British Airways condenada na União Europeia por discriminação religiosa
ROMA, Terça-feira, 15 Janeiro 2013
A
história que começou mal em 2006, terminou bem. Pelo menos para a Sra.
Nadia Eweida, uma funcionária da companhia aérea British Airways, que
foi proibida de usar uma cruz no pescoço durante o horário de trabalho.
E
terminou bem para ela, porque o Tribunal Europeu de Direitos Humanos –
ao qual recorreu quando se sentiu maltratada – , acaba de condenar a
companhia por práticas de discriminação religiosa. A condenação dos
juízes – que não veio do alto, mas da União Europeia – determinou que
houve uma violação do artigo 9 º da Convenção Europeia de Direitos
Humanos.
Diante dessa decisão – que cria jurisprudência - , Nadia Eweida, uma
cristã copta em Twickenham, ao sudoeste de Londres, poderá usar no
trabalho a sua jóia preferida: o crucifixo. Eweida, de 60 anos, disse à
agência BBC que “pulava de alegria” após a decisão, e acrescentou que
não tinha sido uma situação fácil.
Enquanto isso, British Airways declarou que a sua política de
uniformes mudou em 2007 para permitir que Eweida e outros trabalhadores
"levem símbolos religiosos e que tanto ela como outros funcionários
tinham trabalhado nessas condições nos últimos seis anos."
Outros pedidos negados
Conforme relatado pela mesma agência britânica, a três cristãos que
entraram com a mesma acção contra o governo por suposta discriminação, o
tribunal notificou-lhes que não houve tal discriminação.
Um caso foi o da enfermeira Shirley Chaplin, de 57 anos. O tribunal
disse que o hospital onde trabalha estava certo ao pedir-lhe que tirasse
a cruz por razões de saúde e segurança.
Outras duas pessoas também perderam sua batalha legal. Uma é Gary
McFarlane, conselheiro matrimonial que foi demitido por se opor à
oferecer terapia sexual para casais homossexuais. E há o caso de Lillian
Ladele, do conselho municipal de Islington, que se recusou a celebrar
matrimónios entre pessoas do mesmo sexo, com a consequente reprimenda.
Nestes três casos, os funcionários que refutaram as alegações e
determinaram contra os cristãos, argumentaram que os direitos dos
trabalhadores só são protegidos em privado. (javv)
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