quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Argentina: alerta contra as falsas religiões

Arcebispo de La Plata adverte sobre o risco demoníaco de certas manifestações religiosas

Redacção

ROMA, Terça-feira, 15 Janeiro 2013

O arcebispo de La Plata, na Argentina, dom Héctor Aguer, falou da presença de movimentos pseudo-religiosos no país, como a chamada Nova Era, e exortou os católicos a perseverarem na verdadeira fé cristã, em reflexão veiculada pelo programa televisivo “Claves para un Mundo Mejor” (América TV).

O prelado alertou para um “fenômeno curioso” que começou no século passado: “Por um lado, o secularismo foi aumentando… Foram entrando em eclipse na cultura os sinais da transcendência, da presença de Deus (...) Mas também foi se estendendo um movimento espiritualista, pseudo-religioso. Pseudo, em grego, quer dizer falso. É uma falsificação religiosa. Um movimento cultural em que se misturam a reminiscência de velhos paganismos, uma fascinação pelas religiões do antigo Oriente, elementos da magia, da bruxaria, das técnicas de adivinhação e do esoterismo. Tudo isso foi chamado de New Age, o movimento da Nova Era”.

“Muitas dessas superstições são a porta de entrada para compromissos mais exigentes, que colocam os incautos no risco de ser enredados por seitas. Brincar inocentemente com essas pseudo-religiões leva a pessoa a ser vítima de uma espécie de lavagem cerebral, de sequestro espiritual dentro de uma seita, da qual é muito difícil sair. Uma advertência séria também precisa ser feita quanto aos cultos da umbanda, que incursionam pelo demoníaco e já levaram muitas pessoas à obsessão ou até à possessão diabólica. Com estas coisas não se brinca”.

O arcebispo destacou que “no regime cristão, na fé cristã, a virtude da religião é diferente da virtude da fé. Por isso é que é importante que ela seja iluminada continuamente pela fé, sustentada pela esperança e animada pela caridade. Tem que haver uma relação estreita entre a religiosidade, que é própria de uma virtude moral, e a ordem teologal, a ordem das virtudes teologais, a fé, a esperança e a caridade”.

No final da reflexão, dom Héctor Aguer manifestou que “a religiosidade natural do homem precisa passar pela porta da fé. A fé nos introduz no amplo espaço espiritual da verdade católica, nos oferece a experiência da graça na liturgia da Igreja, na recepção dos santos sacramentos e nos insere numa comunidade cristã, que não é uma seita, mas sim a Igreja católica, a comunhão dos santos, que se torna concreta na paróquia, na capela, numa pequena comunidade de bairro”.

“Como conclusão destas reflexões, é importante destacar o valor de uma formação cada vez mais ampla e mais profunda nos conteúdos da fé cristã. Temos um instrumento para isso, sólido e actualizado, que é o Catecismo da Igreja Católica, cuja publicação completa o vigésimo aniversário este ano. Que esta menção seja um estímulo, um convite para todos vocês”, encerrou.  


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