Uma hipótese que assinala o 2 a.C. como ano do nascimento
Assinala Antonio Yagüe que conheciam a luta redentora de Cristo pelas constelações de Hércules e Ophiuchus, a sua vitória definitiva por Orión, a sua ressurreição por Perseu e o Águia e a sua realeza definitiva por Cepheus e Leo.
Actualizado 5 Janeiro 2013
P. J. Ginés/ReL
De que modo as estrelas falaram do Messias aos Magos do Oriente? Como puderam revelar a sua condição de Rei dos Judeus, homem-Deus, ou do seu momento e lugar de nascimento?
Uma dama vitoriana
No século XIX, Frances Rolleston (1781-1864) uma dama vitoriana, anglicana devota e boa conhecedora do grego, as línguas semíticas (árabe, hebreu), ficou impactada pelo Salmo 147, versículo 4, quando leu que "Deus chamou as estrelas pelo seu nome". Era interessante contrastá-lo com o caso dos animais, aos quais Deus não pôs nome, mas sim deixou esta tarefa aos homens, com as suas línguas mutáveis.
Miss Rolleston dedicou toda a sua vida a averiguar o nome perdurável e "verdadeiro" (árabe ou hebreu) das estrelas e a confrontar a Bíblia com o que se sabia de astrologia antiga. Ela foi parte importante do entusiasmo da época vitoriana pela egiptologia.
O seu livro Mazzaroth, publicado em 1863, um ano antes da sua morte, recolhe as suas investigações e a sua conclusão: as constelações e os seus nomes não são arbitrárias nem mera invenção, mas sim que estão partilhadas pelos astrólogos das culturas antigas. Há um ensinamento nos nomes das estrelas, das constelações e na sua disposição no Zodíaco.
O Mazzaroth, usos e abusos
Desde o Mazzaroth de Miss Rolleston vários autores procuraram "ler" essa mensagem da astronomia antiga na chave bíblica e cristã, ainda que outros autores tenham usado o Mazzaroth com critérios esotéricos ou ocultistas (algo que molestava muito à piedosa dama) e também foi utilizado por aquelas escolas (muito minoritárias, excepto na internet e documentais-hoax anónimos como Zeitgeist) que afirmam que Jesus Cristo nunca existiu, que nunca foi um homem real, e que tudo o que contam os Evangelhos são invenções ou adaptações tomadas do Zodíaco e suas mensagens astrológicas.
O que sabiam os Magos do Oriente
Antonio Yagüe, doutor em Geologia, resume assim os ensinamentos escritos nas estrelas e partilhados pelos antigos que estavam à disposição dos Magos do Oriente:
Assinala Antonio Yagüe que conheciam a luta redentora de Cristo pelas constelações de Hércules e Ophiuchus, a sua vitória definitiva por Orión, a sua ressurreição por Perseu e o Águia e a sua realeza definitiva por Cepheus e Leo.
Actualizado 5 Janeiro 2013
P. J. Ginés/ReL
De que modo as estrelas falaram do Messias aos Magos do Oriente? Como puderam revelar a sua condição de Rei dos Judeus, homem-Deus, ou do seu momento e lugar de nascimento?
Uma dama vitoriana
No século XIX, Frances Rolleston (1781-1864) uma dama vitoriana, anglicana devota e boa conhecedora do grego, as línguas semíticas (árabe, hebreu), ficou impactada pelo Salmo 147, versículo 4, quando leu que "Deus chamou as estrelas pelo seu nome". Era interessante contrastá-lo com o caso dos animais, aos quais Deus não pôs nome, mas sim deixou esta tarefa aos homens, com as suas línguas mutáveis.
Miss Rolleston dedicou toda a sua vida a averiguar o nome perdurável e "verdadeiro" (árabe ou hebreu) das estrelas e a confrontar a Bíblia com o que se sabia de astrologia antiga. Ela foi parte importante do entusiasmo da época vitoriana pela egiptologia.
O seu livro Mazzaroth, publicado em 1863, um ano antes da sua morte, recolhe as suas investigações e a sua conclusão: as constelações e os seus nomes não são arbitrárias nem mera invenção, mas sim que estão partilhadas pelos astrólogos das culturas antigas. Há um ensinamento nos nomes das estrelas, das constelações e na sua disposição no Zodíaco.
O Mazzaroth, usos e abusos
Desde o Mazzaroth de Miss Rolleston vários autores procuraram "ler" essa mensagem da astronomia antiga na chave bíblica e cristã, ainda que outros autores tenham usado o Mazzaroth com critérios esotéricos ou ocultistas (algo que molestava muito à piedosa dama) e também foi utilizado por aquelas escolas (muito minoritárias, excepto na internet e documentais-hoax anónimos como Zeitgeist) que afirmam que Jesus Cristo nunca existiu, que nunca foi um homem real, e que tudo o que contam os Evangelhos são invenções ou adaptações tomadas do Zodíaco e suas mensagens astrológicas.
O que sabiam os Magos do Oriente
Antonio Yagüe, doutor em Geologia, resume assim os ensinamentos escritos nas estrelas e partilhados pelos antigos que estavam à disposição dos Magos do Oriente:
- houve uma queda do Homem
- prometeu-se um Redentor do género humano que nasceria de uma Virgem
- o Redentor sofreria muito, mas venceria e reinaria
"Esta Revelação sem dúvida a conheceram os patriarcas antigos e passou com Noé à época posterior ao dilúvio. Quando os homens voltaram a multiplicar-se, em alguns lugares o diabo deturpou aquele conhecimento no que hoje conhecemos como horóscopo, de forma que Deus proibiu utilizar as estrelas como modo de adivinhação e estabeleceu então a via escrita da Revelação", propõe Antonio Yagüe neste artigo escrito para ReL por causa da festa dos Reis Magos.
"A história dos Reis Magos é prova de que a revelação divina original também sobreviveu, e como dizia o Salmo 19, a mensagem transmitiu-se de noite em noite sem necessidade de uma voz", postula Yagüe.
Como liam os signos e os nomes aqueles astrólogos e astrónomos?
Entre Hércules e Perseu
"O conhecimento da dupla natureza divina e humana que tinham os Reis Magos sobre aquele Menino procedia das figuras de Centauro e Sagitário, que mostram essa dupla natureza na forma de homem-cavalo. Sabiam da sua concepção e parto virginal através do significado das constelações de Virgem e Coma. Conheciam a sua luta e sofrimentos redentores porque estavam descritos nas constelações de Hércules e Ophiuchus ou em Víctima (Lupus) e a Cruz do Sul (Crux). Por último, conheciam a sua vitória definitiva por Orión, a sua ressurreição por Perseu e a Águia e a sua realeza definitiva por Cepheus e Leo. E estes só são uns poucos dos muitos detalhes da história da Salvação que Deus escreveu nas estrelas", afirma Yagüe.
E, como datar o momento exacto em que ocorreria a chegada do Salvador, do Messias esperado?
O "pequeno Rei" do 2 a.C
"Na hora de determinar qual foi o sinal ou estrela que guiou os Magos realizaram-se centenas de hipóteses, muitas delas impossíveis astronomicamente. Uma vez analisadas de acordo com nove características que assinala o Evangelho de São Mateus, inclinamo-nos por escolher como sinal a conjunção tripla da estrela Regulus (o pequeno rei) e o planeta Júpiter que ocorreu ao longo do ano 2 antes de JC. Qualquer conjunção planeta-estrela produz um incremento de luminosidade importante para o olho especialista, mas pouco notável para o não especialista. Isto explicaria o ambiente de indiferença que encontraram os Magos na Judeia. A posição desta conjunção é de acordo com as sucessivas orientações no que o fenómeno poderia servir de guia ao caminho dos Magos no Oriente e em Jerusalém", propõe Antonio Yagüe.
Além disso, assinala, "o terceiro movimento retrógrado de Júpiter nesta conjunção produz uma paragem aparente do astro de 6 dias, que se situa sobre Belém ao olhar desde Jerusalém, começando em 25 de Dezembro. Este facto encaixa com os últimos dados sobre a morte de Herodes no ano 1 antes de JC e a morte de JC em Abril do ano 33 à idade de 33 anos. Mesmo assim coincide com os factos que Ana Catalina Emmerick teve em 1821 nas suas visões sobre a viagem dos Reis Magos e a sua chegada ao portal".
As estrelas e a Guadalupana
Yagüe opina também igualmente que uma conjunção planeta-estrela podia trazer "mais luz", mais dados, a leitura celestial dos antigos astrólogos, também nos tempos modernos as aparições marianas funcionam como sinalizações que trazem mais luz, e sem abandonar as referências aos astros. Por exemplo, assinala, "no manto da Virgem de Guadalupe aparecem 46 estrelas que o Instituto Astronómico do México identificou com posição de estrelas reais no céu do México no momento da aparição de 1531. Por sua vez, a própria imagem da Virgem no milagroso manto de Guadalupe segue a discrição que faz o Apocalipse de um futuro grande sinal que apareceu no Céu. Porquê não ler uma mensagem nessas 46 estrelas, como o fariam os Magos pensando na segunda Vinda de Nosso Senhor?", propõe Yagüe.
"A história dos Reis Magos é prova de que a revelação divina original também sobreviveu, e como dizia o Salmo 19, a mensagem transmitiu-se de noite em noite sem necessidade de uma voz", postula Yagüe.
Como liam os signos e os nomes aqueles astrólogos e astrónomos?
Entre Hércules e Perseu
"O conhecimento da dupla natureza divina e humana que tinham os Reis Magos sobre aquele Menino procedia das figuras de Centauro e Sagitário, que mostram essa dupla natureza na forma de homem-cavalo. Sabiam da sua concepção e parto virginal através do significado das constelações de Virgem e Coma. Conheciam a sua luta e sofrimentos redentores porque estavam descritos nas constelações de Hércules e Ophiuchus ou em Víctima (Lupus) e a Cruz do Sul (Crux). Por último, conheciam a sua vitória definitiva por Orión, a sua ressurreição por Perseu e a Águia e a sua realeza definitiva por Cepheus e Leo. E estes só são uns poucos dos muitos detalhes da história da Salvação que Deus escreveu nas estrelas", afirma Yagüe.
E, como datar o momento exacto em que ocorreria a chegada do Salvador, do Messias esperado?
O "pequeno Rei" do 2 a.C
"Na hora de determinar qual foi o sinal ou estrela que guiou os Magos realizaram-se centenas de hipóteses, muitas delas impossíveis astronomicamente. Uma vez analisadas de acordo com nove características que assinala o Evangelho de São Mateus, inclinamo-nos por escolher como sinal a conjunção tripla da estrela Regulus (o pequeno rei) e o planeta Júpiter que ocorreu ao longo do ano 2 antes de JC. Qualquer conjunção planeta-estrela produz um incremento de luminosidade importante para o olho especialista, mas pouco notável para o não especialista. Isto explicaria o ambiente de indiferença que encontraram os Magos na Judeia. A posição desta conjunção é de acordo com as sucessivas orientações no que o fenómeno poderia servir de guia ao caminho dos Magos no Oriente e em Jerusalém", propõe Antonio Yagüe.
Além disso, assinala, "o terceiro movimento retrógrado de Júpiter nesta conjunção produz uma paragem aparente do astro de 6 dias, que se situa sobre Belém ao olhar desde Jerusalém, começando em 25 de Dezembro. Este facto encaixa com os últimos dados sobre a morte de Herodes no ano 1 antes de JC e a morte de JC em Abril do ano 33 à idade de 33 anos. Mesmo assim coincide com os factos que Ana Catalina Emmerick teve em 1821 nas suas visões sobre a viagem dos Reis Magos e a sua chegada ao portal".
As estrelas e a Guadalupana
Yagüe opina também igualmente que uma conjunção planeta-estrela podia trazer "mais luz", mais dados, a leitura celestial dos antigos astrólogos, também nos tempos modernos as aparições marianas funcionam como sinalizações que trazem mais luz, e sem abandonar as referências aos astros. Por exemplo, assinala, "no manto da Virgem de Guadalupe aparecem 46 estrelas que o Instituto Astronómico do México identificou com posição de estrelas reais no céu do México no momento da aparição de 1531. Por sua vez, a própria imagem da Virgem no milagroso manto de Guadalupe segue a discrição que faz o Apocalipse de um futuro grande sinal que apareceu no Céu. Porquê não ler uma mensagem nessas 46 estrelas, como o fariam os Magos pensando na segunda Vinda de Nosso Senhor?", propõe Yagüe.
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