O cidadão de Taiwan Jiang baptiza-se hoje
A capacidade de escuta de Jesus nos Evangelhos e a esperança profunda da fé cristã o animaram a dar o passo.
Actualizado 5 Janeiro 2013
José Calderero / Alfa y Omega
A capacidade de escuta de Jesus nos Evangelhos e a esperança profunda da fé cristã o animaram a dar o passo.
Actualizado 5 Janeiro 2013
José Calderero / Alfa y Omega
Jiang, conhecido director de cinema de Taiwan, casado e com filhos, de família budista, será baptizado este 6 de Janeiro, festa da Epifania de Jesus.
Escolheu esta data porque é quando Jesus «se manifesta» à humanidade. Jiang colaborou em vários projectos apologéticos e do diálogo intercultural e inter-religioso, impulsionados pelo cardeal Shan. Para alguém que viveu toda a sua vida profissional no sector da comunicação, «este é, de facto, um dia importante», relata Xin Yage à agência Asia News.
Jiang interessou-se pela fotografia desde que era pequeno. Mais tarde, o seu tio ofereceu-lhe um projector de 8 mm. Com o tempo, começou a pensar em trabalhar na indústria do cinema e dedicar-se a fazer boas películas.
Na década de 1970, trabalhou como assistente de fotografia na indústria cinematográfica de Taiwan, trabalhando em duas produtoras chinesas de êxito. Mudou-se para a televisão quando o governo começou com os programas infantis de financiamento educativo e de alfabetização.
Depois de conseguir um trabalho como cineasta nas redes de televisão do Governo, passou a Kuangqi Programa de Serviço (KPS), uma emissora católica, onde trabalhou como produtor, junto com uns 200 empregados, na sua maioria jovens e pessoas criativas que se haviam preparado para o dito trabalho na Universidade de Fujen, uma instituição católica.
«Há uns meses, o cardeal Paul Shan faleceu. Foi Presidente da rede durante um par de anos. A família KPS treinou alguns dos produtores de Taiwan de televisão mais famosos. Também me treinou a mim, especialmente no interior. O que levava dentro e queria comunicar eram valores, tratando de ver o significado das coisas. […] A sociedade de Taiwan não era tão rica como é agora. Olho para fora para copiar os valores mais importantes», explica Jiang.
«Mais tarde dei-me conta de que a dimensão religiosa era o que mais me atraía. Recordo que os missionários estrangeiros e religiosos locais sempre me animaram a tirar o melhor de mim mesmo. Quando és jovem tens uma grande quantidade de energia e queres comunicar algo que é teu, algo novo. Isto sempre encontrou espaço nos nossos programas».
«Fui crescendo e casei-me, tive filhos. Vários sucessos da minha vida deixaram marcas profundas. Uma jovem monja que trabalhava connosco e o então presidente da nossa estação, monsenhor Shan, animaram-me a produzir um programa religioso chamado Evangelho de hoje. Trabalhando neste projecto reflecti sobre o meu estilo de vida.
Provavelmente Jesus foi um dos primeiros a escutar os valores dos demais. Quando estava fazendo o programa escutei muitas histórias das pessoas contando como chegaram a conhecer e seguir Jesus. Para mim nunca foi algo neutral», assegura o cineasta.
«A segunda coisa sem resolver na minha vida foi uma doença que poderia ter sido fatal se não tivesse sido tratada adequadamente. Afectou tudo: dieta, estilo de vida, horário de trabalho, exercícios físicos. Superei a quimioterapia com a ajuda da minha esposa, meus amigos e colegas, consegui seguir em frente, lutei e ganhei. Deixei tudo, excepto O Evangelho de hoje, porque sentia que, além de ajuda física, necessitava ajuda espiritual, algo que me desse profunda esperança. Para mim, isto é muito importante», relata Jiang.
O director de cinema e produtor decidiu baptizar-se no início deste ano, porque «queríamos estar seguros de que podia acompanhar os meus familiares ao templo para as festividades budistas mais importantes, que afortunadamente não coincidem com as festividades cristãs. A minha esposa me disse: Ou vens oferecer incenso connosco, ou te expulsam lá de casa».
«A segunda coisa sem resolver na minha vida foi uma doença que poderia ter sido fatal se não tivesse sido tratada adequadamente. Afectou tudo: dieta, estilo de vida, horário de trabalho, exercícios físicos. Superei a quimioterapia com a ajuda da minha esposa, meus amigos e colegas, consegui seguir em frente, lutei e ganhei. Deixei tudo, excepto O Evangelho de hoje, porque sentia que, além de ajuda física, necessitava ajuda espiritual, algo que me desse profunda esperança. Para mim, isto é muito importante», relata Jiang.
O director de cinema e produtor decidiu baptizar-se no início deste ano, porque «queríamos estar seguros de que podia acompanhar os meus familiares ao templo para as festividades budistas mais importantes, que afortunadamente não coincidem com as festividades cristãs. A minha esposa me disse: Ou vens oferecer incenso connosco, ou te expulsam lá de casa».
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