Pintor e escultor grego Jannis Kounellis abre o projecto "Uma Porta para o Infinito
ROMA, Quarta-feira, 16 Janeiro 2013
Na
próxima sexta-feira, 25 de Janeiro, Jannis Kounellis abre a secção
"Fragmentos de Beleza" na edição 2013 de "Uma Porta para o Infinito - O
homem e o Absoluto na Arte", concebida e realizada pelo departamento de
Comunicações Sociais do Vicariato de Roma, em parceria com o Conselho
Pontifício para a Cultura.
O pintor e escultor grego, naturalizado
italiano, nasceu em 1936 no Pireu e vive em Roma desde 1956, quando
chegou à capital da Itália para completar a sua formação na Academia de
Belas Artes, sob a orientação de Toti Scialoja. Também em Roma fez a
primeira exposição individual na galeria La Tartaruga, em 1960,
intitulada “O Alfabeto de Kounellis”. Desde então, realizou exposições
na Itália e pelo mundo, em busca de formas de expressão e materiais
diferentes, numa visão da arte não como estética, mas como criação.
De pintor, tornou-se também escultor e montou instalações até com
animais vivos: memorável a de 1969, na galeria L’Attico, de Fabio
Sargentini, em que Kounellis exibiu doze cavalos. Ele não despreza
matéria alguma: em suas obras, expostas por todo o mundo, como no Museu
Guggenheim de Nova York, há pó de café, sacos de estopa, máquinas de
costura, camas dobráveis. É um dos fundadores, em 1967, da "arte
povera".
Em 2007, fez o novo portão do jardim monástico da Basílica de Santa
Cruz em Jerusalém. Em 2009, nos "40 Concertos no Dia do Senhor", em
Roma, concebeu uma instalação específica na Basílica dos Santos Doze
Apóstolos: "Dois feixes no chão, formando uma cruz assimétrica, marcam o
centro de um círculo de 12 cadeiras, em que se sentam sacos de estopa
cheios de pedra, secretamente envoltos em folhas brancas atadas" (Silvia
Marsano).
Em 2011, por ocasião do sexagésimo aniversário do sacerdócio de Bento
XVI, Kounellis participou da exposição "O esplendor da verdade, a
beleza do amor", um tributo de sessenta artistas contemporâneos ao
pontífice.
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