-religiões leva a pessoa a
ser vítima de uma espécie de lavagem cerebral, de sequestro espiritual
dentro de uma seita, da qual é muito difícil sair. Uma advertência séria
também precisa ser feita quanto aos cultos da umbanda, que incursionam
pelo demoníaco e já levaram muitas pessoas à obsessão ou até à possessão
diabólica. Com estas coisas não se brinca”.
O arcebispo destacou que “no regime cristão, na fé cristã, a virtude
da religião é diferente da virtude da fé. Por isso é que é importante
que ela seja iluminada continuamente pela fé, sustentada pela esperança e
animada pela caridade. Tem que haver uma relação estreita entre a
religiosidade, que é própria de uma virtude moral, e a ordem teologal, a
ordem das virtudes teologais, a fé, a esperança e a caridade”.
No final da reflexão, dom Héctor Aguer manifestou que “a
religiosidade natural do homem precisa passar pela porta da fé. A fé nos
introduz no amplo espaço espiritual da verdade católica, nos oferece a
experiência da graça na liturgia da Igreja, na recepção dos santos
sacramentos e nos insere numa comunidade cristã, que não é uma seita,
mas sim a Igreja católica, a comunhão dos santos, que se torna concreta
na paróquia, na capela, numa pequena comunidade de bairro”.
“Como conclusão destas reflexões, é importante destacar o valor de
uma formação cada vez mais ampla e mais profunda nos conteúdos da fé
cristã. Temos um instrumento para isso, sólido e actualizado, que é o
Catecismo da Igreja Católica, cuja publicação completa o vigésimo
aniversário este ano. Que esta menção seja um estímulo, um convite para
todos vocês”, encerrou.
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