Filme sobre a vida de Thomas More na lista dos indicados pelo Vaticano
VIENA, Segunda-feira, 31 Dezembro 2012.
Como
título em Portugal "Um Homem para todos os tempos" o filme foi para a
lista de filmes indicados pelo Vaticano. Vencedor de 6 Oscars em 1967,
inclusive de melhor filme, melhor director (Fred Zimermanns) e melhor
actor (Paul Scotfield).
Transparece de maneira esplêndida a Vida de
Sir. Thomas More, conselheiro e amigo próximo do Rei Henrique VIII até
antes da "reforma" anglicana. O filme constrói o personagem dentro do
seu contexto histórico e deixa transparecer o seu drama de consciência
de uma maneira única. Muito mais do que um homem piegas e de uma
religiosidade exacerbada o filme mostra o santo como um homem do seu
tempo, um politico com senso de justiça (coisa rara não só nos nossos
dias), um homem que não se dobra diante dos mais fortes; um homem que
tem medo da morte, mas da morte fora da graça de Deus.
Acredito que Sir Thomas More, que escreveu um livro sobre política,
que nunca deu aula de religião, que era recto na sua profissão, pai de
família dedicado, esposo amoroso e sem duvida temente a Deus é um grande
exemplo para as pessoas da nossa época. "Precisamos de santos de calça
jeans" se escuta muito hoje em dia, eis um Santo de calça, já é um
começo.
Como já disse o saudoso Papa João Paulo II sobre Sir Thomas More:
(...) O seu profundo desdém pelas honras e riquezas, a humildade
serena e jovial, o sensato conhecimento da natureza humana e da
futilidade do sucesso, a segurança de juízo radicada na fé
conferiram-lhe aquela confiança e fortaleza interior que o sustentou nas
adversidades e frente à morte. A sua santidade refulgiu no martírio,
mas foi preparada por uma vida inteira de trabalho, ao serviço de Deus e
do próximo. (...)
Esse filme pode ser uma óptima maneira de evangelização, perfeito para
passar em retiros de aprofundamento, mas muito bom para introduzir os
neófitos no real conceito de santidade de uma forma que fale directamente
à vida deles, e também para outros públicos por que não é necessário um
conhecimento profundo da fé para entender o contexto.
in