Chamam-se Tatiana e Krista, e tem seis anos
A família das siamesas canadianas grava um vídeo para defender o direito à vida.
Actualizado 4 Janeiro 2013
Sara Martín / ReL
Chamam-se Tatiana e Krista e são talvez uma das visões mais convincentes, uma das razões mais reais, para apoiar a causa provida. Tem seis anos e vivem numa pequena cidade da Columbia Britânica, no Canadá, junto com a sua família: avós, primos, tios e os seus três irmãos.
Aos cinco meses de gestação, a sua mãe, Felicia Simms, foi informada das graves condições em que poderiam nascer as suas filhas e, obviamente lhe colocaram a possibilidade de abortar, que rejeitou sem duvidar.
«Monstros que não deveriam nascer»
Ao estar unidas pelo crânio (em termos médicos, siameses craniópagos) e com o sistema nervoso interconectado, as possibilidades de sobrevivência eram escassas, uns 20 por cento. Durante toda a gravidez recebeu cartas anónimas nas quais a insultavam e desprezavam por ter decidido continuar em frente e dar à luz «monstros que não deveriam nascer», entre outras coisas.
Desafios e obstáculos
Mas Felicia, com 20 anos, escolheu a esperança e lutou, apesar de tudo e contra todos. E nasceram duas preciosas meninas às 34 semanas de gestação. Unidas pela cabeça, sim, mas saudáveis e preciosas: com grandes olhos verdes, largas pestanas, tez rosada e cabelos dourados. E começaram uma vida cheia de desafios, de dificuldade, de incompreensão e de obstáculos no caminho.
Sem possibilidade de ser separadas
Em 2007 os médicos lhes confirmaram uma terrível realidade. Krista e Tatiana não poderiam ser jamais separadas porque partilham literalmente parte do cérebro, parte do sistema nervoso e, além disso, o coração e os rins de Tatiana trabalham acima do normal para ajudar Krista.
Quer dizer, que uma operação poderia deixar paralisada uma delas ou inclusive chegar a ser letal. Outra das partes negativas é a falta, ou ao menos insuficiência, de ajudas económicas para os problemas reais de cada dia: problemas de espaço na casa, problemas na educação, necessidades médicas.
Um caso único no mundo
A seu favor, o único e espectacular do seu caso, um autêntico prodígio de interconexão mental que não se havia conhecido em outros casos similares.
Neurólogos de todo o mundo seguem atentamente o caso, que não conhece comparação e que admira a todos. Se uma bebe, a outra o sente. Se choram e dão a chupeta a uma, também a outra se acalma. Se picam uma para fazer-lhe uma análise de sangue, a sua companheira chora.
Mas, ao mesmo tempo, cada uma tem a sua própria personalidade e carácter, como explica a sua própria mãe: «Krista é a divertida, é feliz todo o tempo; Tatiana é mais carinhosa», explica nesta vídeo-entrevista concedida a www.vancouversun.com. Krista gosta de ketchup e Tatiana não. Krista é alérgica ao milho em lata; Tatiana, não. E assim com tantas outras coisas.
«Tem direito a estar aqui»
E chegou este vídeo, provocador e desafiante frente a todos os que esgrimem a não-auto-suficiência física e a dependência como um argumento a favor do aborto.
Frente a tantos que asseguram que a autonomia é sinónimo de dignidade. Associações de todo o mundo replicaram o vídeo na internet, incluindo aquelas de não crentes, como Secular Pro Life. A sua presidente, Kelsey Hazzard, assegura que este vídeo é um modo com o qual a família quis proclamar perante o mundo que «estas doces meninas têm o direito a estar aqui, e sempre tiveram o direito de estar aqui».
O objectivo deste vídeo é duplo: convida-se os defensores do aborto e os indecisos a reconsiderar o problema da vida quando não existe a auto-suficiência do corpo; e ao mesmo tempo, convida-se os pro vida a praticar as suas crenças e visitar ProLifeCares.org, que explica como evitar que os seus actos benéficos ou doações acabem chegando a entidades conectadas de um modo ou outro com o aborto.
«Esperemos que as pessoas comecem a pensar antes de falar. Apesar de toda a propaganda contra, os pro vida preocupam-se profundamente pelo bem-estar de todas as pessoas vulneráveis, ou só dos não nascidos», conclui Hazzard.
A família das siamesas canadianas grava um vídeo para defender o direito à vida.
Actualizado 4 Janeiro 2013
Sara Martín / ReL
Chamam-se Tatiana e Krista e são talvez uma das visões mais convincentes, uma das razões mais reais, para apoiar a causa provida. Tem seis anos e vivem numa pequena cidade da Columbia Britânica, no Canadá, junto com a sua família: avós, primos, tios e os seus três irmãos.
Aos cinco meses de gestação, a sua mãe, Felicia Simms, foi informada das graves condições em que poderiam nascer as suas filhas e, obviamente lhe colocaram a possibilidade de abortar, que rejeitou sem duvidar.
«Monstros que não deveriam nascer»
Ao estar unidas pelo crânio (em termos médicos, siameses craniópagos) e com o sistema nervoso interconectado, as possibilidades de sobrevivência eram escassas, uns 20 por cento. Durante toda a gravidez recebeu cartas anónimas nas quais a insultavam e desprezavam por ter decidido continuar em frente e dar à luz «monstros que não deveriam nascer», entre outras coisas.
Desafios e obstáculos
Mas Felicia, com 20 anos, escolheu a esperança e lutou, apesar de tudo e contra todos. E nasceram duas preciosas meninas às 34 semanas de gestação. Unidas pela cabeça, sim, mas saudáveis e preciosas: com grandes olhos verdes, largas pestanas, tez rosada e cabelos dourados. E começaram uma vida cheia de desafios, de dificuldade, de incompreensão e de obstáculos no caminho.
Sem possibilidade de ser separadas
Em 2007 os médicos lhes confirmaram uma terrível realidade. Krista e Tatiana não poderiam ser jamais separadas porque partilham literalmente parte do cérebro, parte do sistema nervoso e, além disso, o coração e os rins de Tatiana trabalham acima do normal para ajudar Krista.
Quer dizer, que uma operação poderia deixar paralisada uma delas ou inclusive chegar a ser letal. Outra das partes negativas é a falta, ou ao menos insuficiência, de ajudas económicas para os problemas reais de cada dia: problemas de espaço na casa, problemas na educação, necessidades médicas.
Um caso único no mundo
A seu favor, o único e espectacular do seu caso, um autêntico prodígio de interconexão mental que não se havia conhecido em outros casos similares.
Neurólogos de todo o mundo seguem atentamente o caso, que não conhece comparação e que admira a todos. Se uma bebe, a outra o sente. Se choram e dão a chupeta a uma, também a outra se acalma. Se picam uma para fazer-lhe uma análise de sangue, a sua companheira chora.
Mas, ao mesmo tempo, cada uma tem a sua própria personalidade e carácter, como explica a sua própria mãe: «Krista é a divertida, é feliz todo o tempo; Tatiana é mais carinhosa», explica nesta vídeo-entrevista concedida a www.vancouversun.com. Krista gosta de ketchup e Tatiana não. Krista é alérgica ao milho em lata; Tatiana, não. E assim com tantas outras coisas.
«Tem direito a estar aqui»
E chegou este vídeo, provocador e desafiante frente a todos os que esgrimem a não-auto-suficiência física e a dependência como um argumento a favor do aborto.
Frente a tantos que asseguram que a autonomia é sinónimo de dignidade. Associações de todo o mundo replicaram o vídeo na internet, incluindo aquelas de não crentes, como Secular Pro Life. A sua presidente, Kelsey Hazzard, assegura que este vídeo é um modo com o qual a família quis proclamar perante o mundo que «estas doces meninas têm o direito a estar aqui, e sempre tiveram o direito de estar aqui».
O objectivo deste vídeo é duplo: convida-se os defensores do aborto e os indecisos a reconsiderar o problema da vida quando não existe a auto-suficiência do corpo; e ao mesmo tempo, convida-se os pro vida a praticar as suas crenças e visitar ProLifeCares.org, que explica como evitar que os seus actos benéficos ou doações acabem chegando a entidades conectadas de um modo ou outro com o aborto.
«Esperemos que as pessoas comecem a pensar antes de falar. Apesar de toda a propaganda contra, os pro vida preocupam-se profundamente pelo bem-estar de todas as pessoas vulneráveis, ou só dos não nascidos», conclui Hazzard.
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