segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Drogado e ladrão, duas vezes passou pela desintoxicação mas recaiu… A oração o salvou

João é Caminho Neocatecumenal

Farto de uma vida sem esperança e vendo os seus amigos morrer pediu ajuda a Deus... Hoje diz aos jovens que falem com as suas famílias.

Actualizado 13 Janeiro 2013

Ericka Keehan / Sem.Fides / ReL

Para poder contar o seu testemunho, "João", jovem hondurenho, tem que dar um nome falso, por motivos de segurança.

Quando tinha 7 anos, o seu pai morreu. Ainda que a sua mãe sempre tenha tratado o menino com carinho e cuidado, nada encheu o vazio causado pela ausência do pai. Converteu-se num menino rebelde e indisciplinado. A escola chamava com frequência a mãe para explicar os problemas em que se metia o menino.

As drogas, procurando aceitação
Na adolescência começou a juntar-se com más companhias e a consumir drogas, como um “jogo inocente” procurando a aceitação de outros rapazes.

A curiosidade o levou a provar marijuana, combinando-a com álcool. Logo provou o crack, muito mais perigoso e viciante.

Da mentira ao assalto
Como tantos viciados, recorreu à mentira frequente para conseguir dinheiro para comprar a droga. Dizia que a sua mãe estava doente ou que ele era um pai solteiro, e não tinha como alimentar o seu filho.
 
Quando este método deixou de funcionar, passou ao roubo e inclusive ao assalto. Recorda que o seu primeiro assalto foi num negócio em Comayagüela, Honduras.

Uma noite, estando no seu quarto, extremamente drogado, chegou à conclusão de que tinha que mudar.

Ingressou como interno no Projecto Victoria, um processo de desintoxicação que durou 5 meses. Ao acabá-lo, sentia-se curado. Quis pôr-se à prova, foi tomar uma cerveja depois do trabalho... e voltou a cair no vício.

Roubando na caixa registadora
Passou de trabalho em trabalho. Procurava atender em máquinas registadoras, servir junto ao dinheiro, para fazer pequenos furtos, com os quais poder drogar-se e embebedar-se. Quando o descobriam, despediam-no.

Tentou deixá-lo. Procurou ajuda no Hospital Psiquiátrico Mario Mendoza. Foi um processo muito duro. Os dias e noites eram eternos, os pesadelos e alucinações eram diários. “O corpo treme, as mãos suam e dás-te conta realmente no que te converteste”, explica.

Apostar em Deus
Quando lhe deram alta, desta vez apostou em Deus. Primeiro começou a ir a um grupo de oração da Renovação Carismática Católica. “Durante algum tempo assisti às reuniões e gostei, mas a minha estadia ali seria curta porque depois passei a uma comunidade neocatecumenal, onde Deus me mostrou a sua misericórdia, na aceitação e apreço por parte deles”, assinala.

Eu dizia que Deus não existia, mas agora dou-me conta de que o que estava atravessando foi uma prova, porque devido ao meu tipo de vida, estive várias vezes cara a cara com a morte, e se Ele me deixou vivo é por alguma razão”.

Dos amigos com quem lidou na sua época de drogas e crimes, diz, "já não estão entre nós, porque o destino lhes passou a factura”, conclui.

Dois anos limpo com Deus
Hoje, depois de dois anos sem beber nem drogar-se, estuda "Contabilidade Pública" numa universidade hondurenha. Vive muito agradecido a Deus porque agora tem uma vida normal.

Diz que Deus lhe deu a força e valentia para poder pedir perdão às pessoas que tanto magoou quando andava nas drogas.

No seu testemunho no Semanario Fides, quer dirigir uma mensagem aos jovens: “Eu digo aos rapazes que não estão nas drogas que se tem algum problema ou algo que os molesta o lhes cause dano, que falem com as suas famílias, que são os únicos que estarão com eles até ao fim".


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