Lição de cavalheirismo de Iván Fernández
"Ainda que me tivessem dito que ganhando tinha lugar na selecção espanhola para o Europeu, não me tinha aproveitado", assegura o corredor basco que explicou ao jornalista queniano que ainda não tinha chegado à meta.
Actualizado 22 Janeiro 2013
Aciprensa / ReL
Falou-se muito pouco. No cross da localidade navarra de Burlada, sucedeu um facto no passado domingo 2 de Dezembro que nos ajuda a continuar crescendo nos valores do desporto.
O atleta queniano, Abel Mutai, medalha de ouro dos 3.000 obstáculos há quatro meses em Londres, estava quase a ganhar a prova quando, ao entrar numa pista onde estava a meta julgou que já havia chegado, afrouxou totalmente o passo e, relaxado, começou a saudar o público crendo ser o vencedor.
O atleta seguinte que vinha atrás, Iván Fernández Anaya, ao ver que se equivocava e parava una dezena de metros antes da meta, não quis aproveitar a ocasião para acelerar e ganhar. Ficou nas suas costas, e gesticulando para que o entendesse e quase empurrando-o, levou o queniano até à meta, deixando-o passar à frente.
"Não me teria aproveitado"
Iván Fernández Anaya, um corredor vitoriano de 24 anos que está considerado um atleta com muito futuro (campeão de Espanha de 5.000 metros na categoria promessas há dois anos) afirmou ao terminar a prova: “Ainda que me tivessem dito que ganhando tinha lugar na selecção espanhola para o Europeu, não me teria aproveitado. Creio que é melhor o que fiz que se tivesse ganho. E isto é muito importante, porque hoje em dia, tal como estão as coisas em todos os ambientes, no futebol, na sociedade, na política, onde parece que tudo vale, um gesto de honradez vai muito bem”.
Em diálogo telefónico com ACI Prensa em 10 de Janeiro, o jovem atleta de 24 anos de idade recordou o ocorrido no passado 2 de Dezembro na pista Cross de Burlada na qual ficou no segundo lugar atrás de Mutai, originário de Quénia e medalhado olímpico em Londres 2012.
Abel Mutai liderava a prova e julgou tê-la terminado porque pensou que já havia chegado à meta. Ao não falar castelhano, não entendia que as pessoas ao seu redor lhe diziam que seguisse porque ainda faltavam vários metros. Fernández o alcançou e em vez de tirar proveito da situação para ganhar a corrida, animou o africano a continuar correndo para conseguir a vitória.
"Ainda que me tivessem dito que ganhando tinha lugar na selecção espanhola para o Europeu, não me tinha aproveitado", assegura o corredor basco que explicou ao jornalista queniano que ainda não tinha chegado à meta.
Actualizado 22 Janeiro 2013
Aciprensa / ReL
Falou-se muito pouco. No cross da localidade navarra de Burlada, sucedeu um facto no passado domingo 2 de Dezembro que nos ajuda a continuar crescendo nos valores do desporto.
O atleta queniano, Abel Mutai, medalha de ouro dos 3.000 obstáculos há quatro meses em Londres, estava quase a ganhar a prova quando, ao entrar numa pista onde estava a meta julgou que já havia chegado, afrouxou totalmente o passo e, relaxado, começou a saudar o público crendo ser o vencedor.
O atleta seguinte que vinha atrás, Iván Fernández Anaya, ao ver que se equivocava e parava una dezena de metros antes da meta, não quis aproveitar a ocasião para acelerar e ganhar. Ficou nas suas costas, e gesticulando para que o entendesse e quase empurrando-o, levou o queniano até à meta, deixando-o passar à frente.
"Não me teria aproveitado"
Iván Fernández Anaya, um corredor vitoriano de 24 anos que está considerado um atleta com muito futuro (campeão de Espanha de 5.000 metros na categoria promessas há dois anos) afirmou ao terminar a prova: “Ainda que me tivessem dito que ganhando tinha lugar na selecção espanhola para o Europeu, não me teria aproveitado. Creio que é melhor o que fiz que se tivesse ganho. E isto é muito importante, porque hoje em dia, tal como estão as coisas em todos os ambientes, no futebol, na sociedade, na política, onde parece que tudo vale, um gesto de honradez vai muito bem”.
Em diálogo telefónico com ACI Prensa em 10 de Janeiro, o jovem atleta de 24 anos de idade recordou o ocorrido no passado 2 de Dezembro na pista Cross de Burlada na qual ficou no segundo lugar atrás de Mutai, originário de Quénia e medalhado olímpico em Londres 2012.
Abel Mutai liderava a prova e julgou tê-la terminado porque pensou que já havia chegado à meta. Ao não falar castelhano, não entendia que as pessoas ao seu redor lhe diziam que seguisse porque ainda faltavam vários metros. Fernández o alcançou e em vez de tirar proveito da situação para ganhar a corrida, animou o africano a continuar correndo para conseguir a vitória.
in