Clamam pela "coexistência pacífica no contexto de dois Estados soberanos"
Pedem à comunidade internacional para intensificar os esforços "por uma paz justa"
RV, 11 de Janeiro de 2013 às 10:10
(RV).- Que os governos da Europa e da América do Norte impeçam a "injustiça" do muro construído por Israel nos Territórios palestinos". Pedem-no os Bispos dos dois continentes que nestes dias, na sua qualidade de membros da Coordenação da Terra Santa, visitaram numerosas comunidades católicas do Médio Oriente para levar-lhes, como em cada ano, o seu apoio e solidariedade.
Na Terra Santa, onde a população cristã está em fase "decrescente", os bispos europeus e norte-americanos asseguram o seu "apoio concreto aos mais vulneráveis", assim como o "máximo empenho para convencer os seus respectivos governos - tal como escrevem - "a reconhecer as causas que estão na base do sofrimento nesta terra e a intensificar os seus esforços por uma paz justa".
Exortando os cristãos "a ir em peregrinação à Terra Santa", os prelados da Coordenação concluem fazendo-se eco do chamamento do Santo Padre no seu recente Discurso ao Corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé para que com o "apoio da comunidade internacional", israelitas e palestinianos "se empenhem por uma coexistência pacífica no contexto de dois Estados soberanos, nos quais se garantam o respeito pela justiça e as legítimas aspirações de ambos os povos".
O encontro deste ano teve lugar em Belém de 5 a 10 de Janeiro. Oferecemos o comunicado final.
"A nossa fé enriqueceu-se com o valor e a força das pessoas que encontramos"
Desde que os Bispos que fazem parte da Coordenadora das Conferências Episcopais em apoio aos Cristãos da Terra Santa se reuniram em Janeiro de 2012, o povo desta região viveu acontecimentos obscuros e dramáticos: o conflito em Gaza e no sul de Israel; a guerra civil na Síria, que deu lugar a um grande número de refugiados que tiveram que fugir para outros países, produzindo-se uma enorme tensão sobre os seus recursos; e um aumento da polarização entre Israel e a Palestina. Estos factos supuseram um profundo desassossego para todos nesta região, para os israelitas, palestinianos, judeus, muçulmanos, e em particular para a minguante população cristã.
Este ano podemos ter encontros com comunidades Cristãs de Gaza, Belém, Beit Jala, Mádaba e Zarqa. No Valle de Cremisán tivemos conhecimento sobre as lutas legais para proteger as terras das populações locais e as instituições religiosas quanto à invasão que significa a Barreira de Segurança ("o Muro"). Comprometemo-nos a continuar instando aos nossos respectivos governos a que actuem para evitar esta injustiça. Pudemos escutar um testemunho comovedor por parte das religiosas implicadas na atenção a trabalhadores emigrantes, vítimas do tráfico e presos.
A nossa fé enriqueceu-se com o valor e a força das pessoas que encontramos: aqueles com os que partilhamos uma alegre celebração da Missa em Zarqa, Jordânia; os que cuidam de pessoas vulneráveis, como os refugiados da Síria e do Iraque que fogem do terror e a violência; os que lutam contra a opressão e a insegurança nos países que conformam a Terra Santa. Captamos a necessidade de promover uma paz justa e uma chamada às comunidades Cristãs nos nossos países de origem e às pessoas de boa vontade de todo o mundo para que apoiem o trabalho que se leva a cabo nesta região para construir um futuro melhor. Bons exemplos são os dois organismos que visitamos: o Serviço Católico de Ajuda dos E.U.A. (Catholic Relief Services) em Gaza e o programa para os refugiados da Cáritas da Jordânia.
Também escutamos a chamada a reconhecer e a comunicar a todos como a fé em Deus ilumina a vida das pessoas na Terra Santa. Uma das maneiras de levá-lo a cabo é o compromisso da Igreja em favor da educação, uma inversão tangível para o futuro. Um dos lugares onde isto se faz mais evidente é na Universidade de Belém, onde nos impressionaram os testemunhos dos estudantes, e na Universidade Americana de Mádaba, na Jordânia. Em 2009, o Papa Bento XVI exortou os professores e estudantes da região a ser construtores de uma sociedade justa e pacífica formada por pessoas de diferentes origens religiosas e étnicas.
Conjuntamente com os Bispos locais, animamos a dar um apoio prático às pessoas vulneráveis, à formação dos jovens e a todos os esforços pela promoção da paz. Animamos os cristãos a vir em peregrinação à Terra Santa, onde experimentarão a mesma quente hospitalidade que nós recebemos. Trabalharemos fortemente para convencer os nossos respectivos Governos para que reconheçam as causas profundas do sofrimento nesta terra e intensifiquem os seus esforços por uma paz justa. Fazemo-nos eco do chamamento que o Papa Bento XVI fez recentemente no seu Discurso ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé: "Depois do reconhecimento da Palestina como Estado observador não membro das Nações Unidas, volto a expressar a esperança que, com o apoio da comunidade internacional, os Israelitas e os Palestinianos comprometam-se por uma coexistência pacífica no marco de dois Estados soberanos, onde se preservem e garantam o respeito da justiça e as aspirações legítimas dos dois povos. Jerusalém, sê o que o teu nome significa! Uma cidade de paz, não uma de divisão".
Com palavras de um dos Salmos, que cada dia rezamos juntos: "Desejai a paz a Jerusalém" (Salmo 122,6)."
Pedem à comunidade internacional para intensificar os esforços "por uma paz justa"
RV, 11 de Janeiro de 2013 às 10:10
(RV).- Que os governos da Europa e da América do Norte impeçam a "injustiça" do muro construído por Israel nos Territórios palestinos". Pedem-no os Bispos dos dois continentes que nestes dias, na sua qualidade de membros da Coordenação da Terra Santa, visitaram numerosas comunidades católicas do Médio Oriente para levar-lhes, como em cada ano, o seu apoio e solidariedade.
Na Terra Santa, onde a população cristã está em fase "decrescente", os bispos europeus e norte-americanos asseguram o seu "apoio concreto aos mais vulneráveis", assim como o "máximo empenho para convencer os seus respectivos governos - tal como escrevem - "a reconhecer as causas que estão na base do sofrimento nesta terra e a intensificar os seus esforços por uma paz justa".
Exortando os cristãos "a ir em peregrinação à Terra Santa", os prelados da Coordenação concluem fazendo-se eco do chamamento do Santo Padre no seu recente Discurso ao Corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé para que com o "apoio da comunidade internacional", israelitas e palestinianos "se empenhem por uma coexistência pacífica no contexto de dois Estados soberanos, nos quais se garantam o respeito pela justiça e as legítimas aspirações de ambos os povos".
O encontro deste ano teve lugar em Belém de 5 a 10 de Janeiro. Oferecemos o comunicado final.
"A nossa fé enriqueceu-se com o valor e a força das pessoas que encontramos"
Desde que os Bispos que fazem parte da Coordenadora das Conferências Episcopais em apoio aos Cristãos da Terra Santa se reuniram em Janeiro de 2012, o povo desta região viveu acontecimentos obscuros e dramáticos: o conflito em Gaza e no sul de Israel; a guerra civil na Síria, que deu lugar a um grande número de refugiados que tiveram que fugir para outros países, produzindo-se uma enorme tensão sobre os seus recursos; e um aumento da polarização entre Israel e a Palestina. Estos factos supuseram um profundo desassossego para todos nesta região, para os israelitas, palestinianos, judeus, muçulmanos, e em particular para a minguante população cristã.
Este ano podemos ter encontros com comunidades Cristãs de Gaza, Belém, Beit Jala, Mádaba e Zarqa. No Valle de Cremisán tivemos conhecimento sobre as lutas legais para proteger as terras das populações locais e as instituições religiosas quanto à invasão que significa a Barreira de Segurança ("o Muro"). Comprometemo-nos a continuar instando aos nossos respectivos governos a que actuem para evitar esta injustiça. Pudemos escutar um testemunho comovedor por parte das religiosas implicadas na atenção a trabalhadores emigrantes, vítimas do tráfico e presos.
A nossa fé enriqueceu-se com o valor e a força das pessoas que encontramos: aqueles com os que partilhamos uma alegre celebração da Missa em Zarqa, Jordânia; os que cuidam de pessoas vulneráveis, como os refugiados da Síria e do Iraque que fogem do terror e a violência; os que lutam contra a opressão e a insegurança nos países que conformam a Terra Santa. Captamos a necessidade de promover uma paz justa e uma chamada às comunidades Cristãs nos nossos países de origem e às pessoas de boa vontade de todo o mundo para que apoiem o trabalho que se leva a cabo nesta região para construir um futuro melhor. Bons exemplos são os dois organismos que visitamos: o Serviço Católico de Ajuda dos E.U.A. (Catholic Relief Services) em Gaza e o programa para os refugiados da Cáritas da Jordânia.
Também escutamos a chamada a reconhecer e a comunicar a todos como a fé em Deus ilumina a vida das pessoas na Terra Santa. Uma das maneiras de levá-lo a cabo é o compromisso da Igreja em favor da educação, uma inversão tangível para o futuro. Um dos lugares onde isto se faz mais evidente é na Universidade de Belém, onde nos impressionaram os testemunhos dos estudantes, e na Universidade Americana de Mádaba, na Jordânia. Em 2009, o Papa Bento XVI exortou os professores e estudantes da região a ser construtores de uma sociedade justa e pacífica formada por pessoas de diferentes origens religiosas e étnicas.
Conjuntamente com os Bispos locais, animamos a dar um apoio prático às pessoas vulneráveis, à formação dos jovens e a todos os esforços pela promoção da paz. Animamos os cristãos a vir em peregrinação à Terra Santa, onde experimentarão a mesma quente hospitalidade que nós recebemos. Trabalharemos fortemente para convencer os nossos respectivos Governos para que reconheçam as causas profundas do sofrimento nesta terra e intensifiquem os seus esforços por uma paz justa. Fazemo-nos eco do chamamento que o Papa Bento XVI fez recentemente no seu Discurso ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé: "Depois do reconhecimento da Palestina como Estado observador não membro das Nações Unidas, volto a expressar a esperança que, com o apoio da comunidade internacional, os Israelitas e os Palestinianos comprometam-se por uma coexistência pacífica no marco de dois Estados soberanos, onde se preservem e garantam o respeito da justiça e as aspirações legítimas dos dois povos. Jerusalém, sê o que o teu nome significa! Uma cidade de paz, não uma de divisão".
Com palavras de um dos Salmos, que cada dia rezamos juntos: "Desejai a paz a Jerusalém" (Salmo 122,6)."
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