A insistência da sua mãe o levou à missa
Um pai que o desprezava e o abandonou. Cocaína, álcool, marijuana. Bêbado na missa, só por insistência da sua mãe. Mas numa missa de Pentecostes sentiu que Deus o mudava.
Actualizado 9 Janeiro 2013
C. Ramos / Sem. Fides / ReL
Aos seus 26 anos, David Cáceres viveu muitos extremos. “O meu papá me deixou, ele vive nos Estados Unidos", explica este jovem de Tegucigalpa ao semanário hondurenho Fides.
"Cresci com uma grande frustração, porque o meu papá desde muito pequenino dizia-me: “vós não servis para nada, não vales nada na vida!”, mas eu a ele o amo muito e à minha mãe que sofreu tanto por mim, também a amo”.
Ainda que de pequeno ia à igreja e comungava e se confessava, ao crescer deixou os sacramentos e começou a relacionar-se com más companhias.
A droga e a noite
O álcool, a marijuana e a noite converteram-se nos seus hábitos. "Eu chegava a trabalhar, como normalmente dizemos aqui, com um puro de marijuana na cabeça” lamenta. “Não me importava nada”.
“Consumi cola, diluente e marijuana”, detalha. “Provava tudo o que encontrava no caminho. Conheci alguém que tinha bons veículos e sempre estava rodeado de belas mulheres e de repente eu já estava inalando cocaína. Até a cheguei a vender, ainda sendo noivo da minha actual esposa".
Pagando o aborto dos seus filhos
Em duas ocasiões ajudou a que duas jovens abortassem dos filhos que ele havia engendrado. “Eu dizia-lhes: como te vou manter? A mim hoje me dói isso. São feridas que custaram a sarar”, comenta, olhando a pequena Camila Valentina, sua filha, um pilar na sua vida actual.
“Chegou um momento em que estava submerso na toxicodependência e via que não podia sair desse mundo. A mamã sempre me convidava a assistir à missa. Encontrava-me a minha mamã sempre nas madrugadas, chorando, esperando-me e me dizia: filho, não me faças isto. Passavam os dias, meses, anos e sempre a encontrava naquele sofá”.
Pela insistência da sua mãe, começou a assistir à missa, mas bêbado. O seu corpo estava no templo, a sua mente perdida nos efeitos do álcool.
Até que chegou o momento que mudou a sua vida.
O Pentecostes que mudou tudo
“Um sábado a minha mamã me convidou para a missa. Esse dia tinha planos para ir beber com os meus amigos. Era Pentecostes. Eu não tive nenhuma atenção durante a celebração. Mas quando o padre Víctor Ruíz passou benzendo cada um dos bancos com Jesus Sacramentado, eu senti algo diferente em mim. Me sentia bastante raro".
Essa noite, desafiou a Deus.
"Essa noite não saí com os amigos e fechei-me no quarto e desafiei a Deus: Senhor, se Tu verdadeiramente existes, eu quero sentir a tua presença neste momento! E nesse momento o meu corpo começou a estremecer. Gritei pela minha mamã porque sentia medo. Fechei os meus olhos".
David entendeu que era Deus, que respondia ao seu desafio.
"Sentia o chamado de Deus. Chamei chorando pela minha esposa e disse-lhe: amor, o Senhor está connosco”, recorda.
Uma nova vida
Em poucos dias contou à sua mãe e prometeu-lhe “onde você me convide, ali estarei”. E começou a participar nos retiros do Movimento João XXIII, um movimento de evangelização nascido em Porto Rico durante o pontificado desse Papa, bastante espalhado nas Caraíbas e América Central.
David Cáceres deixou o mundo das drogas e a noite. Hoje apoia-se na Igreja, a fé, o amor da sua mãe, o suporte e ajuda da sua esposa Ivin e o carinho da sua filhita Camila, vivendo uma vida nova.
Um pai que o desprezava e o abandonou. Cocaína, álcool, marijuana. Bêbado na missa, só por insistência da sua mãe. Mas numa missa de Pentecostes sentiu que Deus o mudava.
Actualizado 9 Janeiro 2013
C. Ramos / Sem. Fides / ReL
Aos seus 26 anos, David Cáceres viveu muitos extremos. “O meu papá me deixou, ele vive nos Estados Unidos", explica este jovem de Tegucigalpa ao semanário hondurenho Fides.
"Cresci com uma grande frustração, porque o meu papá desde muito pequenino dizia-me: “vós não servis para nada, não vales nada na vida!”, mas eu a ele o amo muito e à minha mãe que sofreu tanto por mim, também a amo”.
Ainda que de pequeno ia à igreja e comungava e se confessava, ao crescer deixou os sacramentos e começou a relacionar-se com más companhias.
A droga e a noite
O álcool, a marijuana e a noite converteram-se nos seus hábitos. "Eu chegava a trabalhar, como normalmente dizemos aqui, com um puro de marijuana na cabeça” lamenta. “Não me importava nada”.
“Consumi cola, diluente e marijuana”, detalha. “Provava tudo o que encontrava no caminho. Conheci alguém que tinha bons veículos e sempre estava rodeado de belas mulheres e de repente eu já estava inalando cocaína. Até a cheguei a vender, ainda sendo noivo da minha actual esposa".
Pagando o aborto dos seus filhos
Em duas ocasiões ajudou a que duas jovens abortassem dos filhos que ele havia engendrado. “Eu dizia-lhes: como te vou manter? A mim hoje me dói isso. São feridas que custaram a sarar”, comenta, olhando a pequena Camila Valentina, sua filha, um pilar na sua vida actual.
“Chegou um momento em que estava submerso na toxicodependência e via que não podia sair desse mundo. A mamã sempre me convidava a assistir à missa. Encontrava-me a minha mamã sempre nas madrugadas, chorando, esperando-me e me dizia: filho, não me faças isto. Passavam os dias, meses, anos e sempre a encontrava naquele sofá”.
Pela insistência da sua mãe, começou a assistir à missa, mas bêbado. O seu corpo estava no templo, a sua mente perdida nos efeitos do álcool.
Até que chegou o momento que mudou a sua vida.
O Pentecostes que mudou tudo
“Um sábado a minha mamã me convidou para a missa. Esse dia tinha planos para ir beber com os meus amigos. Era Pentecostes. Eu não tive nenhuma atenção durante a celebração. Mas quando o padre Víctor Ruíz passou benzendo cada um dos bancos com Jesus Sacramentado, eu senti algo diferente em mim. Me sentia bastante raro".
Essa noite, desafiou a Deus.
"Essa noite não saí com os amigos e fechei-me no quarto e desafiei a Deus: Senhor, se Tu verdadeiramente existes, eu quero sentir a tua presença neste momento! E nesse momento o meu corpo começou a estremecer. Gritei pela minha mamã porque sentia medo. Fechei os meus olhos".
David entendeu que era Deus, que respondia ao seu desafio.
"Sentia o chamado de Deus. Chamei chorando pela minha esposa e disse-lhe: amor, o Senhor está connosco”, recorda.
Uma nova vida
Em poucos dias contou à sua mãe e prometeu-lhe “onde você me convide, ali estarei”. E começou a participar nos retiros do Movimento João XXIII, um movimento de evangelização nascido em Porto Rico durante o pontificado desse Papa, bastante espalhado nas Caraíbas e América Central.
David Cáceres deixou o mundo das drogas e a noite. Hoje apoia-se na Igreja, a fé, o amor da sua mãe, o suporte e ajuda da sua esposa Ivin e o carinho da sua filhita Camila, vivendo uma vida nova.
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